domingo, 23 de fevereiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - ALDRAGO








Fotos: Claudio Santana, 2019 e 2020, exceto a última, obtida em  https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/files/2012/06/3-Pterocarpus-rohrii-Vahl.jpg


Plantae → Rosiidae→ Fabales→ Fabaceae Pterocarpus rohrii Vahl.

A árvore eleita para essa semana carnavalesca é uma espécie bastante comum, de ocorrência do Sul da Bahia e Minas Gerais, até o estado do Paraná, seguindo o litoral. No entanto, o projeto REFLORA (JBRJ) a registra para todo o território nacional. 

O aldrago, ou pau-sangue, entre outros nomes, possui esse nome porque quando tem sua casca ferida exsuda uma seiva avermelhada, lembrando sangue. Obviamente não feri árvores de arborização pública para demonstrar tal fenômeno.


A espécie possui múltiplos usos, sendo que no caso de aproveitamento industrial, por sua madeira ser leve e pouco resistente, se presta principalmente a usos internos e processamento industrial. 


Farrapo et. al. (2014) testaram diversas proporções de incorporação de partículas de aldrago em mistura com Pinus oocarpa na produção de painéis aglomerados, constatando que não há perda de propriedades destes painéis utilizando-se até 40% de Pterocarpus rohrii.


Inegavelmente, seu uso mais conhecido é o ornamental. Na cidade do Rio de Janeiro é muito utilizada na arborização urbana e paisagismo. Grandes exemplares são registrados no Aterro do Flamengo, já nas proximidades da Praça Cuhautemoc. 


Suas sementes são de boa viabilidade em armazenamento, sua germinação é moderada, assim como seu crescimento em viveiro. O crescimento a pleno sol é de médio a lento, sendo melhor quando plantada sob a proteção de espécies de crescimento rápido.


As informações aqui apresentadas foram obtidas nas seguintes fontes:


Lorenzi, H. - Árvores Brasileiras Volume 1 - https://amzn.to/2Veo32w

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - IPÊ-BRANCO




Fotos: Claudio Santana, outubro de 2019.

 Plantae → Asteriidae→ Lamiales→ Bignoniaceae→ Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith

Os ipês se revestem de aura quase mítica entre os brasileiros. Há quem a considere os ipês das várias espécies as árvores mais plantadas do país. São cerca de 100 espécies, de gêneros variados, como Tabebuia, Handroanthus, Sparattosperma, Cybistax, e Jacaranda.

Ipê significa "árvore de casca dura", em tupi-guarani. Tabebuia significa "madeira que não afunda", e embora a fonte consultada afirme que é tupi, dona Graziela Maciel Barroso afirmava ser de outro ramo linguístico, o caribe.

O ipê-branco, cujas flores na verdade são brancas com tons de rosa (daí o roseoalba) possui de 7 a 16 metros de altura, e não é tão imponente quanto seus primos maiores. No entanto, por sua floração muito fugaz, porém magnífica nos poucos dias em que podemos apreciá-la, é um dos mais admirados e caros no mercado de plantas.

É uma espécie associada a florestas semidecíduas, locais pedregosos e mesmo cascalhentos. Sua madeira é considerada de boa durabilidade, e ideal para acabamentos internos.

As fotos apresentadas foram tomadas entre o prédio da Prefeitura do Rio e o Centro de Convenções Sul América, em uma breve  floração de três dias, em outubro de 2019.








domingo, 9 de fevereiro de 2020

ÁRVORE DA SEMANA - CANAFÍSTULA













 



Fotos: Claudio Santana, 09/02/2020, Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ. 

 Plantae → Rosiidae→ Fabales→ Fabaceae → Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.

Nossa árvore da semana costuma ser confundida com a sibipiruna, e realmente em sua fase de muda ambas são muito semelhantes. No entanto, no decorrer do crescimento as diferenças se evidenciam; enquanto a sibipiruna abre uma copa larga a baixa altura, a canafístula, ou angico-amarelo, ou tamboril, cria um fuste relativamente alto antes de expandir seus ramos.

É uma espécie dispersa em diversos biomas: Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal. Estende-se pelos estados litorâneos, interiorizando-se.

A espécie é multipropósito, se prestando a diversos usos. Arborização urbana e paisagismo, sombreamento em sistemas agroflorestais, produção de mel, lenha e carvão, papel e celulose. Há registro de uso entre indígenas do chá da casca como anticoncepcional.

Destaca-se hoje seu uso como espécie de madeira valiosa, com uso destacado na construção civil. Se presta a plantio de enriquecimento, inclusive por sementes. Também tem bom desenvolvimento em plantios comerciais.

As informações aqui apresentadas foram obtidas nas seguintes fontes:






E as fotos foram tomadas por mim ao final da Corrida do Sol, em 09/02/2020. Os belos exemplares retratados estão no Aterro do Flamengo, na altura do Monumento dos Pracinhas. Estão em floração.