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sexta-feira, 15 de maio de 2020

E-BOOK GRATUITO - ESTRANGEIROS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


Car@s, apresento a vocês minha primeira publicação digital.

Muitas espécies arbóreas vindas de vários lugares do mundo, e mesmo de outros pontos do Brasil, estão há tanto tempo na cidade do Rio de Janeiro que já fazem parte da paisagem e da cultura carioca.

Estas árvores estão presentes em ruas, praças, parques e quintais, e muitas estão há tanto tempo entre nós, e são tão comuns, que são tidas por muitos como legitimamente nativas.

E possuem histórias peculiares, que fazem parte da memória universal.

Para baixar a publicação, basta clicar no título abaixo:

Estrangeiros na cidade do Rio de Janeiro:características e histórias de algumas espécies exóticas presentes no cotidiano carioca










sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

ARTIGO SOBRE TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM E LEGADO HUMANO NO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA


Fotos: Artocarpus heterophyllus, Moraceae. Jaqueira. Claudio Santana, 2015.

Caros, disponibilizo um artigo muito interessante da lavra do professor Rogério Oliveira (PUC) e sua equipe. Mostra as transformações profundas na paisagem do Parque nacional da Tijuca causadas pela ação humana. E a impressão digital destas ações é a jaqueira (Artocarpus heterophyllus, Moraceae).

Baixe o artigo clicando no título abaixo:

A história de transformação da paisagem do Parque Nacional da Tijuca: uso, ocupação e legados socioecológicos impressos na paisagem.

Em tempo: Para saber algumas curiosidades sobre o Major Archer, o homem encarregado da tarefa hercúlea de recompor a floresta, junto a seus trabalhadores, recomendo esta publicação: O Reflorestamento da Floresta da Tijuca e a Lenda do Tesouro do Major Archer

sábado, 4 de janeiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - PAINEIRA-DE-PEDRA










Fotos: Claudio Santana, 2020.


Plantae → Rosiidae→ Malvales→ MalvaceaeCeiba erianthos (Cav.) K. Schum.

As paineiras são árvores vistosas e muito características da cidade do Rio de Janeiro, sendo até toponímia, caso da Estrada das Paineiras.

Mas a família Malvaceae, em especial o caso da antiga Bombacaceae, engolida pela irmã maior, possui muitas outras espécies bastante conhecidas, como os embiruçus, a castanha-do-Maranhão e a munguba.

Uma espécie menos conhecida e frequentemente confundida com suas primas famosas, como a paineira-rosa, é a paineira-de-pedra. Ocorrendo geralmente sobre solos rasos e costões nas regiões litorâneas, possui acúleos maiores e mais grossos, folhas de bordo liso ou levemente serreado e flores brancas com interior vináceo, com textura de algodão (http://www.tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Ceiba+erianthos; Lorenzi, 2017).

Costuma ser plantada na arborização urbana, em alguns casos intencionalmente, caso dos plantios de Burle marx no aterro do Flamengo. Às vezes parece ser confundida com a paineira-rosa, caso das fotos mostradas nessa postagem, pela semelhança das mudas das duas espécies.

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Mais informações sobre a espécie, sugiro o livro Árvores Brasileiras, Volume 2. 








quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - BABOSA-BRANCA






Fotos: Claudio Santana, 2019.

Plantae → Asteriidae→ Lamiales→ Boraginaceae→ Cordia superba Cham.

Esta pequena árvore tem sido cada vez mais notada pela população, por seu uso crescente na arborização de cidades. Seu porte pequeno (7 a 10 metros) propicia a minimização de conflitos com redes de distribuição de energia elétrica.



Os que trabalham com restauração florestal, no entanto, a conhecem há tempos, pois é espécie altamente atrativa para a fauna, em especial abelhas e borboletas, sendo classificada como generalista para polinizadores (Missagia, 2005). 

A dispersão é feita principalmente por aves e morcegos (Carvalho, 2004). Os frutos possuem polpa transparente e mucilaginosa, de onde deriva o nome babosa.

Embora seja associada a fases mais avançadas da sucessão, comporta-se de outra forma em áreas abertas, enquadrando-se como pioneira antrópica (Santana, Silva e Silva, 2013, p.26).

O gênero Cordia homenageia o médico e botânico alemão Euricius Cordus (1486 - 1535) e seu filho Valerius Cordus (1515 - 1544)  (Carvalho, 2007). O termo superba se relaciona a suas flores grandes e magníficas (http://www.qarvore.com.br/index.php/cordia-superba/).




domingo, 8 de dezembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - GUANABANA

Plantae → Magnoliidae→ Magnoliales→ Annonaceae→ Annona montana Macf.









Fotos: Claudio Santana (2017, 2019)

 A Annona montana tem por nome comum guanabana, que significa “fruta grande da beira dos rios ou fruta grande de polpa aquosa” (http://www.colecionandofrutas.com.br/annonamontana.htm). Uma espécie dispersa por grande parte do território nacional (Reflora, 2019), no entanto é frequentemente confundida com uma espécie próxima, a graviola (Annona muricata) (Revista Globo Rural, 2015). O gênero Annona se origina da palavra latina que significa "colheita anual"(São José et al, 2013).

Embora Cavalcante (1972) reporte que a espécie pode chegar a 15 metros de altura na Amazônia, é normalmente observada com baixo porte no sudeste, chegando a no máximo 6 metros (https://biomaurbano.com.br/2017/02/18/araticum-annona-montana/).

É comum em capoeiras, culturas abandonadas e pomares domésticos. O autor Cavalcante (1972) afirma que 

"...Só tem sabor apreciável quando consumido com açúcar. Frutos maduros de julho a dezembro, poucas vêzes aparecendo nas feiras, por serem considerados de categoria inferior".

Talvez por sua semelhança com a graviola, é encontrada com certa facilidade nos quintais dos subúrbios cariocas, sendo receitada pela medicina popular para diversas finalidades, nem sempre comprovadas. No entanto, Paes et al (2016) vêem potencial na espécie por sua ação citotóxica sobre células tumorais, o que confere capacidade anticancerígena, a ser melhor estudada.









sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ARTIGO RECÉM-PUBLICADO SOBRE A COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE PRAÇAS NA MATA ATLÂNTICA


Largo da Carioca. Foto: Claudio santana, 2019. 

Caros, trago hoje um artigo publicado no recente dia 4 de dezembro de 2019. O tema é a composição florística de praças de todo o Brasil.

Está na revista "Urban Forestry & Urban Greening", e faço parte do grupo de autores.
Vale a leitura. 

Baixe o artigo no link abaixo:

Tree composition of urban public squares located in the Atlantic Forest of Brazil: a systematic review.

domingo, 24 de novembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - COTIEIRA

Plantae →Superrosiidae→ Rosiidae→ Malpighiales→ Euphorbiaceae → Joannesia princeps Vell.



Fotos: Claudio Santana, 2019.
Foto: Ziegelmeyer, 2013.

Glândulas no encontro dos peciólulos, características da espécie.  https://arvores.greennation.com.br/species/11

Resultado de imagem para joannesia princeps
Foto: https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/12019-2/

Boleira
https://appverde.wordpress.com/2018/04/15/boleira-joannesia-princeps/

A espécie da semana possui uma história bastante curiosa e pouco conhecida, embora não seja a única versão (Camargo, 2002; Dean, 1996). Oficialmente o nome Joannesia princeps diria respeito à rainha Joana, soberana portuguesa no século XVI (Smith et al., 1988). Gama (1839) afirma ser homenagem a Dom João VI.  Mas Dean (1996) afirma que, por ser preterido por botânicos estrangeiros quando da oportunidade de conduzir pesquisas importantes, o Frei Velloso teria nomeado a espécie fazendo referência a Dom João por suas propriedades purgativas.

A cotieira é uma planta dióica, ou seja, tem indivíduos machos e fêmeas. É polinizada principalmente por pequenas abelhas, e sua dispersão é feita por roedores, em especial a cotia (Dasyprocta aguti). Frutos duros, que são abertos em viveiro com marreta, são abertos por dentes de cotias, permitindo a dispersão e germinação de sementes. Esta talvez seja a principal interação da espécie com a fauna (CNPF. 2005). 

Sua copa ampla e de formato piramidal confere potencial para arborização urbana e paisagismo em áreas amplas. Sua interação com a fauna, combinada à rusticidade e ao bom crescimento, a tornam elemento fundamental em projetos de restauração florestal.

Costuma ser recomendada em formulações naturais para diversas afecções, mas é potencialmente tóxica, podendo causar forte diarreia, inclusive com sangramento derivado da irritação da mucosa. Falo por experiência própria, não por ingestão, mas por acompanhar pessoas que usaram de forma inapropriada.



segunda-feira, 4 de novembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - PAU-BRASIL

Plantae →Superrosiidae→ Rosiidae→ Fabales→ Fabaceae→ Paubrasilia echinata (Lam.) Gagnon, H.C.Lima & G.P. Lewis







Fotos: Claudio Santana, 2019.

O pau-Brasil é considerado a árvore nacional, através da Lei Federal n° 6.607, de 7 de dezembro de 1978. O nome popular da espécie possui diversas versões, embora o mais aceito seja que brasil pode fazer alusão ao vermelho de seu cerne. Os portugueses já denominavam dessa forma, antes do achamento do Brasil, uma outra espécie, a Caesalpinia sappan, espécie aparentada ocorrente no subcontinente indiano.

Os indígenas da nação Tupi a chamavam ybirá-pitanga, o que significa madeira vermelha, ou casca vermelha.

Sendo o primeiro produto de exploração e exportação da então colônia, é retratado em alguns dos primeiros mapas da costa brasileira. Em 1511, a nau Bretoa, que zarpa de Cabo Frio com cinco mil toras do pau de tinta, é registrado em diário que mostra a abundância da espécie e o quanto este ciclo econômico se mostraria destrutivo para nossa flora litorânea.

Resultado de imagem para mapa brasil pau-brasil

Brasileiro não é nome de povo, e sim de profissão; brasileiros, afinal, eram os que negociavam pau-Brasil junto aos nativos e o revendiam ao mercado europeu.

Originalmente seu nome científico era Caesalpinia echinata. O gênero homenageava o botânico italiano Andrea Caesalpino, que antes de Lineu havia publicado um importante tratado botânico que inspirou o sueco em seu Systema Naturae. Já o termo echinata faz alusão aos espinhos abundantes que a espécie apresenta em sua fase juvenil, ou ainda, em suas partes novas.

Atualmente, após revisão taxonômica publicada em 2016, é chamado Paubrasilia echinata, sendo a única espécie de seu gênero.

Do pau-Brasil se extraía um corante vermelho de grande apreciação pela nobreza europeia renascentista, a brasileína. Este corante caiu em desuso quando do surgimento dos corantes sintéticos

Portugueses e franceses disputaram o litoral brasileiro nos primórdios da colonização do país, tendo o pau-Brasil como um dos motivos de fundação da colônia da França Antártica.


Na cidade do Rio de Janeiro, a região hoje conhecida como praia de Inhaúma, no sopé do Morro do Timbau, servia como local de estocagem de pau-Brasil recolhido das aldeias ao redor, antes de seu embarque para a Europa.

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Para mais informação, recomendo as publicações "O Rio Antes do Rio", magnífica obra sobre o Rio de Janeiro à época de sua fundação. 

E recomendo a obra "Árvores Brasileiras - Volume 1", para informação botânica.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Fruto da Terra e do Trabalho Humano: outro artigo sobre uso pretérito da Mata Atlântica.

Caros, estou cada vez mais apaixonado por este assunto. E o professor Rogério Oliveira (PUC-RJ) é o mago quando se trata de florestas urbanas.

Neste artigo aqui apresentado, é feita um revisão detalhada sobre os processos antrópicos ancestrais que resultam na estrutura de muitas florestas urbanas que, para olhos desavisados, são ditas "virgens".

Leia e exulte com o conhecimento adquirido.

Baixe o artigo aqui: Fruto da terra e do trabalho humano”: paleoterritórios e diversidade da Mata Atlântica no Sudeste brasileiro.

sábado, 17 de outubro de 2015

Análise de cobertura de dossel usando um app android, num mero smartphone: outra do DendroBlog

Caros,

o blog DendroBlog divulga e eu replico. Existe um app Android, gratuito, desenvolvido por um tcheco, que permite a interpretação de fotos de dossel, obtidas com lente hemisférica ou não, tiradas do smartphone ou não. Um apoio poderoso para atividades de campo em que não há grandes recursos materiais investidos.

Vale conferir aqui, no endereço do DendroBlog.

Aqui o artigo que trata do assunto. Você talvez não consiga ver além do resumo, por restrições de uso.

Mas o caboclo que criou o negócio tem uma página aqui, onde você baixa o manual e pode ver mais detalhes sobre o assunto.

Bom proveito!

domingo, 11 de outubro de 2015

Bom artigo fala sobre a influência do homem sobre a biodiversidade da Mata Atlântica.



Olá.

Aos que curtem história ambiental, recomendo fortemente o artigo "Três Hipóteses Ligadas à Dimensão Humana da Biodiversidade da Mata Atlântica", da lavra de Rogério Oliveira e sua brilhante equipe. Mostra as alterações causadas desde os povos caçadores-coletores, até os grandes ciclos econômicos. Vale a leitura.

Baixe o artigo aqui.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Artigo recente sobre estrutura e similaridade de florestas urbanas

Caros,

aqui vai um artigo publicado recentemente por mim e pelos professores Luís Mauro Magalhães e Welington Kiffer de Freitas. É sobre estrutura e similaridade de florestas urbanas, na nossa região metropolitana. Uma contribuição ao conhecimento destas formações.

Baixe o artigo aqui.




quarta-feira, 4 de abril de 2012

Conhece Magalhães Correa?

Vocês já ouviram falar em Magalhães Corrêa? Esse camarada era um jornalista, e naturalista autodidata, e escreveu uma obra soberba sobre nossa Zona Oeste: O sertão Carioca. Essa publicação é raríssima e difícil de encontrar por aí. Mas às vezes alguém escreve sobre ela.

Este artigo (baixe aqui) chama-se "Armando Magalhães Corrêa: gente e natureza de um sertão quase metropolitano". Traz uma interessante discussão sobre esta obra.

Leia e reflita sobre o que foi e ainda é a Zona Oeste do Rio de Janeiro - e o que ela poderia ter sido.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Mais um da série sobre a influência do homem na sucessão florestal - agora é do Brasil!

Caros,

dando sequência aos artigos sobre a alteração da sucessão pela ação humana, segue o trabalho "Composição do Estrato Arbóreo de um Paleoterritório de Carvoeiros no Maciço da PedraBranca, RJ" (clique no nome do artigo para baixar). Trata do estudo de alterações em uma área da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, causadas pela retirada de madeira para a produção de carvão, ao longo de um extenso período.

Grande abraço!

sábado, 26 de setembro de 2009

Dissertação - uso de espécies nativas na arborização do Rio de Janeiro



Caros,

posto aqui uma dissertação muito interessante, elaborada pelo colega Flávio Pereira Telles, da Fundação Parques e Jardins da Prefeitura do Rio.

Este precioso material trata das possibilidades de uso sustentável de duas espécies utilizadas em projetos de arborização e recuperação na cidade do Rio, pau-Brasil (Caesalpinia echinata) e o pau-de-tamanco (Tabebuia cassinoides). O estudo aborda a conservação destas espécies de forma dinâmica, sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável.

Baixe o material aqui.