quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Defesa de dissertação - mais uma de jaqueiras


Caros,

venho divulgar a defesa de dissertação intitulada Estrutura populacional e avaliação de métodos de controle da espécie exótica invasora Artocarpus heterophyllus Lamk. (Moraceae) no Parque Estadual da Ilha Grande, Angra do Reis, RJ”, dia 25 de fevereiro de 2011, ás 13:00 horas na sala de seminários do Departamento de Genética do Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha (Haroldinho) no seguinte endereço: UERJ, Av. São Francisco Xavier 524 - Maracanã, Rio de Janeiro.

O autor é o engenheiro florestal Ciro Moura.

Até lá!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Data prevista para o Concurso da SMAC: 10/04/2011


Caros,

o concurso da SMAC para vários cargos - incluindo engenheiros florestais, 7 vagas, sendo uma para PND - tem data prevista para 10/04/2011, um domingo.

Acessem o site da Secretaria Municipal de Administração, com informações sobre o concurso, aqui. E estudem!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

fazendo propaganda de um outro site - muito bom


Caros,

venho divulgar um site elaborado pelo Leandro, um formando de biologia que foi estagiário da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Ele desenvolve um trabalho muito interessante, de exaustiva identificação das espécies existentes no Parque Natural Municipal da Chacrinha, em Copacabana, Rio de Janeiro. Este parque é minúsculo, porém guarda resquícios do que foi, um dia, a vegetação litorânea da cidade do Rio de Janeiro. E o site do Leandro é interativo, pode ser acessado e terceiros podem ajudar na identificação das espécies. Vale visitar, para usufruir e colaborar também.

Acesse neste endereço: http://ljtc.multiply.com/

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Do site Revista Ecológica: Método alternativo restaura cobertura florestal em áreas degradadas


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Resultados positivos na cobertura florestal de áreas degradadasResultados positivos na cobertura florestal de áreas degradadasPesquisa realizada pelo biólogo Ingo Isernhagen na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, aplicou semeadura direta de espécies árboreas nativas em Áreas de Preservação Permanente (APP). O método obteve eficiente cobertura florestal de áreas degradadas e com custo menor na comparação com a utilização do plantio de mudas.

Financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a pesquisa foi desenvolvida em duas áreas experimentais localizadas em duas APPs na Usina São João (USJ), em Araras (interior de São Paulo). Entre os anos de 2006 e 2007, pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF), coordenado pelo professor Ricardo Rodrigues, realizaram o Programa de Adequação Ambiental da USJ. “Naquela época foram realizados os primeiros contatos com os administradores, especialmente do Programa Margem Verde, que já executava plantios de árvores na usina, sobre o interesse em utilizar áreas com passivo ambiental para implantação de experimentos de restauração florestal pelo LERF”, relata Ingo.

Além de ceder as áreas, a equipe do Programa Margem Verde forneceu mão-de-obra e alguns insumos, sendo imprescindível para a implantação e acompanhamento do projeto. O estudo partiu da observação da necessidade de criar métodos alternativos ou complementares para o plantio de mudas de espécies arbóreas nativas para restauração florestal de áreas degradadas, eficientes do ponto de vista técnico e econômico. “O trabalho teve como objetivo geral avaliar a eficiência técnica e econômica da semeadura direta de espécies arbóreas nativas para a colonização inicial de áreas agrícolas abandonadas com baixa capacidade de auto-regeneração e para o enriquecimento de áreas florestais restauradas com baixa riqueza de espécies”, conta o biólogo.

A pesquisa testou diferentes densidades de sementes de espécies arbóreas nativas necessárias para a ocupação inicial das áreas degradadas. Uma vez instalados os experimentos, avaliaram-se também o tempo para ocupação dessas áreas e os investimentos financeiros necessários, além de parâmetros de desenvolvimento da comunidade florestal. Para a primeira ocupação da área degradada foram utilizadas espécies arbóreas nativas de rápido crescimento e que fornecessem boa cobertura de copa (semeadura de preenchimento, com espécies denominadas “espécies de preenchimento”). Algumas das espécies utilizadas para preenchimento foram timboril (Enterolobium contortisiliquum), mutambo (Guazuma ulmifolia), lobeira (Solanum lycocarpum), pau-cigarra (Senna multijuga), monjoleiro (Acacia poliphylla), paineira (Ceiba speciosa), sangra-d’água (Croton urucurana), capixingui (Croton floribundus), canafístula (Peltophorum dubium), entre outras.

Sustentabilidade
Uma vez ocupadas as áreas, foi feita a semeadura de enriquecimento, com espécies diferentes das primeiras, promovendo a auto sustentabilidade da floresta. Nessa etapa, foram plantadas espécies como jatobá (Hymenaea courbaril), cedro (Cedrela fissilis), cabreúva (Myroxylon peruiferum), jequitibá (Cariniana estrellensis), pau-marfim (Balfourodendron riedelianum) e a copaíba (Copaifera langsdorfii), entre outras trinta espécies. Os resultados mostraram que houve excelente cobertura da área degradada em cerca de dois anos e meio, período semelhante ao que normalmente acontece com o plantio de mudas. As densidades testadas permitiram também a formação de uma comunidade florestal mais densa do que a formada por plantios de mudas em espaçamento 3 metros (m) x 2m (mais comum). Enquanto nesse método a densidade é de 1.666 indivíduos/hectare, na semeadura direta alcançaram-se densidades estimadas entre 1.215 e 13.000 indivíduos/hectare.

“O custo para aquisição de sementes para obter uma muda no campo a partir de semeadura direta da maioria das espécies utilizadas pode ser duas a três vezes menor que o preço de uma muda em viveiro”, revela o pesquisador. “Ressalte-se que o método pode e deve ser adotado de forma complementar ou associado ao plantio de mudas, e não necessariamente substituir o mesmo. Não foi possível avaliar, durante o tempo de execução da tese, se a semeadura direta de enriquecimento é viável técnica e economicamente, mas os resultados preliminares também indicam que o método é promissor, podendo ser adotado inclusive para outras formas biológicas, como arbustos e lianas.”

Ingo salientou também que é importante desenvolver o manejo de sementes de espécies nativas, desde a colheita no momento apropriado até o armazenamento. “A qualidade do lote de sementes pode ter implicações diretas, junto a outros fatores de campo, no sucesso do método”, enfatiza. “É necessário atentar ainda para problemas relacionados à infestação por plantas daninhas especialmente nos primeiros meses após a semeadura, ao revolvimento do solo por animais, à predação por formigas e à profundidade em que é colocada a semente, entre outros fatores que devem ainda ser melhor estudados”.

A pesquisa faz parte da tese de doutorado “ Uso de semeadura direta de espécies arbóreas nativas para restauração florestal de áreas agrícolas, sudeste do Brasil”, apresentada no Programa de Pós-graduação em Recursos Florestais da Esalq. O trabalho teve orientação do professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Departamento de Ciências Biológicas (LCB) da Esalq.

Agência USP


Pesquisador cria modelo para recuperação de áreas degradadas

Pesquisa cria modelo para recuperar vegetação em florestas degradadasPDFImprimirE-mail
Escrito por Lucas Frasão Do Globo Amazônia
Seg, 03 de Janeiro de 2011 00:00

Análise no PA resultou em cálculo que indica espécies para regeneração.
Próximo passo é criar programa de computador para aplicação do modelo.

O engenheiro florestal Rafael Salomão, do Museu Paraense Emílio Goeldi, apresentou no início de dezembro os primeiros resultados da pesquisa que desenvolve na Floresta Nacional Saracá-Taquera, em Oriximiná, a cerca de 880 quilômetros de Belém, no Pará. O estudo propõe a aplicação de um modelo estatístico para recuperar áreas de florestas degradadas.
A partir da análise de uma região com floresta degradada pela extração de bauxita na Flona Saracá-Taquera, explorada pelo Mineração Rio do Norte, Salomão criou um modelo que ajuda a determinar espécies essenciais e secundárias para regenerar a vegetação da melhor forma possível. O próximo passo consiste em criar um programa de computador para simplificar os cálculos do modelo estatístico, auxiliando produtores na regeneração de suas florestas.

Dessa forma, o modelo criado por Salomão poderia ser aplicado em qualquer área florestal, não necessariamente na Amazônia.

Para desenvolver o estudo, porém, ele avaliou uma área de vegetação densa e com um tipo de degradação acentuada. "Apesar de pontuais, as modificações causadas na vegetação pela mineração são muito intensas. As áreas de exploração mineral representam o extremo da degradação artificial", diz ele.

A extração de bauxista exige a retirada completa de toda a cobertura vegetal de floresta, segundo Salomão. Depois, ainda é necessário escavar de 4 a 10 metros de terra no solo para alcançar o minério. "O ambiente fica completamente desestabilizado. Todas as propriedades do solo são alteradas", diz.

Como seria feita a regeneração de uma área assim? De acordo com o pesquisador, a literatura científica existente sobre o tema é muito vaga. Existe uma orientação consensual para o produtor plantar cerca de 80 espécies para regenerar a área destruída. "Mas nenhum trabalho feito até agora identifica que espécies seriam essas", explica Salomão.

A partir de um inventário florestal, ele identificou cerca de 1.500 espécies na Flona Saracá-Taquera e começou a aplicar índices ecológicos e socioeconômicos sobre elas.

Os critérios usados consideram abundância de espécies e dados específicos sobre as árvores, como o diâmetro do tronco e o peso. O pesquisador também availou valores comerciais das árvores, considerando preço da madeira e de produtos florestais não madeireiros que as espécies podem fornecer.

O resultado matemático permite determinar espécies-chave para a regeneração da área. "O modelo indica de 25 a 35 espécies assim, além de outras secundárias que interagem bem com elas", diz Salomão. Com o modelo, o pesquisador visa a recuperação de áreas degradadas no menor tempo possível.
Última atualização em Dom, 02 de Janeiro de 2011 14:55
OSSOS PARCEIROS

Revista Opiniões - ano: 2007 - assunto: manejo florestal


Caros,

esta é uma entrevista de 2007, do engenheiro florestal Renato Moraes de Jesus. Fornece elementos bem interesantes para um bom debate.

Leiam e reflitam.

Mar-Mai 2007
Implantação de Florestas Nativas
Renato Moraes de Jesus
Diretor do IAVRD - Instituto Ambiental Vale do Rio Doce

007-17

Implantação de Florestas Nativas! Essa não é a forma mais correta para se expressar a necessidade de recuperar as nossas formações e mesmo de plantar as espécies de ocorrência no território brasileiro.

Para efeito de recuperar nossas formações naturais, vamos considerar, nesse artigo, a expressão restauração ecossistêmica, ou seja, um conjunto de práticas silviculturais e ecológicas, que irá levá-las o mais próximo da sua originalidade. No caso do plantio das espécies nativas, embora alguns já as denominem como alternativas, prefiro adotar aqui o plantio de espécies com ocorrência no território brasileiro.

Considerando o nível de degradação dos ecossistemas brasileiros, é prioritário se iniciar um programa de restauração ecossistêmica. É começar a fazer! Primeiro, é preciso parar de degradar e eliminar a desculpa de termos a necessidade de ampliarmos as nossas fronteiras agrícolas.

Outra coisa é esse tal de manejo florestal sustentado. Há quantos anos estamos ouvindo falar nele? Onde, no planeta, já se fez o segundo corte, nessas florestas ditas sustentadas? Manejo florestal com objetivos madeireiros é como tortura: mata aos poucos. Dêem uma observada no sudeste asiático!

Atualmente, existem várias tendências, inclusive aquela de deixar como está, que a natureza vai resolver sozinha, que a fauna irá fazer a dispersão das espécies e, repentinamente, uma nova formação restaurada aparecerá. Para se fazer restauração ecossistêmica, há necessidade de trabalho e de entendimento de que o melhor zoodispersor é o homem. Que a fauna pode ajudar, sem dúvida nenhuma, mas temos que entender que, em função da existência do alto nível de contaminação biológica existente no entorno dos fragmentos, ela poderá contribuir para uma maior infestação no seu interior. As principais técnicas que podem ser utilizadas são:

1. Plantio de mudas: Consistem no plantio de mudas das espécies de ocorrência regional, normalmente não mais do que 1.600 mudas por hectare e com uma diversidade próxima a 50 espécies/ha.

Essa técnica só deve ser utilizada para áreas de baixa resiliência e é necessário aumentar a diversidade de espécies e mesmo diminuir a densidade de mudas para 1.100/ha, o que acelera a produção de sementes e, com isso, melhora a segunda geração, estabelecendo a auto-sustentação ecológica da formação. É necessário, ainda, que mais tarde se faça o enriquecimento das espécies de sub-bosque, sempre em ilhas de diversidade, onde a fauna poderá dar uma contribuição mais efetiva.

2. Semeadura direta: É uma técnica de restauração, onde imagina-se que seja menos custosa do que a do plantio de mudas. Normalmente, desconsideram o custo de obtenção das sementes e ainda a inexistência da necessidade dos tratos culturais.

É preciso melhorar o conhecimento do performance das nossas diferentes espécies nessa condição de colonização, diminuir os custos de produção de sementes e entender que ela deva ser usada, preferencialmente, em áreas onde as plantas invasoras ainda não tenham comportamento agressivo.

3. Indução da regeneração natural: Essa técnica, além de estimular o resgate da biodiversidade, acelera o processo de restauração, pois é baseada na resiliência expressada, principalmente, pelos bancos de sementes, de raízes e de cepas e pela própria matriz do entorno.

Não obstante, o sucesso dessa expressão tem como fundamento a indução da regeneração natural, por meio da eliminação dos tensores, como as plantas invasoras, os incêndios, a compactação edáfica e os usos indiretos na área, especialmente, tráfego de veículos e pastoreio.

Considerando o plantio de espécies, com ocorrência no território brasileiro, há de se admitir a forte influência que os cursos de engenharia florestal no Brasil tiveram para que os profissionais limitassem-se, basicamente, à silvicultura de Pinus spp e Eucalyptus spp.

Outrossim, ospróprios programas de pesquisas, oriundos das diferentes formas de governos, nunca se concluíam, ou seja, a cada quatro anos um novo programa era iniciado e, certamente, não finalizado. Ao contrário, as empresas florestais continuam pesquisando até hoje, com significativos ganhos de produtividade e, até mesmo, ambientais.

Não obstante muitas daquelas empresas e alguns governos investiram naquele grupo de espécies, e alguns resultados hoje se tornam expressivos. Seja no sul, sudeste ou mesmo região amazônica, elas já poderiam estar sendo plantadas em escala comercial. Sinto haver um começo, por parte do produtor rural, de procura por essas espécies. Entendo que a extensão florestal precisa estar mais presente e, claro, para tanto, precisa se embasar.

Mas, como plantar essas espécies? Existem aquelas em que a forma monocultural é a recomendável, mas outras, como o Jacarandá e a Peroba Amarela, onde o consórcio é um requisito, principalmente, pela necessidade de uma sombra parcial.

No que se refere à base genética, estamos sugerindo que para um plantio comercial, as sementes sejam oriundas de, pelo menos, 10 progênies. O plantio deve ser feito de forma adensada (2.500 mudas/ha), onde, já a partir do segundo ano, iniciar-se-ia um plano de desbaste. Mas, por que esse adensamento?

Primeiro, é que esse material genético está sem melhoramento, e segundo, pelo autodesrama que ele induz, pois como o objetivo final é o uso madeireiro, a ausência de nós é fundamental. Nos dois primeiros anos, é possível consorciar com culturas brancas e na medida da abertura, oriunda dos desbastes, outros arranjos são possíveis, aí se incluindo, até mesmo, o silvipastoril.

Imaginem um plantio de Jequitibá rosa com 30 anos e 300 indivíduos por hectare, onde, ao longo do seu ciclo, receitas adicionais foram obtidas? Fica evidente que o desenvolvimento social e florestal de uma determinada região faz-se com o plantio, e não com a derrubada de árvores. Só é preciso fazer, fazer e fazer.

Manual de Silvicultura Tropical - baixe aqui


Caros,

segue em anexo o Manual de Silvicultura Tropical, produzido pela Universidade Eduardo Mondiane, de Moçambique. Excelente material, é referência para a prova seletiva para engenheiro florestal para a secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade do Rio de Janeiro.

Baixe o manual aqui. Ou aqui.




Outro vídeo do Projeto Mutirão Reflorestamento


Segue outro vídeo do Projeto:


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Direto do Youtube: Projeto Mutirão Reflorestamento no Morro Dois Irmãos


caros,

outro vídeo com jeito de relíquia. É material de divulgação do Sirkis (deve ter sido de alguma campanha eleitoral), mas o importante é o registro de um importante trabalho desenvolvido pelo setor público em prol da recuperação ambiental e da segurança das encostas da cidade do Rio de Janeiro.

Segue o vídeo:

Reflorestamento do Morro Dois Irmãos

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