sexta-feira, 26 de junho de 2009

Como foram preparadas as sementes utilizadas na bem-sucedida semeadura aérea em Cubatão


No ano de 1989, a CETESB realizou uma experiência pioneira na Serra do Mar. A cidade de Cubatão situava-se no chamado Vale da Morte: uma área desolada, com a vegetação em processo avançado de degradação devido às emissões de gases poluentes por parte das indústrias situadas na região, principalmente derivados do enxofre. Com a morte da vegetação, ocorriam deslizamentos com frequência cada vez maior, vitimando pessoas e causando perdas materiais.

De maneira a cessar o processo, foram adotadas diversas medidas, dentre as quais destaca-se o controle das emissões das indústrias, estabelecimento de medidas para redução das emissões e a revegetação das áreas degradadas.

A recuperação de áreas degradadas contemplou o manejo dos remanescentes, enriquecimento florístico - incluindo diversas formas de vida além das árvores, como herbáceas - e a cobertura de áreas de difícil acesso através da semeadura aérea de espécies rigorosamente selecionadas, devido ao rápido crescimento, visando competir com a vegetação de gramíneas e outras espécies, e por resistirem à poluição.

A maioria das espécies selecionadas enquadrava-se no grupo das pioneiras, possuindo sementes pequenas. Esta característica criava problemas operacionais: como lançar estes propágulos nas áreas certas, sem dispersá-los para outros locais? Foi preciso desenvolver uma técnica para aumentar o peso das sementes através de sua imersão em pequenas esferas de gel hidrofílico, contendo sementes, água e nutrientes, na medida necessária ao estabelecimento inicial das mudas.

A metodologia desenvolvida para a peletização é um capítulo à parte nesta bem-sucedida epopeia. E hoje, por acaso, encontrei um artigo da época que descreve o processo. Vale uma leitura atenta.

Baixe o artigo aqui.

Saudações a todos! Bom fim de semana!

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