Fotos: Claudio Santana, 2019.
Plantae → Rosiidae→ Rosales→ Moraceae → Ficus tomentella Miq.
As figueiras estão, sem duplo sentido, enraizadas na cultura da maioria dos povos do mundo. As figueiras brasileiras tradicionalmente são chamadas figueiras-bravas, abarcando várias espécies do gênero Ficus (D'Elboux, 2018; Alves, Carauta, Pinto, s.d.).
Uma das espécies mais comuns de figueiras nativas é chamada figueira-roxa, tendo por nome científico Ficus tomentella Miq. Carauta (1989) afirma que o gênero Ficus deriva do grego sfukon, que quer dizer...figo! Já o nome específico, ou epíteto, tomentella, vem de tomentum, enchimento de travesseiros, e claramente faz referência ao revestimento de inúmeros e minúsculos tricomas nas folhas (Carauta, 2004).
Na cidade do Rio de Janeiro existe um exemplar famosa da espécie, conhecido como a Figueira da rua Faro, cuja copa chega a 35 metros de diâmetro, sendo a única sobrevivente de uma fileira com 350 anos, e que foi salva do corte pela mobilização popular em 1980. Assim, é um marco na história do movimento ambientalista no município.
É considerada uma das maiores figueiras em diâmetro de copa, além de ser de fácil reprodução. Produz sementes viáveis no município do Rio de Janeiro, sinal de funcionamento da interação da espécie com sua vespa polinizadora, o que é uma marca registrada das figueiras. A vespa é Pegoscapus lopesi (Carauta, 2003).
Possui crescimento rápido e adapta-se a diversas situações ecológicas. É atrativa a aves e, principalmente, morcegos (Pereira e Esbérard, 2009), sendo fundamental em projetos de restauração ecológica.
As fotos desta postagem foram feitas em sua maior parte na região do subúrbio da Leopoldina, à exceção da primeira, magnífico exemplar existente na Quinta da Boa Vista.
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