Fotos: Claudio Santana, 2019.
Foto: Ziegelmeyer, 2013.

Glândulas no encontro dos peciólulos, características da espécie. https://arvores.greennation.com.br/species/11

Foto: https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/12019-2/

https://appverde.wordpress.com/2018/04/15/boleira-joannesia-princeps/
A espécie da semana possui uma história bastante curiosa e pouco conhecida, embora não seja a única versão (Camargo, 2002; Dean, 1996). Oficialmente o nome Joannesia princeps diria respeito à rainha Joana, soberana portuguesa no século XVI (Smith et al., 1988). Gama (1839) afirma ser homenagem a Dom João VI. Mas Dean (1996) afirma que, por ser preterido por botânicos estrangeiros quando da oportunidade de conduzir pesquisas importantes, o Frei Velloso teria nomeado a espécie fazendo referência a Dom João por suas propriedades purgativas.
A cotieira é uma planta dióica, ou seja, tem indivíduos machos e fêmeas. É polinizada principalmente por pequenas abelhas, e sua dispersão é feita por roedores, em especial a cotia (Dasyprocta aguti). Frutos duros, que são abertos em viveiro com marreta, são abertos por dentes de cotias, permitindo a dispersão e germinação de sementes. Esta talvez seja a principal interação da espécie com a fauna (CNPF. 2005).
Sua copa ampla e de formato piramidal confere potencial para arborização urbana e paisagismo em áreas amplas. Sua interação com a fauna, combinada à rusticidade e ao bom crescimento, a tornam elemento fundamental em projetos de restauração florestal.
Costuma ser recomendada em formulações naturais para diversas afecções, mas é potencialmente tóxica, podendo causar forte diarreia, inclusive com sangramento derivado da irritação da mucosa. Falo por experiência própria, não por ingestão, mas por acompanhar pessoas que usaram de forma inapropriada.