domingo, 25 de dezembro de 2011
Divulgação do site Florestas do Rio
venho divulgar um site muito útil. É novidade, tendo menos de um mês no ar: chama-se Florestas do Rio, e é um serviço da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, no qual é possível baixar shapefiles e fazer pequenas análises online, como medição de distâncias e áreas, entre outras funcionalidades. Tem como base a análise de fotos de satélite do ano de 2010, em alta resolução. Vale a pena acessar, é de graça.
Acesse no endereço http://sigfloresta.rio.rj.gov.br
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Socorro para quem quer baixar o Fitopac 2
devido ao sumiço do fórum Taxondata (não sei o que aconteceu), eu vou disponibilizar o Fitopac 2 que tenho aqui. Pode não ser a última versão, mas é a que posso disponibilizar no momento.
Está numa pasta compactada em formato .rar, e pode ser baixado no link
http://www.4shared.com/rar/MunNyNWM/Fitopac2.html
Copie e cole o link no seu navegador.
Espero que ajude. Grande abraço a todos, e se eu não aparecer por aqui nesses dias, Boas Festas!!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Outro bom site sobre geotecnologias
Acesse o site no link a seguir:
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Trabalho antigo e bom - Workshop de RAD em São Paulo - e já se foram 11 anos desde 2000
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Site sobre Geotecnologias
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Material do Laboratório de Restauração Ambiental Sistêmica - Textos e Artigos sobre Recuperação de Áreas Degradadas
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Sistema de Classificação APG III - leia o artigo referente a ele
sábado, 8 de outubro de 2011
Artigo de Giselda Durigan: NORMAS JURÍDICAS PARA A RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA: UMA BARREIRA A MAIS A DIFICULTAR O ÊXITO DAS INICIATIVAS?
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Morre a Nobel da Paz que fazia reflorestamento
O movimento verde internacional perdeu uma de suas principais referências. Neste domingo (25/9), morreu Wangari Maathai, a queniana que ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2004. Maathai foi fundadora do Movimento Cinturão Verde do Quênia e também era ativista dos direitos da mulheres, atuou como membro do Parlamento e foi um dos destaques do Global Greens 2001, reunião dos Partidos Verdes ocorrida em Canberra/Austrália.Você sente como se fosse desistir mas nós, Verdes, temos a capacidade que nos faz prosseguir. Nós acreditamos, temos fé, confiamos e temos fé, confiamos e temos persistência. Nós nunca desistiremos! – Wangari Maathai, durante o Global Greens 2001
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Artigo muito antigo sobre fitossociologia - mas vale o registro
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Manual Agroflorestal para a Mata Atlântica - REBRAF
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Monografia de graduação da UFRRJ: GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE MIMOSA ARTEMISIANA HERINGER & PAULA
Bom artigo da EMBRAPA: Importância das Leguminosas Arbóreas na Recuperação de Áreas Degradadas e na Sustentabilidade de Sistemas Agroflorestais
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Trabalho Técnico: SIGNIFICADO ECOLÓGICO DA ORIENTAÇÃO DE ENCOSTAS NO MACIÇO DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO
domingo, 28 de agosto de 2011
Lançamento do livro da Editora UFV “Fitossociologia no Brasil: Métodos e Estudos de Casos –Volume I” no 62º CNB, em Fortaleza, CE
A obra, ricamente ilustrada, com 556 páginas, 22 capítulos e 59 autores e coautores de capítulos, é fonte de pesquisa indispensável a estudantes, professores e pesquisadores de Ecologia Vegetal e demais interessados nesta importante e emergente área do conhecimento.
Com apenas duas semanas no mercado, o livro já se tornou um dos 10 mais vendidos no site da Editora UFV nos últimos 30 dias. O volume II está sendo preparado, com publicação prevista para 2013.
O livro, que custa R$139,00, está à venda na Livraria UFV Online (www.editoraufv.com.br) ou pelo televendas: 31 3899 2234 e na Livraria UFV, localizada no 1º piso da Biblioteca Central, Campus UFV.
Link para a revista Acta Amazonica e um artigo de referência sobre fitossociologia
sábado, 27 de agosto de 2011
Mapas do IBGE - baixe aqui
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Instrução Normativa IBAMA 05-2011
Instrução Normativa nº 5 de 20/04/2011 / IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(D.O.U. 25/04/2011)
Critérios e procedimentos para as análises dos pedidos e concessões de anuências prévias para a supressão de vegetação de mata atlântica primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração.
Estabelecer critérios e procedimentos para as análises dos pedidos e concessões de anuências prévias para a supressão de vegetação de mata atlântica primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração, nos termos do Art. 19 do Decreto nº 6.660, de 2008.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 5, DE 20 DE ABRIL DE 2011O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁ- VEIS - IBAMA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 22, do Anexo I, da Estrutura Regimental aprovada pelo Decreto nº 6.099, de 26 de abril de 2007;
Considerando a Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e ampliação e dá outras providências;
Considerando o disposto no §4° do Art. 225 da Constituição Federal que inclui a Mata Atlântica como Patrimônio Nacional;
Considerando a Lei n° 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências;
Considerando o Decreto n° 6.660, de 21 de novembro de 2008, que regulamenta dispositivos da Lei n° 11.428, de 22 de dezembro de 2006;
Considerando a necessidade de o IBAMA estabelecer critérios e procedimentos para as análises dos pedidos e concessões de anuências prévias para a supressão de vegetação de mata atlântica, nos termos do Art. 19 do Decreto 6.660/08;
Considerando o contido no Processo 02023.003026/2009-13, resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Estabelecer critérios e procedimentos para as análises dos pedidos e concessões de anuências prévias para a supressão de vegetação de mata atlântica primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração, nos termos do Art. 19 do Decreto nº 6.660, de 2008
Parágrafo único. A anuência a que se refere o caput restringe-se aos casos específicos estabelecidos pelo Art. 19 do Decreto nº 6.660, de 2008, sem prejuízo das demais análises e avaliações de competência do órgão ambiental licenciador.
CAPÍTULO II
DA ANUÊNCIA PARA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO
Art. 2º O procedimento para concessão de anuência prévia para supressão de vegetação obedecerá às seguintes etapas:
I - instauração de processo a partir da solicitação do órgão ambiental licenciador competente protocolada na superintendência do estado em que se dará a supressão;
II - análise técnica;
III - deferimento ou indeferimento da anuência;
IV - comunicação ao órgão ambiental licenciador.
Parágrafo único. A solicitação de anuência para supressão de vegetação deverá ser protocolada pelo órgão ambiental licenciador no IBAMA previamente à emissão de Licença Prévia.
Art. 3º O processo deverá ser instruído com no mínimo a seguinte documentação:
I - certificado de regularidade no Cadastro Técnico Federal do empreendedor, da empresa consultora e dos integrantes da equipe técnica;
II - dados do proprietário ou possuidor da área a ser suprimida;
III - dados da propriedade ou posse, incluindo cópia da matrícula ou certidão atualizada do imóvel no Registro Geral do Cartório de Registro de Imóveis, ou comprovante de posse;
IV - outorga para utilização do imóvel emitida pela Secretaria do Patrimônio da União, em se tratando de terrenos da marinha e acrescidos de marinha, bem como nos demais bens de domínio da União, na forma estabelecida no Decreto-Lei n° 9.760, de 1946;
V - declaração de utilidade pública ou interesse social do empreendimento, quando for o caso;
VI - plantas e mapas georreferenciados do empreendimento contendo as áreas de influência direta e indireta, poligonal da área de vegetação objeto de corte ou supressão com a indicação das coordenadas dos seus vértices, cobertura vegetal classificada por estágios sucessionais de regeneração natural, unidades amostrais do levantamento fitossociológico/florístico e de fauna, hidrografia, relevo, residências e núcleos urbanos mais próximos, acessos, unidades de conservação federais, estaduais, municipais e particulares (RPPN), áreas de reserva legal averbadas e áreas de preservação permanente;
VII - levantamento florístico e fitossociológico da área a ser cortada ou suprimida, com vistas a determinar o estágio de regeneração da vegetação e a indicação da fitofisionomia original, elaborado com metodologia e suficiência amostral adequadas, observados os parâmetros estabelecidos no art. 4°, §2° da Lei n° 11.428, de 2006, e as definições constantes das resoluções do CONAMA de que trata o caput do referido artigo. O levantamento florístico deverá considerar espécies arbóreas, arbustivas, palmeiras arborescentes e não arborescentes, pteridófitas, herbáceas, epífitas e trepadeiras, e ser realizado em todos os estratos da vegetação (herbáceo, arbustivo e arbóreo), indicando as espécies consideradas raras, endêmicas, bioindicadoras, ameaçadas de extinção e legalmente protegidas;
VIII - inventário de fauna de vertebrados terrestres e aquáticos da área do empreendimento, indicando-se as espécies endêmicas, ameaçadas de extinção e migratórias, segundo as listas oficiais nacional e estadual;
IX - estimativa do volume de produtos e subprodutos florestais a serem obtidos com a supressão;
X - descrição das atividades a serem desenvolvidas na área a ser suprimida;
XI - cronograma de execução previsto;
XII - Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) dos responsáveis pelos estudos técnicos de flora, fauna e topografia;
XIII - análise técnica do órgão licenciador relativa à vegetação a ser suprimida, incluindo relatório de vistoria.
§1° Os estudos ambientais devem ser entregues em formatos impresso e digital.
§2º Os arquivos vetoriais de plantas e mapas na versão digital devem estar no formato "shapefile", em escala de pelo menos 1:2000.
§3º Os arquivos matriciais (raster) devem estar incluídos na versão digital no formato "geotiff" e reproduzirem imagens de satélite multiespectrais ortoretificadas de resolução nominal de pelo menos 05 metros e ou ortofotos colorida com "bufer" em relação ao limite da propriedade de 05 km para supressão de vegetação de 03 a 50 ha e de 10 km para supressão de vegetação acima de 50 ha.
§4º Todos os arquivos vetoriais e matriciais (raster) deverão atender as seguintes especificações técnicas: coordenadas na projeção UTM, com fuso correspondente à região, e datum horizontal SIRGAS 2000.
§5° A qualquer tempo e sempre que necessário, o IBAMA poderá solicitar dados e informações complementares de forma a subsidiar sua análise e manifestação.
Art. 4° Na análise técnica do IBAMA serão considerados:
I - dimensão da área a ter a vegetação suprimida;
II - estágio de sucessão/conservação da vegetação a ser suprimida;
III - existência de espécies da flora endêmicas, ameaçadas de extinção e ou legalmente protegidas;
IV - existência de espécies da fauna migratórias, endêmicas, ameaçadas de extinção e ou legalmente protegidas;
V - situação de conectividade da área a ser suprimida com áreas relevantes à conservação, tais como manchas de vegetação nativa, corredores ecológicos, áreas de preservação permanente e demais áreas especialmente protegidas.;
VI - unidades de conservação e outras áreas protegidas direta ou indiretamente afetadas pela supressão;
VII - áreas prioritárias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade brasileira estabelecidas pelo Ministério do Meio Ambiente;
VIII - planejamento ambiental prévio e mapeamento da biodiversidade eventualmente existentes para a área e ou região da supressão;
IX - análise do órgão ambiental licenciador;
X - demais informações pertinentes.
Parágrafo único. As análises técnicas nas superintendências estaduais serão realizadas por Divisão, Núcleo ou Coordenação com competências conexas com a Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas - DBFLO.
Art. 5° A anuência prévia obedecerá o modelo definido no Anexo desta Instrução Normativa e deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
I - número da anuência;
II - número do processo administrativo;
III - nome, CNPJ ou CPF e CTF do empreendedor;
IV - tipo de empreendimento;
V - órgão ambiental licenciador;
VI - área total a ser suprimida, classificada por estágio sucessional;
VII - município de localização da área a ser suprimida, com poligonal da área a ser objeto de corte ou supressão com a indicação das coordenadas na projeção UTM, com fuso correspondente à região, e datum horizontal SIRGAS 2000;
VIII - condicionantes, quando houver.
Parágrafo único. A concessão de anuência prévia para supressão de vegetação em área de mata atlântica de que trata oArt. 19 do Decreto n° 6.660, de 2008, poderá ser emitida com condicionantes para mitigar os impactos da supressão sobre o ecossistema remanescente.
Art. 6° A anuência, ou o seu indeferimento, fundamentado em parecer técnico assinado por analista ambiental com formação compatível com as análises realizadas, deverá ser assinada pelo Superintendente do Estado onde se dará a supressão, e expedida em 3 (três) vias, distribuídas para:
I - o órgão ambiental licenciador;
II - os autos do processo administrativo instaurado;
III - o arquivo.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 8° Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
CURT TRENNEPOHL
MODELO DE ANUÊNCIASERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTEINSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOSRECURSOS NATURAIS RENOVÁVEISSUPERINTENDÊNCIA DO IBAMA NO ESTADOANUÊNCIA PRÉVIA Nº / /SUPES/ - BIOMA MATAAT L Â N T I C AO SUPERINTENDENTE ESTADUALDO INSTITUTOBRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NA-TURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA, designado pela Portaria nº ,publicada no D.O.U. de , no uso das atribuições que lhe conferem o art. 18, do Anexo I, do Decreto nº 6.099, de 26 de abril de 2007, que aprovou a Estrutura Regimental do IBAMA, e no art. 8º, da InstruçãoNormativanº ,de,com fundamento no art. 14, §1º, da Lei nº11.428 , de 22 de dezembro de 2006 , regulamentado pelo art. 19,do Decreto nº 6.660, de 21 de novembro de 2008, RESOLVE:
Expedira presenteAnuência Préviaparao seguintepro-cedimento de supressão de vegetação:PROCESSO IBAMA:ÓRGÃO LICENCIADOR:PROCESSO DO ÓRGÃO LICENCIADOR:EMPREENDEDOR:CNPJ:CTF:ENDEREÇO:CEP: MUNICÍPIO: UF:TIPO DE EMPREENDIMENTO:MUNICÍPIO(S) (SUPRESSÃO):
domingo, 21 de agosto de 2011
Trabalho do professor Griffith (UFV) - é antigo mas está valendo
Livro de Geomorfologia Online
domingo, 31 de julho de 2011
Da revista exame: Áreas protegidas não evitam perda da biodiversidade
Áreas protegidas não evitam perda da biodiversidade, diz estudo
Cientistas alertam que destruição continua em um ritmo alto e situação pode ficar catastrófica em 2050
Getty Images
"Infelizmente a perda de biodiversidade está no mesmo nível que sempre esteve" aponta o estudo
Toronto - A garantia de áreas protegidas não está evitando a perda de biodiversidade que para o ano 2050 pode ser catastrófica, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira que exige soluções mais efetivas para os problemas de crescimento da população e do nível de consumo.
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Segundo o estudo, publicado na revista científica "Marine Ecology Progress Series", embora hoje em dia existam 100 mil áreas protegidas no mundo todo, que somam 17 milhões de quilômetros quadrados em terra e 2 milhões de quilômetros quadrados nos oceanos, a perda de biodiversidade aumentou.
"Estamos investindo uma grande quantidade de recursos financeiros e humanos na criação de áreas protegidas e infelizmente a evidência existente sugere que essa não é a solução mais efetiva", afirmou em declarações à Agência Efe Camilo Mora, um pesquisador colombiano que trabalha atualmente para a Universidade do Havaí em Manoa.
"Infelizmente a perda de biodiversidade está no mesmo nível que sempre esteve e devido a essa aceleração da perda de biodiversidade, há uma certa urgência para começar a implementar a solução mais efetiva ao problema da biodiversidade", acrescentou Mora.
Um dos problemas é que dessas 100 mil áreas protegidas, só se produz um cumprimento estrito das normas em 5,8% das quais está em terra e 0,08% das quais estão nos oceanos.
A despesa mundial nas áreas protegidas é de US$ 6 bilhões ao ano, quando deveria ser de US$ 24 bilhões, por isso que muitas áreas não são financiadas de forma adequada, disse o estudo.
O estudo coautor Peter Sale, diretor do Instituto de Água, Meio Ambiente e Saúde (Canadá) da Universidade das Nações Unidas, também identificou outras quatro limitações no uso de áreas protegidas como forma para preservar a biodiversidade do planeta.
Segundo Mora e Sale, o crescimento previsto das áreas protegidas é muito lento. Ao atual ritmo, para alcançar o objetivo de cobrir 30% dos ecossistemas do mundo com áreas protegidas se necessitariam 185 anos em terra e 80 anos nos oceanos.
Ao mesmo tempo, as ameaças contra a biodiversidade, como a mudança climática e a poluição, estão avançado rapidamente, enquanto o tamanho e a conexão das áreas protegidas são inadequados. Cerca de 30% das áreas protegidas nos oceanos e 60% das de terra têm uma superfície inferior a 1 quilômetro quadrado.
Além disso, as áreas protegidas só são uma medida efetiva contra duas ameaças de origem humana, a exploração em massa e a perda de habitat, mas não contra outras como mudança climática, poluição e espécies invasoras.
Finalmente, as áreas protegidas entram em conflito com o desenvolvimento humano.
Por estas razões, Mora disse que "é o momento de empregar todos esses recursos que vão para as áreas protegidas e utilizá-los em estratégias que sejam mais efetivas ao problema tão grave que temos com a perda de biodiversidade".
Da revista opiniões: diretrizes e desafios da silvicultura brasileira
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Ainda há grande defasagem científica e tecnológica entre a prática da silvicultura atual e a potencial, em termos de planejamento e implementação do conhecimento disponível. |
sábado, 11 de junho de 2011
Maurício de Almeida Abreu: morre o geógrafo que simplificou o entendimento de fenômenos urbanos complexos
domingo, 5 de junho de 2011
Direto do UOL, neste Dia Mundial do Meio Ambiente: Use Madeira e preserve as florestas (e eu estou de acordo)
05/06/2011 - 06h00
"Use madeira", incentiva diretora sobre florestas da ONU
Em São Paulo
Quer proteger o meio ambiente? “Use madeira, mas aquela proveniente de uma fonte legal, que realize o manejo sustentável das florestas. O Brasil tem madeiras belíssimas”, sugere a diretora chefe do Secretariado do Fórum da ONU sobre Florestas, Jan McAlpine. Para ela, esta é uma das principais maneiras de agregar valor econômico e incentivar a preservação das florestas no mundo.
Neste Dia Mundial do Meio Ambiente no Ano Internacional sobre Florestas da Organização das Nações Unidas, o UOL Ciência e Saúde ouviu Jan McAlpine que está no Brasil para participar de um seminário sobre uma das questões ambientais de maior destaque neste século; a preservação das florestas e sua importância para o clima mundial. “Os cidadãos deveriam tomar mais as responsabilidade desta questão”, pontua.
A diretora lembra que no terremoto que atingiu a Nova Zelândia, no final de fevereiro deste ano (poucos dias antes do terremoto do Japão), as construções que sofreram menos danos foram as feitas de madeira. “A madeira é firme, mas é mais maleável que o concreto, por exemplo. Neste episódio pudemos ver como a madeira pode ser muito útil na construção civil”, ressalta.
A idéia, que a primeira vista pode parecer contraditória, na verdade vai ao encontro da monetização dos dias atuais -- confere à floresta valor econômico e, assim, torna sua preservação importante não apenas do ponto de vista da ideologia do ecologicamente correto. Segundo McAlpine, hoje, mais de 1,6 bilhão de pessoas tira seu sustento das florestas -- isto significa que um em cada quatro habitantes do planeta.
Diretora do Secretariado desde 2008, ela afirma ainda que os ambientalistas olham apenas para um lado da questão e para preservar as florestas é necessário ver o conjunto. “Existem as pessoas e elas precisam sobreviver. Os pequenos agricultores, os extrativistas e os que caçam animais selvagens, que dependem da floresta para viver, são uma parte importante que está sendo deixada de lado. O foco ultimamente tem sido somente o meio ambiente. É o balanço entre estas conjunturas que nos levará para um futuro sustentável”.
De acordo com McAlpine, o boom de extração de castanha-do-pará na floresta Amazônica também trouxe uma consciência importante sobre preservação. “Quando se percebeu o valor econômico da castanha-do-pará, começaram a preservar a árvore, mas continuavam a desmatar ao redor. Então, perceberam que a castanheira depende de um ambiente intocado para sua reprodução. Não podiam desmatar as outras árvores para que ela continuasse a dar frutos e lucros”, conta. A castanheira aparece na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente.
Outros benefícios das florestas
McAlpine destaca que as florestas ainda são responsáveis por mais da metade dos medicamentos existentes hoje (e nem conhecemos todo seu potencial), armazena grande quantidade de carbono (que contribui com o aquecimento global se for eliminado), além de abrigar 40% da biodiversidade do mundo e quase toda água limpa existente. “É muito simples, sem as florestas nós não sobreviveremos”, resume.
Além disso, a plantação de árvores também foi incentivada por McAlpine. Em grandes cidades, como São Paulo, uma árvore faz diferença, salienta. “Em grandes cidades que são muito quentes e necessitam usar muito ar condicionado, o plantio de árvores pode diminuir em até 5º a temperatura”. A diretora acredita que campanhas estreladas por celebridades, como Gisele Bundchen, são muito válidas para conscientizar a população sobre a importância do meio ambiente.
Código Florestal
Sobre as alterações no Código Florestal brasileiro, a diretora da ONU diz não estar muito informada, mas que simpatiza com a ideia de que as pessoas que vivem das florestas sejam ouvidas. “Um dos maiores desafios para todo país do mundo é aliar as pessoas que vivem das florestas, com a segurança alimentar e ao mesmo tempo preservação das florestas. O Brasil está enfrentando este desafio agora”, afirma.
“É preciso ver não são só os benefícios ambientais, mas também os econômicos, sociais e culturais. E isso só será resolvido localmente, não é uma questão a ser resolvida em nível internacional, pela ONU. É uma decisão a ser tomada pelos brasileiros e eu confio nos lideres do Brasil nas questões de florestas, nos últimos 25 anos, vi muitas mudanças. O Brasil conseguirá uma boa solução e pode até liderar outras nações”, diz esperançosa.
Para terminar, McAlpine ressaltou a importância dos cidadãos nas tomadas de decisão dos países. “Tentaram privatizar as florestas no Reino Unido, a população foi contra e eles logo voltaram atrás. Então, os cidadãos têm grande papel nas decisões dos governos”.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Texto para discussão - exóticas e RAD
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS: A POLÊMICA DO USO DE ESPÉCIES EXÓTICAS, COM PARTICULAR ATENÇÃO ÀS LEGUMINOSAS DE RÁPIDO CRESCIMENTO
Claudio A.A. Santana - Engenheiro Florestal, MSc.
A recuperação de áreas degradadas pode se valer de diversas técnicas. A recomposição da vegetação é a mais comumente utilizada, ou, pelo menos, o aspecto mais visível e mais rapidamente percebido da atividade. No entanto, existem particularidades associadas às diversas situações encontradas no processo. Desta sorte, podemos associar as metodologias selecionadas para recuperação às seguintes circunstâncias:
- Solos: em geral, áreas degradadas apresentam solos desestruturados, com baixa fertilidade e com características físicas que dificultam o estabelecimento de plântulas. Além disso, se estabelecem processos erosivos que aprofundam a degradação.
- Cobertura vegetal: em muitas situações, as áreas degradadas são ocupadas por vegetação empobrecida, composta prioritariamente por gramíneas. Em certos casos, como no da espécie Panicum maximum (capim-colonião) ocorre intensa competição por luz, água e nutrientes, seja com a regeneração natural, seja com a vegetação implantada. Adicionalmente, a combinação de áreas abertas com gramíneas sazonais resulta em uma alta freqüência de incêndios, que se soma à competição para retardar ou impedir o processo de sucessão.
- Hidrologia: as áreas desprovidas de adequada cobertura arbórea se tornam mais sujeitas á deflagração de processos erosivos, causados pelo desordenamento dos fluxos d’água superficiais e subsuperficiais.
Existem outras variáveis, mas por ora, limitemo-nos às supramencionadas.
A recuperação de áreas degradadas, nas situações em que a recomposição da vegetação é recomendada, deve priorizar a utilização de espécies autóctones em relação aos ecossistemas regionais, o que, somado à adequada planificação de atividades e ao desenho da distribuição de da proporcionalidade entre as espécies, deve levar à formação de uma floresta o mais próximo possível das formações originais da região onde está sendo efetuada a atividade. Para fins de entendimento do que são espécies autóctones, comumente denominadas nativas, normalmente são consideradas aquelas típicas do ecossistema outrora existente no local, ou ainda, aquelas de ampla dispersão geográfica, cuja área de ocorrência inclua o local da recuperação. É fundamental a adaptação das espécies às condições climáticas e edáficas do sitio a ser revegetado.
Diversos estudos demonstram que as espécies arbóreas dividem-se em grupos conforme a resposta à luz, podendo ser divididas, de modo simplificado, em pioneiras (vida curta, alta produção de sementes, regeneração via banco de sementes, rápido crescimento, dispersão por vento ou animais), secundárias iniciais (comportamento semelhante a pioneiras, porém com regeneração via banco de plântulas), secundárias tardias (especialistas em ocupação de clareiras, padrões particulares de regeneração, dispersão geralmente por vento) e climácicas (germinação e desenvolvimento á sombra, crescimento lento, vida longa, dispersão por animais) (Budowski, 1965). Todos estes grupos devem ser considerados na montagem dos modelos de recuperação, respeitando-se a proporcionalidade esperada para cada caso, a ser estabelecida através da realização e consulta a estudos fitossociológicos previamente efetuados na região.
Em muitos casos, dada a dificuldade de enquadramento, considera-se apenas dois grupos, compostos respectivamente pelas pioneiras e pelas não-pioneiras, diferenciadas essencialmente pela resposta à luz e à velocidade de crescimento (Whitmore, 1988). Esta divisão é bastante conveniente para o desenho de modelos de recuperação.
Existem teorias que procuram estabelecer modelos de sucessão, de maneira a facilitar seu entendimento e simplificar as intrincadas relações concernentes ao desenvolvimento da comunidade vegetal em determinado sítio. De maneira geral, e de forma a embasar os estudos relacionados à recuperação de áreas degradadas, entende-se que as pioneiras normalmente se estabelecem nas áreas degradadas, sendo capazes, por seus atributos, de modificar as características locais, através da deposição de nutrientes via serapilheira, da retenção de umidade, da alteração microclimática resultante da cobertura de copas e do estabelecimento de um novo padrão lumínico decorrente do sombreamento. Estas alterações influem decisivamente no estabelecimento de espécies com maior grau de exigência, num processo genericamente denominado facilitação (Connel e Slatyer, 1977).
O grupo de espécies de colonização inicial de áreas degradadas inclui um componente extremamente relevante do ponto de vista do conceito de faciltiação: as leguminosas. Este grupo, atualmente enquadrado na família botânica Fabaceae, conforme o sistema APG III, possui parte de suas espécies dotadas da capacidade de associação com bactérias fixadoras de nitrogênio. Estas bactérias, originalmente enquadradas no gênero Rhizobium (hoje revisto e dividido em diversos outros gêneros), utilizam o nitrogênio atmosférico em seu metabolismo, disponibilizando-o posteriormente para as plantas na forma de amônia. Esta reação única permite a estas leguminosas ocupar os terrenos mais empobrecidos quimicamente, como taludes de corte ou rejeitos de mineração.
No caso especifico das leguminosas, a facilitação ocorre principalmente através da alteração direta das propriedades do solo, pelo aporte maciço de nitrogênio e pelo retorno da ciclagem de outros nutrientes. O rápido crescimento normalmente observado nestas espécies permite, ainda, a reativação de outras funções ecossistêmicas tais como regulação do regime hídrico superficial, redução da insolação e conseqüente redução da temperatura do solo, formação de serapilheira, complexação estrutural interna da comunidade e supressão de espécies heliófilas capazes de atrasar o processo sucessional, como gramíneas alóctones.
O caráter facilitador das leguminosas, associado a seu crescimento, capaz de proporcionar rápida cobertura de solos, torna este grupo extremamente valioso para a recuperação ambiental, podendo ser pensado o papel de espécies tutoras no caso da implantação de modelos com fins de restabelecer a sucessão, ou como cobertura exclusiva em situações específicas.
Assim como no caso de outros grupos, a prioridade deve ser dada ás espécies autóctones. Entretanto, a potencialização do efeito benéfico destas plantas está condicionada ao conhecimento profundo da associação com microorganismos - o que permite selecionar as linhagens mais adequadas de bactérias para cada espécie de leguminosa. Também é necessário o domínio da silvicultura da espécie, abordando-se a fenologia, coleta e armazenamento de sementes, germinação, sobrevivência, produção de mudas, sociabilidade, ciclo de vida, entre outros atributos.
Muitas espécies alóctones de leguminosas possuem eficiência comprovada na recuperação de áreas degradadas, já possuindo um pacote tecnológico desenvolvido por instituições respeitadas, em especial a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. Naturalmente, muitas leguminosas autóctones se agregam a este elenco; no entanto, existe ainda um grande potencial a ser explorado entre as nativas.
Um aspecto particularmente importante é a localização de matrizes de espécies nativas, com a respectiva obtenção de sementes. Muitas vezes, esta produção não atende às necessidades no caso de plantios em larga escala, havendo a necessidade de complementação com alóctones.
A seleção de espécies estranhas aos ecossistemas regionais deve ser feita com rigoroso critério, devendo ser evitadas aquelas de comportamento comprovadamente invasivo. Neste caso, é preciso se distinguir o que é invasora (expande-se sobre áreas naturais, com prejuízo sobre as espécies locais) e ruderal (prolifera em áreas perturbadas, dificultando o desenvolvimento de espécies locais) (Grime, 1977; Costa e Durigan, 2010), com base rigorosamente técnica, dispondo-se de todas as informações que se puder obter de fontes confiáveis. A seleção deve se limitar a espécies de vida curta, utilizadas em proporção que não comprometa o desenvolvimento das outras espécies. Muitas leguminosas alóctones apresentam declínio quando sombreadas, ou simplesmente apresentam ciclo de vida curto, reduzindo sua importância no ecossistema após alguns anos da implantação. A adequada distribuição destas espécies no desenho do plantio pode proporcionar a progressiva abertura de clareiras e conseqüente enriquecimento e progressivo aumento da complexidade estrutural através de propágulos oriundos da chuva de sementes.
Parrotta et. al. (1997) descrevem que a regeneração artificial via plantios com múltiplas finalidades podem se constituir em formas de recompor, ainda que parcialmente, a biodiversidade dos ecossistemas locais. A adequada seleção de espécies permite que ocorra a complexação interna dos plantios, sendo descritos casos em plantios de gêneros diversos, inclusive diversas leguminosas, como Leucaena e Albizia.
Nichols et. al. (2001) citam as vantagens do plantio intercalado de Inga edulis com uma espécie madeireira, Terminalia amazonica. Os autores constataram que após 2 anos a leguminosa possuía diâmetro de copa médio de 153 centímetros, e, através da deposição de folhedo e retorno de nutrientes ao solo, permitiu um crescimento diferenciado da espécie de interesse econômico em relação aos outros tratamentos testados, sem a adição de qualquer fertilizante.
Lugo (1997) falou sobre o aparente paradoxo relacionado ao restabelecimento de biodiversidade nos trópicos utilizando-se plantios florestais. O autor lembra que os plantios geram maior volume de biomassa em relação a florestas secundárias, o que é um fator importante quando se trata de acelerar a sucessão. De maneira geral, as espécies introduzidas podem cumprir o papel de facilitadoras para o ingresso de espécies autóctones, incrementando a diversidade de forma progressiva. E neste caso, as leguminosas, por sua característica de fixação de nitrogênio e aceleração da ciclagem de nutrientes, se constituem numa importante feramenta.
Parrotta et. al. (1997-II) apresenta resultados de um plantio em mineração de bauxita na Amazônia, após 10 anos. Os autores constatam que havia 40% de cobertura de copas sobre a área, com a entrada de 75 espécies novas em adição às 70 introduzidas no plantio original. O mesmo autor (1999) compara a regeneração natural sob plantios de Casuarina equisetifolia, Eucalyptus robusta e Leucaena leucocephala em Porto Rico, constatando que a regeneração era mais abundante sob Casuarina, porém sob Leucaena e Eucalyptus a riqueza e a diversidade foram superiores.
Ewel e Putz (2004) discutem o papel das espécies alóctones na restauração ambiental. Os autores demonstram ser possível a obtenção de uma serie de benefícios, como o papel de plantas tutoras de muitas alóctones, regulação de ciclos biogeoquímicos, abrigo e forrageamento para a fauna nativa, e um dado pouco citado: evitar a ocupação do terreno por novas espécies exóticas. Este ultimo exemplo é bastante aplicável, podendo ser citado o reflorestamento misto – incluindo leguminosas de rápido crescimento – realizado em encostas da cidade do rio de Janeiro recobertas com a gramínea Panicum maximum, que comprovadamente retarda o processo sucessional nestes sítios, através da competição por luz, água e nutrientes, e da propagação de incêndios no período mais seco do ano.
Este texto não pretende esgotar o assunto, nem tampouco possui caráter cientifico. O objetivo é tão somente fornecer subsídios para iniciar uma reflexão e discussões com base técnica, sem mitos ou dogmas.