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sexta-feira, 15 de maio de 2020

E-BOOK GRATUITO - ESTRANGEIROS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


Car@s, apresento a vocês minha primeira publicação digital.

Muitas espécies arbóreas vindas de vários lugares do mundo, e mesmo de outros pontos do Brasil, estão há tanto tempo na cidade do Rio de Janeiro que já fazem parte da paisagem e da cultura carioca.

Estas árvores estão presentes em ruas, praças, parques e quintais, e muitas estão há tanto tempo entre nós, e são tão comuns, que são tidas por muitos como legitimamente nativas.

E possuem histórias peculiares, que fazem parte da memória universal.

Para baixar a publicação, basta clicar no título abaixo:

Estrangeiros na cidade do Rio de Janeiro:características e histórias de algumas espécies exóticas presentes no cotidiano carioca










segunda-feira, 16 de março de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - PAINEIRA-ROSA














Plantae → Rosidae→ Malvales → Malvaceae→ Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna

A árvore desta semana é muito conhecida dos cariocas, em particular: a paineira-rosa. É comum nesta cidade a ponto de um ponto bastante visitado do Parque Nacional da Tijuca, conhecido por suas cachoeiras, ser denominado de Paineiras.

O nome paineira vem da paina, palavra originada do malaio paññí, uma fibra leve e macia que preenche o interior de seus frutos e serve como meio de dispersão de suas pequenas sementes. 

Seu nome científico é Ceiba speciosa, sendo Ceiba derivado de uma palavra do taino, língua indígena da região do caribe, que significa canoa, dada a leveza e flutuabilidade de sua madeira. E speciosa é palavra latina que significa vistosa, o que é explicado pela imponência da árvore e pela beleza de suas flores.

É polinizada principalmente por borboletas (índrome de polinização denominada psicofilia), embora morcegos e beija-flores também a visitem. A dispersão, como já citado, é anemocórica, ou seja, ação dos ventos (ánemos é o deus do vento, o próprio vento, em grego). A floração acontece de dezembro a maio, e a frutificação em setembro. Estes dados são referentes ao Rio de Janeiro; outros estados têm períodos diferentes.

Seu potencial paisagístico a torna uma das espécies mais utilizadas em arborização urbana, assim como sua interação com a fauna de polinizadores a torna indispensável na restauração florestal. O uso econômico é limitado, pela baixa qualidade de sua madeira. No entanto, sua paina tem bom valor comercial, já tendo sido exportada, pois se presta a isolamento acústico e preenchimento de coletes salva-vidas, casacos e travesseiros.

As foto foram tomadas em um humilde celular, no mês de março de 2020 no entorno da prefeitura do Rio de Janeiro, à exceção da primeira foto, um espetacular espécime existente no Campo de Santana, fotografado em meados de 2019, á frente de uma soberba figueira indiana provavelmente Ficus microcarpa).

Fontes:



domingo, 23 de fevereiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - ALDRAGO








Fotos: Claudio Santana, 2019 e 2020, exceto a última, obtida em  https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/files/2012/06/3-Pterocarpus-rohrii-Vahl.jpg


Plantae → Rosiidae→ Fabales→ Fabaceae Pterocarpus rohrii Vahl.

A árvore eleita para essa semana carnavalesca é uma espécie bastante comum, de ocorrência do Sul da Bahia e Minas Gerais, até o estado do Paraná, seguindo o litoral. No entanto, o projeto REFLORA (JBRJ) a registra para todo o território nacional. 

O aldrago, ou pau-sangue, entre outros nomes, possui esse nome porque quando tem sua casca ferida exsuda uma seiva avermelhada, lembrando sangue. Obviamente não feri árvores de arborização pública para demonstrar tal fenômeno.


A espécie possui múltiplos usos, sendo que no caso de aproveitamento industrial, por sua madeira ser leve e pouco resistente, se presta principalmente a usos internos e processamento industrial. 


Farrapo et. al. (2014) testaram diversas proporções de incorporação de partículas de aldrago em mistura com Pinus oocarpa na produção de painéis aglomerados, constatando que não há perda de propriedades destes painéis utilizando-se até 40% de Pterocarpus rohrii.


Inegavelmente, seu uso mais conhecido é o ornamental. Na cidade do Rio de Janeiro é muito utilizada na arborização urbana e paisagismo. Grandes exemplares são registrados no Aterro do Flamengo, já nas proximidades da Praça Cuhautemoc. 


Suas sementes são de boa viabilidade em armazenamento, sua germinação é moderada, assim como seu crescimento em viveiro. O crescimento a pleno sol é de médio a lento, sendo melhor quando plantada sob a proteção de espécies de crescimento rápido.


As informações aqui apresentadas foram obtidas nas seguintes fontes:


Lorenzi, H. - Árvores Brasileiras Volume 1 - https://amzn.to/2Veo32w

domingo, 12 de janeiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - PAU-FERRO








Fotos: Claudio Santana, 2020.

Foto: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/71/Caesalpinia_ferrea_fruit.jpg



Plantae → Rosiidae→ Fabales→ Fabaceae Libidibia ferrea (Mart ex Tul) L.P. Queiroz

O pau-ferro é uma árvore nativa de ocorrência nas regiões Sudeste e Nordeste, em Mata Atlântica e Restinga. São registradas três variedades para a espécie: Libidibia ferrea var. glabrescens, leiostachya e var. parvifolia.

O nome indígena da espécie é yu'ká. que significa MATAR.

Era espécie por excelência para a fabricação de tacapes, a arma do guerreiro tupinambá. É possível que fosse utilizada nos sacrifícios rituais desta nação. 

Sua madeira tem densidade  variando de 0,99 a 1,27 g/cm³, a 15% de umidade. é uma das madeiras mais duras de nossa flora.

Tem sido pesquisada por suas propriedades medicinais. Há pesquisas que reportam seu potencial para a produção de antisséptico bucal, outras que demonstram seu poder no combate à leishmaniose, na forma de creme.

Possui muitas outras aplicações, desde forragem para gado até o uso tradicional para movelaria e construção civil, passando pelo uso para carvão de boa qualidade e pasto apícola. É muito utilizada em paisagismo e arborização pública e em reflorestamentos com finalidade conservacionista.

-------------------------------------------------------------------------------- Para mais informações, veja o livro Árvores Brasileiras, Volume 1.







sábado, 4 de janeiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - PAINEIRA-DE-PEDRA










Fotos: Claudio Santana, 2020.


Plantae → Rosiidae→ Malvales→ MalvaceaeCeiba erianthos (Cav.) K. Schum.

As paineiras são árvores vistosas e muito características da cidade do Rio de Janeiro, sendo até toponímia, caso da Estrada das Paineiras.

Mas a família Malvaceae, em especial o caso da antiga Bombacaceae, engolida pela irmã maior, possui muitas outras espécies bastante conhecidas, como os embiruçus, a castanha-do-Maranhão e a munguba.

Uma espécie menos conhecida e frequentemente confundida com suas primas famosas, como a paineira-rosa, é a paineira-de-pedra. Ocorrendo geralmente sobre solos rasos e costões nas regiões litorâneas, possui acúleos maiores e mais grossos, folhas de bordo liso ou levemente serreado e flores brancas com interior vináceo, com textura de algodão (http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Ceiba+erianthos; Lorenzi, 2017).

Costuma ser plantada na arborização urbana, em alguns casos intencionalmente, caso dos plantios de Burle marx no aterro do Flamengo. Às vezes parece ser confundida com a paineira-rosa, caso das fotos mostradas nessa postagem, pela semelhança das mudas das duas espécies.

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Mais informações sobre a espécie, sugiro o livro Árvores Brasileiras, Volume 2. 








segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - FIGUEIRA-ROXA








Fotos: Claudio Santana, 2019.

Plantae → Rosiidae→ Rosales→ Moraceae → Ficus tomentella Miq.


As figueiras estão, sem duplo sentido, enraizadas na cultura da maioria dos povos do mundo. As figueiras brasileiras tradicionalmente são chamadas figueiras-bravas, abarcando várias espécies do gênero Ficus (D'Elboux, 2018; Alves, Carauta, Pinto, s.d.).

Uma das espécies mais comuns de figueiras nativas é chamada figueira-roxa, tendo por nome científico Ficus tomentella Miq. Carauta (1989) afirma que o gênero Ficus deriva do grego sfukon, que quer dizer...figo! Já o nome específico, ou epíteto, tomentella, vem de tomentum, enchimento de travesseiros, e claramente faz referência ao revestimento de inúmeros e minúsculos tricomas nas folhas (Carauta, 2004).

Na cidade do Rio de Janeiro existe um exemplar famosa da espécie, conhecido como a Figueira da rua Faro, cuja copa chega a 35 metros de diâmetro, sendo a única sobrevivente de uma fileira com 350 anos, e que foi salva do corte pela mobilização popular em 1980. Assim, é um marco na história do movimento ambientalista no município.

É considerada uma das maiores figueiras em diâmetro de copa, além de ser de fácil reprodução. Produz sementes viáveis no município do Rio de Janeiro, sinal de funcionamento da interação da espécie com sua vespa polinizadora, o que é uma marca registrada das figueiras. A vespa é Pegoscapus lopesi (Carauta, 2003).

Possui crescimento rápido e adapta-se a diversas situações ecológicas. É atrativa a aves e, principalmente, morcegos (Pereira e Esbérard, 2009), sendo fundamental em projetos de restauração ecológica.

As fotos desta postagem foram feitas em sua maior parte na região do subúrbio da Leopoldina, à exceção da primeira, magnífico exemplar existente na Quinta da Boa Vista.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - BABOSA-BRANCA






Fotos: Claudio Santana, 2019.

Plantae → Asteriidae→ Lamiales→ Boraginaceae→ Cordia superba Cham.

Esta pequena árvore tem sido cada vez mais notada pela população, por seu uso crescente na arborização de cidades. Seu porte pequeno (7 a 10 metros) propicia a minimização de conflitos com redes de distribuição de energia elétrica.



Os que trabalham com restauração florestal, no entanto, a conhecem há tempos, pois é espécie altamente atrativa para a fauna, em especial abelhas e borboletas, sendo classificada como generalista para polinizadores (Missagia, 2005). 

A dispersão é feita principalmente por aves e morcegos (Carvalho, 2004). Os frutos possuem polpa transparente e mucilaginosa, de onde deriva o nome babosa.

Embora seja associada a fases mais avançadas da sucessão, comporta-se de outra forma em áreas abertas, enquadrando-se como pioneira antrópica (Santana, Silva e Silva, 2013, p.26).

O gênero Cordia homenageia o médico e botânico alemão Euricius Cordus (1486 - 1535) e seu filho Valerius Cordus (1515 - 1544)  (Carvalho, 2007). O termo superba se relaciona a suas flores grandes e magníficas (http://www.qarvore.com.br/index.php/cordia-superba/).




sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ARTIGO RECÉM-PUBLICADO SOBRE A COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE PRAÇAS NA MATA ATLÂNTICA


Largo da Carioca. Foto: Claudio santana, 2019. 

Caros, trago hoje um artigo publicado no recente dia 4 de dezembro de 2019. O tema é a composição florística de praças de todo o Brasil.

Está na revista "Urban Forestry & Urban Greening", e faço parte do grupo de autores.
Vale a leitura. 

Baixe o artigo no link abaixo:

Tree composition of urban public squares located in the Atlantic Forest of Brazil: a systematic review.