terça-feira, 30 de junho de 2009

Os desafios para o sequestro de carbono

Fonte: Portal EcoDebate

Tecnologias de sequestro de carbono, como uma das soluções para a diminuição do aquecimento global, não faltam. O problema é que, no Brasil, elas ainda estão sendo desenvolvidas em escala de laboratório e restritas às universidades e aos centros de pesquisa. Para viabilizá-las no País, será preciso conseguir reproduzi-las em maior escala e torná-las economicamente viáveis. “Isso dependerá de convencer grandes empresas, como as dos setores de petróleo, gás e mineração, a investir nelas”, afirma o pesquisador visitante do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), Luiz Gylvan Meira Filho.

“O que está faltando é grandes empresas se interessarem por esses experimentos, fazê-los em grande escala e baixarem o custo deles, pois essas tecnologias não serão desenvolvidas com recursos de agências de financiamento à pesquisa”, alerta ele, que abordará esse assunto em uma conferência que fará durante a 61ª Reunião Anual da SBPC – evento que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realiza de 12 a 17 de julho em Manaus (AM).

Meira Filho, um astro-geofísico engajado na questão da mudança climática, sabe do que está falando. Foi vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, em inglês) e presidente dos grupos de negociação dos artigos 3 – sobre metas de redução de emissões dos países industrializados – e 12 – o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) –, do Protocolo de Quioto.

O especialista é um entusiasta das tecnologias para capturar por vias naturais ou artificiais o dióxido de carbono (o grande vilão do aquecimento global) da atmosfera terrestre e armazená-lo em um local seguro, onde ele permaneça “preso”. “Hoje, isso é possível fazer isso transferindo-o da atmosfera para a biosfera por sequestro por biomassa; para a hidrosfera, por sequestro oceânico, ou para a litosfera, por seqüestro geológico.”

Os desafios de cada uma – A via mais simples e tradicional, a da biomassa, que consiste no plantio de árvores para a criação de florestas, é limitada, na sua avaliação. Apesar de ser uma tecnologia interessante do ponto de vista ambiental, na medida em que o gás é capturado por meio da fotossíntese, ela depende da disponibilidade de terra, que não pode ser qualquer uma. “Isso tem que ser feito em um lugar onde se tem chance das árvores permanecerem lá, como em áreas de preservação permanente ou plantações comerciais”, ressalva.

Outra alternativa é por intermédio do sequestro oceânico, que ocorre naturalmente nos oceanos, em que se transfere o dióxido de carbono para a hidrosfera. Pelo processo biológico tradicional, os fitoplânctons e outros organismos marinhos, da mesma forma que as árvores, realizam a fotossíntese e convertem o carbono em moléculas orgânicas e, eventualmente, em carbonato de cálcio – a calcária -, para formar seus esqueletos. Mas, de acordo com o especialista, esse processo pode ser acelerado pela fertilização do oceano com sais de ferro, em que se adiciona sulfato ferroso nas águas para aumentar o crescimento de fitoplânctons e acelerar o mecanismo de fixação do dióxido de carbono nelas pela atividade fotossintética desses organismos.

“Atualmente estão tentando acelerar esse processo de fertilização de oceanos, que está em fase de testes. Mas tudo isso já foi feito em escala experimental. Agora, é necessário verificar se essa tecnologia pode ser utilizada em grande escala, acompanhar o destino do carbono e ter um custo possível de ser arcado”, pondera Filho.

Já por meio do armazenamento geológico o dióxido de carbono é enterrado em poços de petróleo, gás ou aquíferos salinos – reservatórios subterrâneos de alta salinidade – de forma a devolvê-lo para o subsolo terrestre. Mas um dos maiores desafios para tornar o processo viável é diminuir os custos para separação do dióxido de carbono do restante do ar em terra, dado que injetá-lo em poços de petróleo ou gás é tecnicamente mais fácil. “O pessoal da Petrobras acha que isso não é muito difícil. Eles já fazem isso com facilidade e baixo custo”, afirma o pesquisador.

Para Meira Filho, os cientistas brasileiros ainda estão mais preocupados em medir o impacto do aquecimento global do que buscar soluções. “De qualquer forma, as soluções não serão alcançadas sem o esforço conjunto de cientistas e empresas”, finaliza ele.

Serviço: A palestra do astro-geofísico Luiz Gylvan Meira Filho será realizada no próximo dia 15 de julho, às 10h30, durante a 61ª Reunião Anual da SBPC. O evento, cujo tema é “Amazônia: Ciência e Cultura”, será realizado a partir do dia 12 em Manaus (AM), no campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Contará com 175 atividades, entre conferências, simpósios, mesas-redondas, grupos de trabalho, encontros e sessões especiais, além de apresentação de trabalhos científicos e minicursos. Veja a programação em www.sbpcnet.org.br/manaus.

domingo, 28 de junho de 2009

Fechando a série: link para o texto integral da MP 458/09


Caros,

segue o link para baixar a Medida Provisória 458/2009, que legaliza ocupações na Amazônia.

Clique aqui para baixar a MP.

Entenda a MP 458, que regulariza as terras da Amazônia Legal (Fonte: BBC Brasil)

    26/06/2009 - 03:13 - BBC Brasil
BBC BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quinta-feira, a Medida Provisória 458, que prevê a regularização de terras na Amazônia Legal. A expectativa do governo é de que, com a regulamentação das posses, os órgãos de fiscalização tenham maior facilidade para identificar e punir eventuais crimes ambientais na região.

Dois dos pontos mais polêmicos do texto, que haviam sido incluídos pelos deputados, foram vetados pelo presidente Lula.

Entenda o que está por trás da MP 458.

O que é a Medida Provisória 458?
A Medida Provisória 458 trata da regularização de terras na Amazônia Legal, abrindo a possibilidade de que os posseiros formalizem juridicamente seu direito a essas propriedades.

As propriedades de terra com até um quilômetro quadrado (100 hectares), que representam 55% do total dos lotes, serão doadas aos posseiros. Aqueles que possuírem até 4 quilômetros quadrados (400 hectares) terão de pagar um valor simbólico, e os proprietários com até 15 quilômetros quadrados (1,5 mil hectares) pagam preço de mercado pelas terras.

Os posseiros interessados em adquirir as terras precisam ainda atender a algumas condições, entre elas, ter na propriedade sua principal fonte econômica e ter obtido sua posse de forma pacífica até dezembro de 2004.

Após a transferência, o proprietário terá ainda de cumprir certas obrigações, como por exemplo, recuperar áreas que tenham sido degradadas. Pelo Código Ambiental, pelo menos 80% de cada propriedade na Amazônia deve ser preservada.

Qual o objetivo do governo com a MP?
O principal argumento em torno da Medida Provisória 458 é de que a regularização fundiária tornará mais fácil o trabalho de fiscalização e punição a eventuais desmatadores.

O governo diz que as ações de concessão de terras na Amazônia Legal estão interrompidas desde os anos 1980, "o que intensifica um ambiente de instabilidade jurídica, propiciando a grilagem, o acirramento de conflitos agrários e o avanço do desmatamento".

O argumento é de que, ao transferir definitivamente essas propriedades aos posseiros, os órgãos de fiscalização poderão identificar e responsabilizar essas pessoas, caso seja constatado algum crime ao meio ambiente.

De acordo com as estimativas do governo, há 67 milhões de hectares de terras da União sob tutela de pessoas que não têm a documentação desses imóveis. Essa área representa 13,4% da Amazônia Legal e corresponde a pouco mais do que os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos.

Estima-se ainda que 300 mil famílias, em 172 municípios, possam ser beneficiadas com a Medida Provisória.

Quais são os pontos polêmicos da Medida?
Alguns pontos do texto original da MP 458 já vinham sendo alvo de críticas dos ambientalistas. No entanto, foram as mudanças inseridas pelos deputados, durante a tramitação do tema na Câmara, que levantaram maiores polêmicas.

Um dos pontos incluídos previa a transferência da posse não apenas a pessoas físicas, mas também a empresas.

Além disso, a Câmara havia ampliado o direito de posse a pessoas que não vivem na propriedade. Ou seja, pessoas que têm a posse, mas que exploram a terra por meio de prepostos (terceirizados ou empregados).

Os dois artigos, no entanto, foram vetados pelo presidente Lula. Em sua justificativa, o presidente disse que "não há dados que permitam aferir a quantidade e os limites das áreas ocupadas que se enquadram nessa situação".

Um outro ponto polêmico, também incluído pelos parlamentares, foi mantido pelo presidente: os imóveis acima de 400 hectares poderão ser vendidos depois de três anos. Pelo texto original, esse prazo era de 10 anos.

A medida terá algum impacto ambiental?
A MP 458 trata da regularização fundiária, mas um dos principais objetivos do governo com as novas regras é permitir maior controle sobre essas propriedades e, em consequência, sobre o desmatamento.

O governo espera que, com a regularização da posse, os órgãos responsáveis possam melhor identificar eventuais crimes ambientais. Dentre outras obrigações, os proprietários terão de cumprir a legislação ambiental, preservando 80% de suas terras.

No entanto, o pesquisador Paulo Barreto, da ONG Imazon, diz que a regularização fundiária – da forma como proposta pelo governo – pode ter um efeito contrário.

Barreto diz que a transferência das terras a preço abaixo do valor de mercado ou até de graça, como no caso das terras de até 100 hectares, significa um "estímulo" para novas invasões e a devastação no futuro.

"A medida pode até resolver um problema prático, de curto prazo, mas cria estímulos que são negativos. Fica a mensagem de que a invasão de terras e o desmatamento sempre serão anistiados", diz.

Segundo ele, essa não é a primeira vez que o governo faz concessão de terras. "Ou seja, é um procedimento que vem se repetindo e que acaba estimulando as derrubadas e a impunidade", diz.


Leia mais no site da BBC

Lula aprova MP 458 com apenas um veto (Fonte: Revista Eletrônica Envolverde)

26/06/2009 - 01h06

Por Fabrício Ângelo, da Envolverde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem (25/06) a Medida Provisória 458/09, também conhecida como MP da Amazônia, que trata da regularização de terras públicas na Amazônia. A medida foi muito criticada pelo setor ambientalista que se referia a ela como, MP da Grilagem.

Um dos artigos mais polêmicos, que permitia a transferência de terras da União na Amazônia para empresas e pessoas que exploram indiretamente a área ou que tenham imóvel rural em outra região do país foi vetado integralmente pelo governo.

De acordo com a nova lei, terá direito a receber a terra quem comprovar que estava na área antes de 1º de dezembro de 2004. As áreas com até 100 hectares serão doadas; as de médio porte, com até 400 hectares, serão vendidas por valor simbólico; e as de no máximo 1,5 mil hectares serão vendidas de acordo com o preço de mercado. Com a sanção da medida, 67,4 milhões de hectares de propriedades da União na Amazônia Legal (o que corresponde aos territórios da Alemanha e Itália juntos) serão transferidos sem licitação a particulares que ocuparam as terras antes de 1º de dezembro de 2004.

Segundo a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (PT-AC), o veto presidencial foi importante, mas não resolve o problema. A senadora disse, em nota, que encaminhará requerimento à Comissão de Direitos Humanos do Senado, pedindo a criação de uma subcomissão para acompanhar o processo de regularização fundiária. “Essa subcomissão será um espaço de apoio, especialmente àqueles que estão na região há décadas e que não terão estrutura para disputar com os que chegarão a essas áreas como proprietários das terras”.

De acordo com ela a matéria deveria ter sido encaminhada como projeto de lei, e não como Medida Provisória. “A sociedade brasileira está preocupada, pois da maneira que foi sancionada a MP está destinando R$ 70 bilhões do patrimônio público a um grupo que resolveu aumentar o seu patrimônio em prejuízo daquilo que pertence a todos os brasileiros”, alertou.
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e líder da bancada ruralista no Senado, disse que esperava a sanção integral da MP. Segundo ela, o veto ao artigo 7º é manutenção do preconceito contra o setor rural. "Não é o que esperávamos, mas mesmo assim a MP é boa para o Brasil e boa para a Amazônia", afirmou.

Inconstitucionalidade

De acordo com nota divulgada por procuradores do Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul, a MP tem nove pontos que ferem a Constituição Federal. Segundo o comunicado, a Medida Provisória atenta contra a política nacional de reforma agrária, contra a legislação de licitações e prejudica a proteção à populações tradicionais, sendo a destinação de terras a ocupantes originariamente ilegais.

Vitórias e derrotas do setor ambientalista


Para a ONG WWF-Brasil é importante que a situação fundiária seja clara e transparente, sendo fundamental garantir a segurança jurídica a agricultores familiares da região, pois infelizmente os mecanismos introduzidos na MP pelo Congresso Nacional abrem inúmeras possibilidades de fraudes contra o patrimônio nacional e beneficia grileiros.

Segundo o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, a MP 458/09 não estabelece ações preventivas contra futuras invasões e desmatamento. Ele afirmou que a MP também não avançou num pacto social de compromisso com a conservação, para garantir o cumprimento da legislação ambiental e recuperação de áreas degradadas. “Em um momento em que o debate sobre mudanças climáticas e o combate ao desmatamento, principal meio de emissão de gases de efeito estufa do país, é uma preocupação mundial e estamos vendo várias enchentes e secas extremas no país, precisamos de medidas de incentivo a uma economia ecologicamente responsável, mais proteção à floresta amazônica e benefícios às comunidades locais como a criação de unidades de conservação de uso sustentável e concessão real de uso para aqueles que moram nas reservas extrativistas”, falou Maretti. Apesar disso o superintendente da WWF disse que o movimento ambientalista obteve algumas vitórias com a proibição de regularização de empresas privadas e a terceirizados.

Para a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú, o momento é delicado, pois o meio ambiente precisa resgatar sua relevância no contexto nacional. “Precisamos sensibilizar os legisladores e o governo a colocarem o país numa posição de liderança e vanguarda no desenvolvimento sustentável. O debate em torno do Código Florestal continua. Por isso, a mobilização da sociedade civil brasileira para a proteção do meio ambiente e da Amazônia é fundamental”, avalia. Hamú declarou que o momento é delicado, pois o meio ambiente precisa resgatar sua relevância no contexto nacional. “Precisamos sensibilizar os legisladores e o governo a colocarem o país numa posição de liderança e vanguarda no desenvolvimento sustentável. O debate em torno do Código Florestal continua. Por isso, a mobilização da sociedade civil brasileira para a proteção do meio ambiente e da Amazônia é fundamental”, falou.

* Com informações do jornal Folha de S. Paulo, WWF-Brasil, Agência Brasil


(Agência Envolverde)


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Trabalho técnico clássico: Leitão Filho e a florística de florestas tropicais e subtropicais


Caros,

disponibilizo aqui um trabalho de 1987, fundamental para quem quiser entender a diversidade da vegetação florestal do Brasil. O saudoso professor Hermógenes de Freitas Leitão Filho, da UNICAMP, falecido em 1996, disseca, de maneira sintética e brilhante, os fatores geográficos, climáticos e bióticos que conferiram às florestas brasileiras uma das maiores diversidades do mundo.

Naturalmente, as informações deste artigo devem ser complementadas por informações mais recentes; no entanto, seu escopo oferece uma boa base teórica - e isso é atemporal.

Baixe o trabalho aqui.

Saudações a todos!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Como foram preparadas as sementes utilizadas na bem-sucedida semeadura aérea em Cubatão


No ano de 1989, a CETESB realizou uma experiência pioneira na Serra do Mar. A cidade de Cubatão situava-se no chamado Vale da Morte: uma área desolada, com a vegetação em processo avançado de degradação devido às emissões de gases poluentes por parte das indústrias situadas na região, principalmente derivados do enxofre. Com a morte da vegetação, ocorriam deslizamentos com frequência cada vez maior, vitimando pessoas e causando perdas materiais.

De maneira a cessar o processo, foram adotadas diversas medidas, dentre as quais destaca-se o controle das emissões das indústrias, estabelecimento de medidas para redução das emissões e a revegetação das áreas degradadas.

A recuperação de áreas degradadas contemplou o manejo dos remanescentes, enriquecimento florístico - incluindo diversas formas de vida além das árvores, como herbáceas - e a cobertura de áreas de difícil acesso através da semeadura aérea de espécies rigorosamente selecionadas, devido ao rápido crescimento, visando competir com a vegetação de gramíneas e outras espécies, e por resistirem à poluição.

A maioria das espécies selecionadas enquadrava-se no grupo das pioneiras, possuindo sementes pequenas. Esta característica criava problemas operacionais: como lançar estes propágulos nas áreas certas, sem dispersá-los para outros locais? Foi preciso desenvolver uma técnica para aumentar o peso das sementes através de sua imersão em pequenas esferas de gel hidrofílico, contendo sementes, água e nutrientes, na medida necessária ao estabelecimento inicial das mudas.

A metodologia desenvolvida para a peletização é um capítulo à parte nesta bem-sucedida epopeia. E hoje, por acaso, encontrei um artigo da época que descreve o processo. Vale uma leitura atenta.

Baixe o artigo aqui.

Saudações a todos! Bom fim de semana!

Avião lança bomba com sementes e terra, contra desmatamento

Fonte: site Paisagismo Brasil - www.paisagismobrasil.com.br

Uma espécie de bomba semeadora de plantas foi desenhada para ser uma alternativa na luta contra a desertificação global. O equipamento é composto por cápsulas biodegradáveis, munidas de uma potente carga de sementes e de solo artificial rico em nutrientes.



As 'bombas de sementes', projetadas por designers sul-coreanos, foram feitas para serem lançadas por aviões e, assim, ajudar a deter a expansão de regiões desérticas - que estão crescendo devido ao desmatamento e a outros problemas ambientais causados por ações
humanas.


As cápsulas caem no solo, aos poucos se desmancham, e a planta cresce normalmente

Cada bomba dispersa múltiplas cápsulas que, ao caírem no solo, fornecem terra com nutrientes suficientes para que a planta cresça forte e possa se sustentar. Enquanto ela amadurece, as cápsulas gradualmente se desmancham.


Cada bomba leva uma série de pequenas cápsulas em seu interior

Apesar dos benefícios, há ainda alguns obstáculos ao projeto. Um deles é que o uso destas cápsulas poderia ser perigoso para a fauna e a flora que ainda vivem na região do lançamento.

Além disso, seria fundamental encontrar um meio de distribuir de forma mais homogênea as plantas a serem semeadas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Outra dissertação sobre jaqueiras em florestas urbanas


Caros,

esta é outra dissertação sobre jaqueiras em áreas urbanas. Esta é do Rodolfo Abreu, e foi defendida na Escola Nacional de Botânica Tropical do Jardim Botânico.

Baixe a dissertação aqui.

Dissertação sobre jaqueiras em florestas urbanas


Caros,

estou disponibilizando o link de uma dissertação muito interessante sobre o desenvolvimento de florestas secundárias com a predominância de uma espécie exótica considerada invasora na cidade do Rio de Janeiro: a jaqueira. É uma das poucas fontes de informação disponíveis sobre este tema, além de alguns materiais do Jardim Botânico - que disponibilizarei também, em breve. Esta é da engenheira agrônoma Etiene Gomes, tendo sido defendida no Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do rio de Janeiro.

Acesse o link para baixar esta dissertação aqui.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Livro sobre Geoprocessamento

Bom, prometo que vou ficar um tempo sem falar em geoprocesamento, afinal essa nem é muito minha praia. Mas essa informação que vou passar é bem interessante, e foi passada pelos colegas lá do LABGEO/UERJ: é um link para um livro recente sobre o assunto. Clique no título do livro para baixar: Satélites e suas aplicações, de Teresa Gallotti Florenzano, do INPE. Traz conceitos básicos, sendo muito útil para quem quer se iniciar neste mundo da geoinformação (mais ou menos como eu).


Amanhã eu volto a meu papo habitual de vegetação, juro!

Locais para obter fotos de satélite e shapes (e outras bases) para uso em geoprocessamento

Caros,

as imagens utilizadas em programas de geoprocessamento, como ArcView, ArcGis ou QuantumGis podem ser oriundas de várias fontes. Imagens mais novas em geral precisam ser compradas, mas se não houver necessidade de imagens muito atuais, ou ainda, com resoluções mais altas, existe a possibilidade de se recorrer a algumas fontes gratuitas.

O INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - disponibliza imagens dos satélites das séries LANDSAT e CBERS, gratuitamente. É necessário fazer um cadastro para receber as imagens via email. È muito simples e a própria página possui um bom passo-a-passo. Acesse a página aqui.

No site do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - é possível obter bases diversas do território nacional, como hidrografia, vegetação, setors censitários, etc. A escala é apenas para planejamento macro, mas é útil para diagnósticos preliminares. Entre no site aqui e veja como extrair as informações. Ah, e dá pra pegar mapas topográficos neste outro link aqui, também do IBGE.

Outra fonte útil, no caso do município do Rio de Janeiro, é o site PortalGeo, da prefeitura do Rio. É possível extrair bases no formato shape, de forma semelhante ao site do IBGE. Acesse o site aqui.

É isso. Entrem nos sites e divirtam-se!


terça-feira, 23 de junho de 2009

Monografias na UFRRJ no próximo dia 30 de junho


Caros,

no próximo dia 30 de junho acontecerão duas defesas de monografias de conclusão do curso de engenharia florestal.

A primeira é às 10 horas, da aluna Camila Vital. Este estudo trata de um levantamento feito em área de reflorestamento antigo e de baixa diversidade, submetida a processo de enriquecimento, no bairro de Realengo, também na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Este estudo é uma proposta de metodologia para monitoramento das áreas enriquecidas pela prefeitura na cidade.

A segunda apresentação é às 13 horas, da aluna Lídia Figueiredo, tratando de um inventário realizado em reflorestamento urbano no bairro de Campo grande, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Como no caso anterior, existe uma proposta de metodologia para a atividade em análise.

O local das apresentações é o Instituto de Florestas da UFRRJ. Nos próximos dias direi a sala certa.

Espero todos lá! Depois disponiblizo as monografias aqui.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Trabalhos Técnicos Clássicos: Acta Amazonica - dois bons artigos


Caros,

Apresento dois trabalhos antigos, porém muito bons nesta postagem.

O primeiro é "Estrutura da floresta equatorial úmida da estação experimental de silvicultura tropical do INPA". Este trabalho me inspirou - aliás, a mim e a muita gente - em toda a minha carreira como engenheiro florestal. Explica, de forma didática e detalhada, questões ligadas a amostragem, inventário florestal e fitossociologia.

O outro artigo é "Taxa de regeneração natural na floresta tropical úmida". Mostra uma metodologia simples e prática para monitoramento do desenvolvimento de florestas tropicais.

Baixe os trabalhos clicando sobre os respectivos nomes.

Software livre e útil para geoprocessamento - QuantumGis

Caros,

o Quantum Gis é um software livre similar a ferramentas como o ArcGis, porém com a grande vantagem de ser gratuito. Vale conferir, pois o mesmo possui todas as funções básicas necesárias para georpocessamento - e já me salvou em várias situações.

Baixe o programa aqui.

domingo, 21 de junho de 2009

Evento: IX Semana Acadêmica de Engenharia Florestal da UFRRJ


Mais informações, confira no link: http://www.saef2009.net/

Brasil pode ser primeiro país a ter status de desenvolvido sem desmatar florestas por inteiro

CORREIO BRAZILIENSE (DF) • BRASIL • 18/6/2009 • 19:41:01

O Brasil pode ser o primeiro país do mundo a entrar no rol das nações desenvolvidas sem ter desmatado toda a sua vegetação nativa, como aconteceu na Europa e nos Estados Unidos. A avaliação é do pesquisador da Agência Espacial America (Nasa) e do Experimento de Larga Escala da Biosfera – Atmosfera Amazônia (LBA), Eric Davidson.O caminho, de acordo com o pesquisador, passa por soluções econômicas para manter a floresta em pé, como o mercado de carbono, mas principalmente pela mobilização nacional em busca de alternativas de crescimento econômico sustentável.

“O Brasil tem recursos humanos nas áreas de energia, Meio Ambiente, modulagem, sensoriamento remoto; tem recursos naturais, e também tem a sociedade civil, tem democracia, tem debate. Vocês podem conversar entre vocês sobre o futuro de seu próprio país sem depender da influência de outros”, apontou.

Segundo Davidson, o mercado de carbono é atualmente a melhor oportunidade de transferência de recursos “do Norte para o Sul”, dos países mais industrializados para as nações em desenvolvimento – principalmente as que têm florestas – mas ainda não é uma “solução completa” para garantir a conservação.

“O carbono não é biodiversidade, não é conservação, mas tem valor de mercado. É um dos únicos instrumentos que temos agora e movimenta muito dinheiro [para investimentos em preservação]”, ponderou. “Talvez outros países também possam ajudar com treinamento, tecnologia, mas a solução fica com vocês, com a sociedade civil Brasileira”, acrescentou.

Davidson acredita que o Brasil tem papel fundamental na discussão do futuro da regulação das emissões de gases de efeito estufa, que será definido durante a reunião da Convenção Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca. “A posição do governo Brasileiro é muito importante para se chegar a resultados. OBrasil é um dos países chave porque tem muitas florestas”, afirmou.

De acordo com o cientista, apesar de a Amazônia ainda dominar o interesse internacional por pesquisas sobre a biodiversidade Brasileira, o Cerrado começa a atrair atenções e ser alvo de estudos específicos sobre a contribuição do bioma para a emissão de gases que aceleram asmudanças climáticas, por exemplo.

“O estoque de carbono dentro dos solos é enorme, porque o Cerrado é um ecossistema onde as plantas tem raízes muito profundas. Mas infelizmente há pouca pesquisa. Há vários estudos preliminares que mostram que existe uma grande perda de carbono do solo com as mudanças no uso da terra na área de Cerrado”, adiantou.

Davidson participou nesta quinta-feira (18/6) de um fórum internacional sobre Meio Ambiente, paralelo ao 11º Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica).


Link original# 10321307
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Trabalho sobre a relação floresta-cidade e desastres naturais relacionados


Caros,


um interessante trabalho sobre a relação floresta-cidade, funcionalidade de florestas e desastres naturais (ou nem tanto). É da equipe da pesquisadora Ana Luiza Coelho-Netto.


Para baixar, clique aqui.

Trabalho Técnico Clássico: The Tropical Rain Forest: A Nonrenewable Resource

Caros,

outro trabalho clássico sobre florestas tropicais, este do grupo mexicano que estabeleceu diversos conceitos hoje amplamente utilizados: Gomez Pompa, Vazquez-Yanes e Guevara. Este artigo é de 1972, mas você ainda se surpreenderá ao saber porque o manejo das florestas tropicais é bem mais complicado que nas regiões temperadas. Leia o artigo e saiba porque.

Baixe o arquivo aqui.

Trabalho Técnico Clássico: Tropical Secondary Forests


Caros

venho postar um trabalho clássico sobre florestas secundárias, de Sandra Brown e Ariel Lugo, datado de 1990. O artigo comenta diversos aspectos do desenvolvimento de florestas secundárias, com definições, características florísticas, estruturais e funcionais, utilidade e relação entre as pessoas e as florestas secundárias.

Faça o download clicando aqui

sábado, 20 de junho de 2009

Projeto RADAMBRASIL - Volume 32 - Folha SF 23/24 Rio de Janeiro/Vitória



Caros,

este é o volume do majestoso Projeto RADAMBRASIL referente ao estado do Rio de Janeiro.

Esta obra resulta de levantamentos de recursos naturais realizados nas décadas de 1970 e 1980,
Acessem o pdf aqui. Aviso que o arquivo é monstruoso - Parrudos 322 MB. Mas compensa.

Mercado de carbono fora da ONU é opção

16/06/2009 - 17:51:23

Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil

Impasse nas negociações internacionais faz ganhar força a idéia de que os países desenvolvidos possam estabelecer um mercado mundial de permissões independente das Nações Unidas e de um novo protocolo climático.

Segundo representantes de ONGs e especialistas em cap-and-trade que estão acompanhando as rodadas de negociações climáticas é crescente o sentimento de que os países ricos possam fazer algo por conta própria com relação ao aquecimento global.

A falta de consenso sobre o novo acordo climático que substituirá Kyoto em 2012 estaria levando as nações ricas a pensar na criação de um mercado mundial de carbono sem nenhuma ligação com a ONU.

Para especialistas, os Estados Unidos e a União Européia já possuem as bases para esse tipo de comércio e poderiam atrair países como a China para o novo mercado sem grandes dificuldades. Além disso, conseguiriam evitar ter que fazer as concessões que estão sendo exigidas deles para que se alcance um acordo sobre o novo pacto climático.

“Fazer todos concordarem com tudo em Copenhague será extremamente difícil. Assim, essa idéia de um mercado fora do novo protocolo não é tão absurda ou improvável assim”, afirmou Peter Fusaro, especialista em comércio de carbono da Global Change Associates.

Um mercado global entraria sem problemas dentro da legislação climática que está sendo debatida nos EUA, que prevê a compra pelas indústrias poluidoras norte-americanas de até um bilhão de toneladas de permissões internacionais por ano.

Apesar de poder ser visto como um plano B ou até uma fuga das verdadeiras negociações climáticas, alguns ambientalistas não acham a idéia do mercado inteiramente má. “Países como os EUA, China e México podem até conseguir fazer mais pelo planeta trabalhando domesticamente do que no cenário internacional”, afirmou Nathaniel Keohane, diretor da ONG norte-americana Fundo de Defesa do Meio Ambiente.

Bonn

Reforçando a noção de um impasse mundial, a segunda rodada de negociações climáticas, que terminou na semana passada em Bonn, na Alemanha, não alcançou nenhum objetivo concreto em relação aos debates sobre o tamanho das metas de redução.

China e muitos países em desenvolvimento querem que os ricos cortem ao menos 40% das emissões até 2020 em relação aos níveis de 1990. Porém, até agora os anúncios de metas variaram entre 8% a14%.

Estados Unidos e União Européia ainda deixaram claro em suas declarações finais que o setor privado é que deveria financiar a luta contra as mudanças climáticas, não os governos.

Apesar disso, o secretário-executivo da Convenção sobre a Mudança Climática da ONU, Yvo de Boer conseguiu ver avanços no encontro. “As posições dos países estão cada vez mais claras, assim como suas propostas. Dessa forma as negociações no futuro tendem a ser mais francas e rápidas”, declarou.

G8 deveria liderar

Neste fim de semana também foi realizado o fórum da Organização Global de Legisladores para o Equilíbrio Ambiental em Roma, no qual mais de uma centena de políticos assinaram um documento onde afirmam que o tempo está se esgotando para que se chegue a um consenso sobre o futuro pacto climático e que cabe ao G8 a responsabilidade de fazer com que ele aconteça.

“É tempo de concretizar as promessas e fazer as coisas acontecerem. Muitos países estão esperando uma decisão por parte do G8 com relação às mudanças climáticas”, afirmou Stephen Byers, ex-ministro de comércio britânico e presidente da Organização Global de Legisladores.

A resolução final do encontro sugeriu o repasse de até 140 bilhões de euros por ano entre 2010 a 2020 para que os países mais pobres possam realizar os cortes de suas emissões e se adaptem às conseqüências do aquecimento global.

O documento afirma ainda que as nações desenvolvidas deveriam disponibilizar esse dinheiro o mais rápido possível para ajudar nas negociações do futuro tratado climático que será debatido em dezembro em Copenhague.

(Envolverde/CarbonoBrasil)

Classificação da Vegetação Brasileira, Adaptada a Um Sistema Universal



Caros,

esta publicação é complementar ao Manual Técnico da Vegetação Brasileira, focando principalmente no enquadramento das tipologias vegetais em classes conforme critérios fitogeográficos. Contém ainda um rico histórico referente aos vários sistemas já utilizados.

Para baixar o pdf, clique aqui.

Manual Técnico da Vegetação Brasileira


Caros,

o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza uma rica biblioteca com seu acervo. Venho disponibilizar aqui i link para uma publicação de grande interesse para os profissionais da área de meio ambiente: O Manual Técnico da Vegetação Brasileira (clique aqui para baixar o pdf).

Esta publicação, de 1991, contém a nomenclatura atualizada para o enquadramento das tipologias de vegetação do Brasil, além de possuir um capítulo muito interessante que trata de coleta e herborização de material botânico.

Todo profissional da área deve possuir este material de referência.



sexta-feira, 19 de junho de 2009

Manual de Identificação e Plantio de Mudas Florestais


Caros,

estou postando novamente o manual de identificação e plantio de mudas de espécies florestais, desenvolvido pela equipe da Coordenadoria de Recuperação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Este material é de grande utilidade para estudantes e técnicos envolvidos em arborização urbana, recuperação ambiental, produção de mudas e outras atividades correlacionadas. Foi produzido com base em informações de bibliografia técnica, e também em 20 anos de informações práticas coletadas pela equipe da prefeitura do Rio.

Acessem os links e baixem as quatro partes do manual:

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4




Congresso Iberoamericano e do Caribe sobre Restauração Ecológica

Caros,

confiram este encontro que acontecerá de 9 a 13 de novembro em Curitiba/PR. CLique no link para saber mais:

Dissertação: Estrutura e Florística de Fragmentos de Florestas Secundárias de Encosta no Município do Rio de Janeiro

Caros,

esta é minha dissertação de mestrado. Trata do desenvolvimento de florestas secundárias em áreas urbanas na cidade do Rio de Janeiro, em locais com intensa atividade do homem, através da agricultura, criação de gado, corte seletivo, incêndios e outros incidentes. Inclui uma breve descrição dos processos históricos que condicionaram a presença das atividades descritas como parte das interferências no curso natural da sucessão secundária.

Novo perfil do Blog - e novo nome!

A partir desta postagem, este Blog assume novo caráter. Saem as postagens genéricas e entra um tema específico: as Florestas Secundárias. Assim, passo a publicar e disponibilizar links de artigos científicos, teses, manuais, livros, reportagens e opiniões relativas ao tema principal e a temas correlacionados, como sucessão secundária, fitossociologia, fitogeografia, dispersão de sementes e qualquer outro assunto pertinente. Valem discussões sobre temas atuais e sobre antigos conceitos. As postagens externas estão abertas, vamos utilizar o espaço!

Façam bom proveito. E ajudem a manter este novo (velho) Blog no ar, clicando nos anúncios!

Link do Manual de Mudas

Esse é o link do manual de mudas da SMAC. Basta clicar no título desta postagem.

http://www.rio.rj.gov.br/smac/manual_esp_florestais.php

domingo, 14 de junho de 2009

Manual de Identificação e Plantio de Mudas Florestais

Caros,

deixo aqui os links do 4shared para baixar as quatro partes do Manual de Identificação e Plantio de Mudas Florestais, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente aqui do Rio de Janeiro.

Acredito que em algum momento seja possível publicar os links diretos, mas por enquanto, peço que copiem e colem os links na janela do navegador, ok?

Lá vão:

http://www.4shared.com/get/111795832/45b87ed5/manual_parte1_01.html
http://www.4shared.com/get/111796409/e2e8a214/manual_parte2_01.html
http://www.4shared.com/get/111796745/8d749562/manual_parte3_01.html
http://www.4shared.com/get/111797339/74368037/manual_parte4_01.html

Espero que seja útil a todos!