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segunda-feira, 16 de março de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - PAINEIRA-ROSA














Plantae → Rosidae→ Malvales → Malvaceae→ Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna

A árvore desta semana é muito conhecida dos cariocas, em particular: a paineira-rosa. É comum nesta cidade a ponto de um ponto bastante visitado do Parque Nacional da Tijuca, conhecido por suas cachoeiras, ser denominado de Paineiras.

O nome paineira vem da paina, palavra originada do malaio paññí, uma fibra leve e macia que preenche o interior de seus frutos e serve como meio de dispersão de suas pequenas sementes. 

Seu nome científico é Ceiba speciosa, sendo Ceiba derivado de uma palavra do taino, língua indígena da região do caribe, que significa canoa, dada a leveza e flutuabilidade de sua madeira. E speciosa é palavra latina que significa vistosa, o que é explicado pela imponência da árvore e pela beleza de suas flores.

É polinizada principalmente por borboletas (índrome de polinização denominada psicofilia), embora morcegos e beija-flores também a visitem. A dispersão, como já citado, é anemocórica, ou seja, ação dos ventos (ánemos é o deus do vento, o próprio vento, em grego). A floração acontece de dezembro a maio, e a frutificação em setembro. Estes dados são referentes ao Rio de Janeiro; outros estados têm períodos diferentes.

Seu potencial paisagístico a torna uma das espécies mais utilizadas em arborização urbana, assim como sua interação com a fauna de polinizadores a torna indispensável na restauração florestal. O uso econômico é limitado, pela baixa qualidade de sua madeira. No entanto, sua paina tem bom valor comercial, já tendo sido exportada, pois se presta a isolamento acústico e preenchimento de coletes salva-vidas, casacos e travesseiros.

As foto foram tomadas em um humilde celular, no mês de março de 2020 no entorno da prefeitura do Rio de Janeiro, à exceção da primeira foto, um espetacular espécime existente no Campo de Santana, fotografado em meados de 2019, á frente de uma soberba figueira indiana provavelmente Ficus microcarpa).

Fontes:



domingo, 23 de fevereiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - ALDRAGO








Fotos: Claudio Santana, 2019 e 2020, exceto a última, obtida em  https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/files/2012/06/3-Pterocarpus-rohrii-Vahl.jpg


Plantae → Rosiidae→ Fabales→ Fabaceae Pterocarpus rohrii Vahl.

A árvore eleita para essa semana carnavalesca é uma espécie bastante comum, de ocorrência do Sul da Bahia e Minas Gerais, até o estado do Paraná, seguindo o litoral. No entanto, o projeto REFLORA (JBRJ) a registra para todo o território nacional. 

O aldrago, ou pau-sangue, entre outros nomes, possui esse nome porque quando tem sua casca ferida exsuda uma seiva avermelhada, lembrando sangue. Obviamente não feri árvores de arborização pública para demonstrar tal fenômeno.


A espécie possui múltiplos usos, sendo que no caso de aproveitamento industrial, por sua madeira ser leve e pouco resistente, se presta principalmente a usos internos e processamento industrial. 


Farrapo et. al. (2014) testaram diversas proporções de incorporação de partículas de aldrago em mistura com Pinus oocarpa na produção de painéis aglomerados, constatando que não há perda de propriedades destes painéis utilizando-se até 40% de Pterocarpus rohrii.


Inegavelmente, seu uso mais conhecido é o ornamental. Na cidade do Rio de Janeiro é muito utilizada na arborização urbana e paisagismo. Grandes exemplares são registrados no Aterro do Flamengo, já nas proximidades da Praça Cuhautemoc. 


Suas sementes são de boa viabilidade em armazenamento, sua germinação é moderada, assim como seu crescimento em viveiro. O crescimento a pleno sol é de médio a lento, sendo melhor quando plantada sob a proteção de espécies de crescimento rápido.


As informações aqui apresentadas foram obtidas nas seguintes fontes:


Lorenzi, H. - Árvores Brasileiras Volume 1 - https://amzn.to/2Veo32w

domingo, 12 de janeiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - PAU-FERRO








Fotos: Claudio Santana, 2020.

Foto: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/71/Caesalpinia_ferrea_fruit.jpg



Plantae → Rosiidae→ Fabales→ Fabaceae Libidibia ferrea (Mart ex Tul) L.P. Queiroz

O pau-ferro é uma árvore nativa de ocorrência nas regiões Sudeste e Nordeste, em Mata Atlântica e Restinga. São registradas três variedades para a espécie: Libidibia ferrea var. glabrescens, leiostachya e var. parvifolia.

O nome indígena da espécie é yu'ká. que significa MATAR.

Era espécie por excelência para a fabricação de tacapes, a arma do guerreiro tupinambá. É possível que fosse utilizada nos sacrifícios rituais desta nação. 

Sua madeira tem densidade  variando de 0,99 a 1,27 g/cm³, a 15% de umidade. é uma das madeiras mais duras de nossa flora.

Tem sido pesquisada por suas propriedades medicinais. Há pesquisas que reportam seu potencial para a produção de antisséptico bucal, outras que demonstram seu poder no combate à leishmaniose, na forma de creme.

Possui muitas outras aplicações, desde forragem para gado até o uso tradicional para movelaria e construção civil, passando pelo uso para carvão de boa qualidade e pasto apícola. É muito utilizada em paisagismo e arborização pública e em reflorestamentos com finalidade conservacionista.

-------------------------------------------------------------------------------- Para mais informações, veja o livro Árvores Brasileiras, Volume 1.