domingo, 11 de junho de 2023

Manual de Prática de Coleta e Herborização de Material Botânico - EMBRAPA


Pessoas,

Trago um manual da EMBRAPA sobre coleta e herborização de Material Botânico. Contém, entre muitas informações valiosas, um modelo de ficha de coleta de informações em campo.

(Foto de um momento bom para chamar a sua atenção).

Consulte no link abaixo:

Manual de Prática de Coleta e Herborização de Material Botânico

domingo, 8 de janeiro de 2023

ARTIGO HISTÓRICO: CONTAMINACAO POR CHUMBO NA SERRAPILHEIRA DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA - RJ (1988)

Foto: Cachoeira na Floresta da Tijuca. Claudio Santana, 2022.

Seguidoras e seguidores, Feliz 2023!

Voltando com nosso blog, trazemos um artigo  histórico sobre uma funcionalidade importante de florestas urbanas: remoção de poluentes atmosféricos.

À época da publicação do artigo, em 1988, ainda acrescentava-se chumbo teatraetila à gasolina para aumentar sua octanagem. Os resíduos gerados constituíam um perigoso poluente, que tinha na serapilheira da Floresta da Tijuca, em sua vertente Norte, um surpreendente sumidouro e estoque destas moléculas.

Vale lembrar que a Vertente Norte do maciço da Tijuca é voltada para a região da cidade do Rio de Janeiro cuja bacia aérea é a que mais recebe a contribuição de poluentes atmosféricos, mesmo mais de 30 anos depois - embora o chumbo tetraetila não seja mais acrescentado à gasolina.

Leia esse artigo seminal da lavra do professor Rogério Oliveira, da PUC, com o luxuoso auxílio de Luiz Drude de Lacerda.

Abra e baixe o artigo no link abaixo:

CONTAMINACAO POR CHUMBO NA SERRAPILHEIRA DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA - RJ



domingo, 9 de outubro de 2022

Árvore da semana: sansão-do-campo (Mimosa caesalpiniifolia Benth.)


Dossel de reflorestamento dominado por sabiá. Morro dos Macaccos, RIo de Janeiro, 2015. Foto: Claudio Santana.

Em homenagem ao Dia do Nordestino (e da Nordestina também), comemorado neste último 8 de outubro, trazemos uma espécie típica da Caatinga, o único bioma exclusivamente situado no território brasileiro. 

Também chamada sansão-do-campo, esta espécie está dispersa do Maranhão até a Bahia, muitas vezes cultivada por sua multiplicidade de usos. É mais comum em solos profundos. É espécie heliófila tolerante à sombra no início de sua vida.

Em áreas de encosta, onde foi muito utilizada para contenção de erosão na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tende a apresentar raízes superficiais e com extensão indo muito além de sua copa. Eventualmente, em solos mais rasos, tende ao tombamento com o processo de senescência (ver fotos).

No estado do Rio de Janeiro, onde foi muito utilizada para recuperação de solos degradados na Região Metropolitana até o início dos anos 2000, ocorre como subespontânea. 

Possui porte pequeno, via de regra não ultrapassando os 7 metros. O mais comum é apresentar padrão entouceirado, 

Se presta à confecção de estacas, mourões, dormentes, lenha e carvão. A folhagem fresca ou seca é utilizada como forragem para o gado. Possui ciclos de corte de 3 a 4 anos. É útil em sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas degradadas. Pode depositar até 10 toneladas/hectare/ano sobre o solo, trazendo proteção e fertilidade.

Em sua principal região de cultivo, no Ceará, a produção de estacas chega a ser a principal atividade econômica, ocupando o nicho aberto pelo declínio de culturas como o algodão. Produção média de 26,4 st.ha.ano-1, com variações de 18,91 st.ha.ano-1 a 33,08 st.ha.ano-1 , com a incorporação de uma renda extra líquida equivalente a 4,4 salários mínimos, à época de um estudo realizado em 1999, no período da seca (8 meses de estiagem).

Um de seus nomes comuns, sabiá, parece derivar da cor da casca, assemelhada à plumagem do popular sabiá, Turdus rufiventris, ave símbolo do Brasil (decreto de 3 de outubro de 2002). Sabiá, em tupi-guarani, significa "a ave que reza muito".

As fotos foram coletadas em fontes diversas na internet. As fotos autorais estão indicadas.

Tombamento de indivíduo de sabiá em reflorestamento de 20 anos de idade realizado no Morro dos macacos, Rio de Janeiro. Foto: Claudio Santana, 2018. 










Fontes:

ANDRADE, A.G.; FARIA, S.M. de Arquitetura e biomassa de raízes de Mimosa caesalpiniifolia, Acacia mangium e Acacia holosericea com seis anos de idade em planossolo. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, 3., 1997, Ouro Preto. Anais... Viçosa: SOBRADE; UFV/DPS/DEF, 1997. p.144-149 

CARVALHO, P. E. R. Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia). Colombo: Embrapa Floresta, 2007. 10 p. (Circular Técnica 135).

LEAL JÚNIOR, G.; SILVA, J.A.; CAMPELLO, R.C.B. Proposta de manejo florestal sustentado do sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth), Crato: IBAMA, 1999. 15p. (Boletim Técnico, 3).

RIZZINI, C.T. Árvores e madeiras úteis do Brasil: manual de dendrologia brasileira. Editora Blucher, 1 de jan. de 1978 - 312 páginas

https://www.scielo.br/j/rbcs/a/cDx6GmKh3QYcpHX9x5zsdcx/?format=pdf&lang=pt

https://www.floram.org/article/588e2248e710ab87018b4700/pdf/floram-2-único-125.pdf

http://rubens-plantasdobrasil.blogspot.com/2011/12/mimosa-caesalpiniifolia-benth.html

domingo, 11 de setembro de 2022

Árvore da semana: Jatobá (Hymenaea courbaril L.)


Jatobá, em tupi-guarani, significa "árvore do fruto duro" (1).  O gênero Hymenaea ocorre do México só Sul do Brasil. O jatobá mais conhecido é Hymenaea courbaril, mas o gênero possui 18 espécies no Brasil (2).

Seu fruto indeiscente possui polpa farinácea comestível e nutritiva. A seiva é reputada como medicinal. A madeira é de boa qualidade e usada para finalidades nobres, como movelaria e pisos finos (3).

Os indivíduos mais altos chegam a 40 metros de altura (5).

Os povos indígenas utilizam o jatobá para a confecção de Canoas (3).

As flores são polinizadas por morcegos, e os frutos maduros são muito apreciados por roedores, aves e macacos, que dispetsam as sementes, que muitas vezes germinam ainda dentro dos frutos (3).

O gênero Hymenaea foi atribuído pelo próprio Lineu, baseado em Himeneu, deus grego das uniões, em referência aos dois folíolos soldados (4).

As fotos do magnífico exemplar aqui apresentadas foram tomadas pelo autor da postagem em 17/02/2022, no Horto do Museu Nacional.

Fontes:
















 

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Bacuri, o fruto amazônico que encantou a rainha Elizabeth II.


Conta-se que em um jantar servido durante sua visita ao Brasil em 1968, a rainha Elizabeth II, falecida hoje, em 08 de setembro de 2022, encantou-se com o sorvete de bacuri, a ponto de levar para casa latas de polpa dessa fruta.

O bacuri tem por nome científico Platonia insignis Martius, sendo, como se vê, nomeado pelo próprio Karl Friedrich Phillip Von Martius, autor da soberba Flora Brasiliensis. Pertence à família Clusiaceae.

O bacuri é uma fruta amazônica, com ocorrência que se estende ainda a a parte do Cerrado, ocupando os estados de Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Tocantins, Maranhão e Piauí.

O nome bacuri possui várias hipóteses de origem, mas todas se relacionam ao rápido amadurecimento e a seu uso como alimento.

Além da polpa, também a casca do fruto pode se prestar como alimento ou fonte de extração de essências alimentícias. As sementes fornecem um óleo com diversas utilidades. O farelo das sementes após a extração do óleo é usado na alimentação animal. Por fim, sua madeira é considerada de alta qualidade.

A espécie é manejada de forma extrativista, mas tem potencial para a formação de pomares, inclusive em áreas degradadas.







https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/189688/1/Livro-Nordeste-1-2018.pdf