segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Decreto define restingas no Estado do Rio de Janeiro

Caros,

disponibilizo neste blog o decreto estadual n° 41.612, de 23 de dezembro de 2008, que define restingas e suas tipologias no estado do Rio de Janeiro. Eu já conhecia algo do tipo para São Paulo, mas foi com alegria que descobri que existe para nosso estado.

Baixe o arquivo aqui.

domingo, 1 de novembro de 2009

Do site Observatório do Clima

O amargo fim do PPG7

29/09/2009 - Kaxiana

Durante a Eco 92, os sete países mais ricos do mundo à época, reunidos no G7, foram pressionados, pela diplomacia e pelos governos a realizarem uma doação milionária, em dólares, para ajudar o país a conter os desmatamentos e as queimadas na Amazônia. Estavam todos perplexos com as taxas com que o ecossistema florestal desaparecia cedendo lugar para uma primitiva pecuária.

Ocorre que, apenas no final da década de 1980, teve início as medições e publicações das famigeradas taxas. A redemocratização reivindicava maior transparência pública e a divulgação de todo tipo de estatísticas represadas no regime militar.

Na verdade, que o incentivo ao processo de ocupação da Amazônia, iniciado dez anos antes, trazia conseqüências perigosas para a floresta, não era nenhuma novidade. O que as taxas mostraram e, por isso assustaram a todos, foi a dimensão e a distribuição da ocupação via produção de grãos e cultivos de capim. A partir daí, havia a certeza de que o estrago era grande e, facilmente, visível.

Conter o desmatamento e as queimadas do ecossistema florestal na Amazônia foi o motivo principal para estabelecimento de um amplo programa financeiro de apoio. O G7 se mostrou disposto a realizar uma doação que chegaria na casa dos bilhões de dólares, mas antes dessa doação definitiva faria uma inicial para desenvolver iniciativas que se mostrassem mais adequadas.

Criava-se, dessa maneira, o que se chamou de Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, o conhecido PPG7, com um aporte significativo de 250 milhões de dólares.

Os recursos deveriam ser aplicados em um leque amplo de projetos voltados ao fortalecimento do poder de polícia dos órgãos de fiscalização e à implantação de alternativas produtivas que não exigiam desmatamento.

O PPG7 foi recebido com entusiasmo pelas organizações não governamentais que atuam na Amazônia. Afinal, tratava-se de uma possibilidade concreta para obtenção de recursos para apoiar suas atividades. Todavia, fazer com que os recursos doados chegassem aos beneficiários sempre foi um exercício burocrático quase impossível.

Ocorre que os países doadores depositavam o dinheiro em um fundo internacional administrado pelo Banco Mundial, nomeado gestor oficial do PPG7. Do Banco o recurso ia para o Tesouro Nacional que repassava ao órgão público, na maioria das vezes o Ministério do Meio Ambiente (MMA) responsável por sua aplicação, na forma de reembolso. Ou seja, o MMA gastava do seu orçamento para ser reembolsado pelo PPG7.

Essa burocracia, instituída pelo próprio governo brasileiro, cansava os envolvidos na execução do Programa, mas foi assim durante mais de dez anos. Já o modelo de transferência internacional de dólares doados costumava ser enaltecido como referência para cooperação entre países.

Os resultados do PPG7 nunca chegaram a ser unanimidade. Muitas críticas eram dirigidas à morosidade com que os projetos eram executados. Mas, de uma coisa ninguém tem dúvida, por mais de uma década, o PPG7 foi a principal, em alguns casos única, fonte de recursos para a área ambiental e florestal da Amazônia.

As negociações acerca de sua segunda fase, que iria além da fase piloto e envolveria a casa dos bilhões de dólares, se perderam com a mudança de governo em 2003. A nova administração acreditava que não precisa desse tipo de cooperação.

O fim do PPG7 começou aí.

Sem brilho, o que poderia ter sido um exemplo de cooperação para a sustentabilidade da Amazônia se encerra com o gosto amargo da dúvida. Valeu a pena?

Ecio Rodrigues - Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).

28/09/2009.

Do Portal Celulos Online

Lourival Karsten - O frutos das árvores


27/10/2009 - Quando dizemos que do boi só não se aproveita o berro estamos sendo muito injustos com as árvores. O processo biológico dos bovinos resulta em gás metano enquanto o das árvores resulta em oxigênio. Uma diferença mais do que significativa para o meio ambiente. O processo de fotosíntese não é diferente entre árvores nativas e exóticas.

No Estado de Santa Catarina, as árvores plantadas ocupam 7,27% do território e, por estarem mais concentradas em algumas regiões, um município – Otacílio Costa no Planalto Catarinense – tem mais de metade de seu território coberto pelos reflorestamentos.

A concentração dos reflorestamentos em algumas regiões se deve principalmente ao fato de que ainda hoje o Estado conta com 31,17% de seu território coberto por campos naturais. No Planalto Catarinense observam-se as grandes áreas de campos naturais entremeadas por capões com pinheiros nativos que foram parcialmente convertidos para plantações principalmente de pinus.

Também extensas áreas onde os pinheiros nativos foram cortados durante o período de implantação das ferrovias, hoje voltaram a estar cobertas por florestas, agora plantadas. No Estado, a atividade madeireira dá emprego para 40 mil pessoas que trabalham em 2,9 mil estabelecimentos e responde por 2% da arrecadação de ICMS.

Muitas coisas, no entanto, fogem das estatísticas pois, a implantação das florestas plantadas foi responsável direta pela manutenção da tradicional indústria de móveis na região das cidades de São Bento do Sul e Rio Negrinho. Com a redução na exploração dos pinheiros nativos ela estaria fadada ao desaparecimento se não fosse a nova fonte de matéria-prima.

A indústria de móveis também teve um outro efeito colateral pois, o acúmulo de resíduos – especialmente cepilho e serragem – levou à busca de alternativas ecologicamente corretas para sua eliminação.

A resposta veio através das caldeiras das indústrias situadas no nordeste catarinense que foram sistematicamente substituídas por novos equipamentos que permitem o uso com múltiplos combustíveis e desta forma deixaram de queimar lenha e óleo combustível e passaram a produzir vapor e aquecimento com o uso dos resíduos florestais.

A substituição do óleo combustível – resíduo da destilação do petróleo – pelos resíduos florestais permite o retorno do investimento na troca das caldeiras em pouco mais de dois anos, sem contar a melhora ambiental que tal providência trás.

Este impacto não se esgota apenas na emissão de gases bem menos poluentes e na produção de cinza que pode ser melhor absorvida pelo ambiente mas também se reflete na eliminação dos depósitos de resíduos que as indústrias madeireiras precisavam manter.

Hoje, nesta região, os resíduos vegetais da indústria costumam ser depositados diretamente em tulhas elevadas e são coletadas regularmente por caminhões que os transportam para as tulhas da empresas que os queimarão.

No entanto, como existe mercado para os resíduos florestais, surgiu uma nova atividade que poderíamos chamar de “reaproveitamento da madeira” pois algumas empresas hoje se especializaram em coletar todo e qualquer resíduo de madeira tanto de construções e pallets quebrados como também de podas de árvores.

Estas empresas passam tudo pelo picador, separam as impurezas e vendem o material processado para uso em caldeiras.
Toda uma atividade econômica que foge totalmente das estatísticas mas não foge da racionalidade. Nós podemos aproveitar a natureza sem destruí-la.

Colunista: Lourival Karsten
Descrição: Administrador e consultor. Formado em Ciências Contábeis, com pós-graduação em Administração, Marketing e Publicidade e em Tecnologia Têxtil. É executivo de empresas, professor universitário e consultor em gestão de empresas.

sábado, 17 de outubro de 2009

Flora Brasiliensis: Você conhece Von Martius?

Caros,

posto aqui o link para acesso a uma obra de primeira grandeza: Flora Brasiliensis. Você sabia que ela já está online há algum tempo?

Karl Friedrich Phillip Von Martius (1794-1868) foi um naturalista alemão, que viajou pelo Brasil durante três anos, a partir de 1817, reunindo informações sobre aproximadamente 6.500 espécies de plantas, numa missão científica dos governo bávaro e austríaco.

O resultado dessa viagem foi a publicação, a partir de 1840, da monumental obra Flora Brasiliensis, que pode ser encontrada em grandes herbários de todo o mundo. E que também está disponível na internet para os reles mortais, com direito a baixar 10 pranchas em formato .pdf.

E antes que eu me esqueça, 17 de abril é Dia Mundial da Botânica, por ser a data de nascimento de Von Martius.

Deixo aqui o link para acessar a obra: http://florabrasiliensis.cria.org.br/index. E vou colocá-lo também na lista do blog.

Grande abraço a todos!

sábado, 26 de setembro de 2009

Dissertação - uso de espécies nativas na arborização do Rio de Janeiro



Caros,

posto aqui uma dissertação muito interessante, elaborada pelo colega Flávio Pereira Telles, da Fundação Parques e Jardins da Prefeitura do Rio.

Este precioso material trata das possibilidades de uso sustentável de duas espécies utilizadas em projetos de arborização e recuperação na cidade do Rio, pau-Brasil (Caesalpinia echinata) e o pau-de-tamanco (Tabebuia cassinoides). O estudo aborda a conservação destas espécies de forma dinâmica, sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável.

Baixe o material aqui.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mensagem SBEF - Dia da Árvore


O Dia da Árvore

Glauber Pinheiro*

Em 21 de setembro, na véspera do início da primavera, comemoramos no Brasil o Dia da Árvore. A oficialização da data foi inspirada nos nossos índios, que cultuavam as árvores antes do começo da primavera, quando preparavam o solo para o cultivo. A árvore traz consigo um simbolismo universal. Significa longevidade, prosperidade, solidez, a árvore representa a vida. E realmente, árvores de todos os tipos, sejam de qualquer espécie, baixas ou altas, jovens ou centenárias, nos fazem sentir o poder da natureza, e uma enorme paz de espírito. Isto mesmo, as árvores têm poder terapêutico, descansam a visão, acalmam. Ao redor de nossa casa, as árvores mantêm um micro-clima agradável e agem como verdadeiras barreiras, nos protegendo da poluição sonora, nos dando mais privacidade, retendo o vento e a poeira, etc. Conforme o homem vai diminuindo a cobertura vegetal do planeta, mais ele vai descobrindo outras utilidades e benefícios proporcionados pelas árvores. É uma pena que esta descoberta se dê pela falta que elas fazem. Pois não deveria ser assim, já que desde a pré-história tinha-se a consciência da importância das árvores para o suprimento de necessidades básicas como: abrigo; alimento; matéria-prima; e energia.

Alguns milhares de anos depois, a coisa não mudou, descobrimos outras diversas utilidades e benefícios, mas continuamos utilizando as árvores para construção de nossa moradia; como fonte de matéria-prima e alimentos; e como fonte de energia. É preciso que as pessoas tenham ciência de que TODOS os seres humanos da face da Terra, sem exceção, usam matéria-prima oriunda das árvores durante toda a vida. E usam muito mais do que imaginam. Hoje temos siderurgia, termoelétricas, industrias, construção civil, carvão, papel, combustíveis, colas, vernizes, resinas, tintas, gomas, cortiça, uma infinidade de objetos, e todos dependem da madeira. Chegamos ao mundo e somos colocados em um berço, o deixamos e nos colocam em um caixão, ambos de madeira. Mesmo o cidadão com menor poder de consumo, e nos locais mais remotos, consome madeira, por exemplo ao usar a lenha como combustível.

O fato é que: 1) não existe uma pessoa que possa afirmar que não usa, todos os dias de sua vida, a madeira e seus derivados; 2) esta utilização, na maioria das vezes, depende diretamente do corte de árvores; 3) com o aumento nos padrões de consumo, a quantidade de madeira utilizada por cada habitante aumenta; 4)a população mundial cresce, e a demanda por madeira também; 5) as árvores levam anos para crescerem.

Pois é esta a equação que precisa ser resolvida. O desenvolvimento, as indústrias, as nações e as pessoas, dependem diretamente desta matéria-prima, que leva vários anos para ser produzida, e que é insubstituível para o progresso, a geração de empregos e renda, bem como para o conforto das pessoas. A boa notícia é que estamos falando de um recurso renovável. Ele pode ser utilizado de forma sustentável, ou seja, com boa engenharia podemos abastecer a demanda da população, garantindo a perpetuação do recurso.

E temos todas as condições para isto: clima favorável, um território imenso, e Ciência Florestal de vanguarda. Estas características nos tornam muito competitivos na produção florestal, seja através do manejo de florestas naturais, ou dos plantios florestais. Não é por acaso que o nosso país tem nome de árvore, nós temos enorme vantagem perante outras nações. Outros países levam até 30 anos para atingir um volume, que nós produzimos em uma mesma unidade de área em apenas 7 anos. Só no ano passado o setor florestal brasileiro gerou 6,5 milhões de empregos, US$ 9,9 bilhões em exportações, e um faturamento de US$ 27,8 bilhões. Isto, com uma área plantada de apenas 0,7% do território nacional, fato que desespera a concorrência.

Não é por acaso o ataque estrangeiro à silvicultura brasileira. E quando achamos que já vimos de tudo na vida, testemunhamos pessoas que protestam contra o plantio de árvores. É mole? Grupos estrangeiros, com foco no Brasil, e que têm como missão impedir o plantio de árvores em solo brasileiro. Para tanto, investem muito em propagandas que disseminam informações apocalípticas, geralmente apócrifas e desprovidas de qualquer comprovação científica. Também usam de violência, invasões, destruição de unidades de pesquisa, entre outros métodos, mas, podem ser encontrados com maior facilidade, tentando com suas profecias catastróficas catequizar os menos informados. E não é por acaso mesmo, que eles escolhem justamente o Dia da Árvore do calendário brasileiro como o dia de “luta contra” os plantios florestais. Certamente os seus países de origem também comemoram o Dia da Árvore, mas preferem criar confusão na nossa data, e no nosso país. Mas quem é essa gente? Quais seus objetivos? Quem patrocina suas ações? Quem os sustenta? (Não é retórica. Quem souber me avisa) O que eu vejo é que muitas vezes estas informações contraditórias estão sendo disseminadas com dinheiro público, à título de “educação ambiental”, e com foco na colonização das mentes de nossas crianças e jovens. Outras vezes, é custeado pelas próprias “empresas alvo”, à título de “compensação”, ou para muitos: “eco-chantagem”.

Hoje é consenso a importância das árvores não apenas para abastecer a demanda de matéria-prima no suprimento das necessidades humanas, mas, sobretudo, na manutenção das condições ambientais. Elas protegem e recarregam o solo, são fundamentais para os ciclos hídricos, no equilíbrio climático, e no seqüestro de carbono da atmosfera, ou seja, são essenciais para a boa manutenção de outros elementos indispensáveis aos seres humanos: solo; água; e ar. Pois mesmo com todos estes aspectos, os protestos com muito marketing, mas que não apresentam alternativas factíveis, e a pregação de dados extremamente tendenciosos através de discursos inflamados, conseguem converter muita gente de bem. Triste é quando vemos também embarcarem nesta, pessoas que tiveram toda a oportunidade em adquirir conhecimento sobre o assunto.

A Ciência Florestal vem evoluindo cada vez mais no sentido de garantir à população o abastecimento de matéria-prima, em consonância com os benefícios ambientais proporcionado pelas florestas, com sustentabilidade. Os grandes empreendimentos florestais, tão criticados, são os que mais respeitam a legislação ambiental neste país, e que mais detém reservas particulares voltadas exclusivamente para a preservação. Os plantios florestais são realizados em áreas anteriormente convertidas por outras atividades, e em sua maioria já degradadas. Cada hectare plantado evita o desmatamento de até 10 hectares de florestas nativas. A Engenharia Florestal brasileira desponta no cenário mundial, gerando novas tecnologias, empregos e renda. A triste opinião de quase 10 pessoas, entre estudantes e profissionais da Engenharia Florestal, definitivamente não reflete a posição dos aproximadamente 13 mil Engenheiros Florestais brasileiros, que carregam como missão precípua o desenvolvimento sustentável de nossa nação, a preservação ambiental e a qualidade de vida de nosso povo. Não há quem escolha a carreira de Engenheiro Florestal para seguir, e que não tenha a intrínseca preocupação com o ambiente.

Tem muita gente que sobrevive exatamente do problema, e não da solução. Não convém um debate equilibrado e racional, pois desta forma, resolveria-se o problema, e isto deixaria muita gente sem ter mais o que fazer. Este é um elemento que faz parte da vida em sociedade, foi sempre assim em toda a história da civilização, e devemos estar sempre alertas para que não sejamos incluídos no rebanho. Mas a vida segue, e não deixaremos de comemorar o Dia da Árvore, plantaremos várias mudas de árvores, as crianças nas escolas, os clubes, as empresas, as organizações... e assim os Engenheiros Florestais continuarão fazendo a cada dia do ano, plantando FLORESTAS, pelo bem do ambiente e da sociedade.

Glauber Pinheiro

Presidente da SBEF

Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais

40 anos em defesa das florestas, do ambiente e da sociedade

www.sbef.org.br

sábado, 19 de setembro de 2009

Série Remediação: uso de fungos para descontaminação


Caros,

mais um artigo, na verdade uma tese, sobre remediação na Cidade dos Meninos, desta vez utilizando fungos. Confesso que para mim é uma novidade, mas o trabalho é muito interessante e vale uma consulta.

Baixe o material aqui.

Série Remediação: conceitos sobre fitorremediação


Caros,

segue um bom artigo português sobre fitorremediação, ou seja, o uso de plantas para descontaminação de solos.

O artigo trata de conceitos básicos, incluindo toda a bioquímica implicada.


Baixe o artigo aqui.

Série Remediação: Descontaminação química na Cidade dos Meninos


Caros,

mais um artigo sobre remediação na Cidade dos Meninos, desta vez com a utilização de produtos químicos para neutralização dos organoclorados.

Baixe o artigo aqui.

Série Remediação: trabalho sobre o uso de vegetação para descontaminação na Cidade dos Meninos, Duque de Caxias, RJ


Caros,

mais um artigo sobre descontaminação, desta vez sobre um caso famoso: a Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias, RJ.

O artigo trata do uso de espécies florestais capazes de retirar os resíduos de organoclorados do solo, mais especificamente do gênero Eucalyptus.

Baixe o artigo aqui.

Série Remediação: Dissertação sobre uso de resíduos para remediação em solos contaminados por metais pesados


Caros,

disponibilizo aqui uma dissertação desenvolvida no IA/UFRRJ, sobre remediação de áreas contaminadas com metais pesados utilizando resíduos de siderurgia (URA) para sua neutralização. Vale conferir uma modalidade de recuperação de áreas degradadas pouco explorada por engenheiros florestais e agrônomos.

Baixe o material aqui.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Plano de Manejo para o Ipê-de-Jardim


Caros,

disponibilizo aqui um plano de manejo para controle do ipê-de-jardim, Tecoma stans, espécie utilizada como ornamental e que apresenta grande potencial invasor. Eu mesmo já tive a oportunidade de verificar a capacidade de ocupação desta espécie lá em Juiz de Fora, MG.

Este manual foi desenvolvido pelo pessoal da FURB, Universidade Regional de Blumenau.

Baixe o manual aqui.

Direto da Universidade Federal de Lavras: Manual para manejo da Candeia


Caros,

segue link para baixar um bom material desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras. É um manual para manejo sustentado das candeias, Eremanthus erythropappus e Eremanthus incanus. Estas espécies são de interesse conômico, possuindo óleos essenciais utilizados em indústrias de cosméticos e medicamentos. O manual aborda aspectos ecológicos das espécies, fazendo diagnóstico e estabelecendo protocolo para sua utilização de maneira sustentada.

Baixe o manual aqui.

Nova legislação sobre APP


Caros,

recentemente o MMA lançou três novas Instruções Normativas referentes às Áreas de Preservação Permaqnente, regulando aspectos como a recuperação, manejo e uso de espécies naivas. Vale consultar os arquivos - afinal, é atualização sobre um tema fundamental.

Baixe os arquivos nos links a seguir:

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Do Jornal O Globo: França anuncia imposto do carbono


MEDIDA VAI GERAR 4,3 BILHÕES DE EUROS

França anuncia imposto do carbono

Publicada em 11/09/2009 às 04h08m



O Globo
    RIO - O governo francês anunciou na quinta-feira a intenção de criar um novo imposto para combater as emissões de CO2 no país. A ideia, proposta pelo presidente Nicolas Sarkozy e já criticada pela oposição, é que a taxação entre em vigor no ano que vem, englobando o uso de petróleo, gás e carvão. A França gera cerca de 80% de sua eletricidade a partir de energia nuclear. Com a medida, que seria introduzida gradativamente, o país passaria a ser a primeira grande economia do mundo a adotar tal imposto.
O desafio mais sério que nós enfrentamos é o aquecimento global. Cada um de nossos compatriotas precisa se sentir envolvido

Com a taxação, Sarkozy ganharia também força nas discussões sobre mudanças climáticas, meses antes da conferência da ONU, em dezembro, em Copenhague, quando deve ser fechado um novo acordo para substituir o Protocolo de Kioto, que foi ratificado pela França e expira em 2012.

- É hora de criar uma taxação verde - afirmou Sarkozy após uma visita a uma fábrica em Culoz, perto da fronteira francesa com a Suíça - O tributo sobre emissões de carbono será criado sobre o uso de petróleo, gás e carvão.

O imposto - cuja criação vem sido discutida há semanas, com críticas tanto da direita ligada a Sarkozy quanto da oposição de esquerda - incidirá sobre residências e empresas, mas não sobre indústrias pesadas e do setor energético, que estão incluídas no esquema de comércio de emissões da União Europeia.

O governo planeja cobrar 17 euros por tonelada de dióxido de carbono emitida. O jornal francês "Le Monde" calculou que o imposto vai cobrir 70% das emissões no país e injetar, anualmente, 4,3 bilhões de euros nos cofres públicos.

Segundo Sarkozy, o imposto tem como objetivo persuadir os franceses a mudarem seus hábitos e reduzirem o consumo de energia.

- O desafio mais sério que nós enfrentamos é o aquecimento global. Cada um de nossos compatriotas precisa se sentir envolvido - disse.

Dois terços dos eleitores franceses, porém, se opõem à criação de novos encargos. Para frear a rejeição à medida, Sarkozy garantiu que os recursos arrecadados com o novo imposto vão beneficiar os contribuintes através da redução de outros impostos e de "cheques verdes", para investimentos em iniciativas ecológicas.

Apostila - Curso de Recuperação de Áreas Degradadas - EMBRAPA - 2008


Caros,

deixo aqui o link para baixar uma apostila da EMBRAPA, que foi material de apoio de um curso ministrado pela equipe da instituição em 2008. Trata de conceitos básicos de forma bastante aprofundada, fornecendo boa base para quem lida com o assunto.

Baixe a apostila aqui.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Do Portal EcoDebate: Sementes de espécies nativas contribuem para o reflorestamento em áreas degradadas


Estudos sobre a caracterização morfológica dos propágulos de espécies florestais e tecnologia das sementes é ferramenta básica para recuperar ou restaurar áreas degradadas

“A semente é o principal meio de propagação das espécies e base da regeneração natural da floresta”. Assim afirma a pesquisadora Maria da Glória G. de Melo, que coordena o Laboratório de Sementes e Viveiros Florestais da EST/UEA, onde se desenvolvem trabalhos sobre caracterização morfológica de propágulos das espécies que ocorrem na Base de Operações Geólogo Pedro de Moura (BOGPM,) em Urucu, a fim de compreender a dinâmica da floresta e contribuir com o reflorestamento de áreas degradadas.

As pesquisas desenvolvidas no laboratório vinculado à Rede CTPetro Amazônia, por meio do Projeto PT 2 – Tecnologia de regeneração artificial em clareiras abertas pela exploração e transporte de petróleo e gás natural – coordenado pelo Dr. Gil Vieira, possibilitam a identificação correta das espécies. Essas informações ajudam tanto no reflorestamento com espécies da região quanto nos inventários florestais, tendo em vista que, o uso de diversos nomes populares para uma mesma espécie ocasiona problemas na hora de tomar decisões de como trabalhar a floresta.

“A identificação correta das plântulas no campo é uma dificuldade encontrada pelos parabotânicos (antigo mateiro), porque nem sempre as características morfológicas do indivíduo adulto são similares às do indivíduo jovem. Para se reflorestar uma área degradada precisamos, por exemplo, de espécies pioneiras resistentes à alta luminosidade e que se adaptem às condições adversas de campo”.

Além disso, essa caracterização morfológica dará suporte aos pesquisadores para trabalharem na Amazônia com espécies locais e não exóticas, pois essas últimas, apesar de se adaptarem às condições locais, não são representativas da área. De acordo com a pesquisadora, “conhecer as fases de germinação e do desenvolvimento da plântula contribuirá para o entendimento da biologia das espécies, manejo, conservação e recuperação das áreas degradadas com espécies que já ocorrem na BOGPM”.

Sementes

Com os estudos realizados no laboratório e no viveiro é possível identificar quantos dias a semente leva para chegar à fase de plântula, qual o tempo necessário para ser repicada para uma embalagem a fim de se produzir uma muda e quanto tempo pode permanecer no viveiro antes de ser levada ao campo.

Dentre as várias informações obtidas com os estudos de morfologia e tecnologia de sementes, uma é de essencial importância: quais sementes são ortodoxas e quais são recalcitrantes. O desenvolvimento das pesquisas mostra que as primeiras podem ser mantidas em bancos de germoplasma para posterior uso; já as recalcitrantes – muitas das que ocorrem na BOGPM – não resistem ao dessecamento e, assim, não podem ser armazenadas, pois precisam imediatamente ser semeadas para a produção de mudas, caso contrário perderão sua viabilidade.

“Essas informações tecnológicas sobre dados físicos, como o teor de água das sementes são importantes para saber o comportamento das sementes no armazenamento. As espécies recalcitrantes devem ser logo semeadas para a produção de mudas que serão utilizadas no campo e reflorestadas”, afirma Maria da Glória.

Para se realizar a coleta, o primeiro passo consiste em marcar a árvore e observar a matriz com o intuito de verificar se a mesma possui boas características genéticas. As árvores selecionadas são georreferenciadas por GPS (Sistema de Posicionamento Global), anota-se o DAP (Diâmentro à Altura do Peito), faz-se a medição e coleta-se a amostra botânica. Vale ressaltar, que todo material botânico precisa ser fértil, isto é, ter flor ou fruto para ser identificado de forma correta no herbário do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e incorporadas ao acervo do Herbário da EST/UEA.

Livro

Conforme a pesquisadora, as pesquisas desenvolvidas irão resultar em um livro que compilará todos os trabalhos de morfologia, à priori, apenas em português.

“Vamos reunir essas informações, pois é importante registrar os resultados dos estudos que serão organizados e divulgados tanto em forma de artigos científicos como em um livro técnico e ilustrado para o público-alvo, estudantes de engenharia florestal e pesquisadores que já trabalham com sementes de espécies florestais”, completa Maria da Glória.

Recentemente, a coordenadora do grupo e as pesquisadoras Ângela Maria da Silva Mendes e Sheylla Fontes Pinto expuseram no “60 Congresso Nacional de Botânica”, ocorrido em Feira de Santana, Bahia, cinco trabalhos científicos que farão parte do livro intitulados: “Morfologia de sementes e plântulas de Protium hebetatum Daly. (Burseraceae)”; “Aspectos morfológicos de Pouteria laevigata (Mart.) Raldk: Frutos, sementes e desenvolvimento de plântula”; “Aspectos Morfológicos de frutos, sementes e plântulas de Glycydendron amazonicum Ducke”; e “Caracterização Morfológica de frutos, sementes e plântulas de Copaifera guyanensis Desf. (Legumimosae-Caesalpinioidea).

* Informações da Rede CTPETRO Amazônia, Inpa, publicadas peloEcoDebate, 28/08/2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Manual de Recuperação de Matas Ciliares


Caros,

trago aqui, por sugestão do colega Flávio Telles, um excelente material: Restauração da Mata Ciliar, um manual produzido em 2002 pela antiga SEMADS do Rio de Janeiro - é a atual SEA, Secretaria Estadual do Ambiente. Os autores são Paulo Yoshio Kageyama, Flávio Bertin Gandara, Renata Evangelista de Oliveira, Luiz Fernando Duarte de Moraes.

Baixem o manual aqui. E façam bom proveito!

domingo, 23 de agosto de 2009

Direto do site UOL: No Brasil, ambientalistas tentam pagar fazendeiros para manter as árvores em pé

23/08/2009


The New York Times
Elisabeth Rosenthal
Em Querência (Brasil)
José Marcolini, um fazendeiro daqui, tem permissão do governo brasileiro para desmatar 5 mil hectares de floresta tropical neste ano, para criar novas plantações de soja altamente lucrativas.

Florestas brasileiras ameaçadas

  • Damon Winter/The New York Times

    Área de floresta nativa fica ilhada entre área devastada para cultivo de soja em Mato Grosso

  • Damon Winter/The New York Times

    Devido aos lucros resultantes de seu solo, parte das florestas da região foi derrubada

Mas ele está lutando com sua consciência. Um grupo ambiental brasileiro está lhe oferecendo um pagamento anual em dinheiro para deixar sua floresta intacta, para ajudar a combater a mudança climática.

Marcolini diz que se preocupa com o meio ambiente. Mas também tem família para sustentar e tem dúvidas de que a oferta inicial do grupo na negociação -US$ 12 por acre (aproximadamente 0,4 hectare)- seja suficiente para que possa aceitar.

"Para resistir à pressão, cercado de soja, eu terei que receber... muito", diz Marcolini, 53 anos, notando que terra desmatada que pode ser trabalhada aqui no Estado do Mato Grosso é vendida por até US$ 1.300 o acre.

No passado, o Mato Grosso fazia jus ao seu nome. Mas hoje, o Estado brasileiro é um centro global de desmatamento. Devido aos lucros resultantes de seu solo fértil, as densas florestas da região foram agressivamente derrubadas ao longo da última década e o Mato Grosso atualmente é o principal exportador de soja, milho e carne bovina do Brasil para todo o mundo, por meio de empresas multinacionais.

O desmatamento, um dos fatores que mais contribuem para a mudança climática, representa 20% das emissões de dióxido de carbono do mundo e 70% das emissões do Brasil. Deter um maior desmatamento, dizem os especialistas, é uma forma tão poderosa de combater o aquecimento quanto fechar as usinas elétricas a carvão do mundo.

Mas até agora, não há recompensa financeira por manter as florestas em pé. Um crescente número de cientistas, políticos e ambientalistas argumenta que pagamentos em dinheiro -como o oferecido a Marcolini- são a única forma de deter a destruição da floresta tropical e fornecer uma estratégia capaz de mudar o jogo nos esforços para limitar o aquecimento global.

Diferente de soluções de alta tecnologia como captura e sequestro de dióxido de carbono ou a produção de combustível "verde" de algas, a preservação de uma floresta rende um resultado ambiental notavelmente simples: o proprietário reduz as emissões de sua propriedade a zero.

Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, disse que o desmatamento precisa ser tratado pelo novo acordo climático internacional sendo negociado neste ano. "Mas as pessoas cortam árvores porque há uma razão econômica para fazê-lo, e é preciso fornecer a elas uma alternativa financeira", ele disse.

Tanto o mais recente esboço do acordo quanto o projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, em junho, incluem planos para empresas e países ricos pagarem aos pobres para preservarem suas florestas.

As estratégias podem incluir pagamentos diretos aos proprietários para conservar as florestas, assim como subsídios indiretos, como preços mais altos pela carne bovina e soja produzidas sem a necessidade de desmatamento. O desmatamento cria emissões de carbono por meio das queimadas e maquinários usados para derrubar as árvores, e também destrói a vida vegetal que ajuda a absorver as emissões de dióxido de carbono de carros e fábricas ao redor do mundo.

Mas conseguir os incentivos em dinheiro certos é um negócio complexo e não mapeado. Em grande parte do mundo em desenvolvimento, incluindo aqui, o desmatamento está ligado ao progresso econômico.

Pedro Alvez Guimarães, um homem calejado de 73 anos sentado à beira do Rio dos Mortos da região, chegou ao Mato Grosso em 1964 em busca de terra gratuita, avançando na floresta até encontrar um local e construir um barraco como base para criação de gado. Apesar da lamentar a perda da floresta, ele considera bem-vindos os confortos como a escola construída há poucos anos, frequentada por seus netos, ou a eletricidade instalada no ano passado, que permitiu que ele comprasse seu primeiro freezer.

Além disso, os grupos ambientais alertam que, se mal projetados, programas pra pagar pela preservação da floresta podem se transformar em uma fonte de dinheiro para as mesmas pessoas que as estão destruindo. Por exemplo, uma versão proposta do novo plano da ONU permitiria que plantações de árvores, como as palmeiras cultivadas para extração do óleo de palma, sejam contadas como floresta, apesar das plantações de árvores não terem o mesmo potencial de absorção de carbono de uma floresta genuína e serem bem menos diversas em vida vegetal e animal.

"Há potencial de um resultado bastante perverso", disse Sean Cadman, porta-voz da Wilderness Society of Australia.

Forças econômicas globais e locais estimulam o desmatamento.

O Brasil e a Indonésia lideram mundialmente em extensão de floresta tropical perdida a cada ano. As florestas são derrubadas para ajudar a alimentar a crescente população mundial e atender seu crescente apetite por carne. Grande parte da soja do Brasil é comprada por empresas americanas como a Cargill ou Archer Daniels Midland e usada para alimentar gado em locais tão diversos quanto a Europa e a China. Na Indonésia, as florestas tropicais são derrubadas para plantação das palmeiras para o óleo de palma, que é um componente de biocombustíveis.

O Brasil tem tentado equilibrar desenvolvimento e preservação.

No ano passado, com uma doação da Noruega que poderá trazer ao país US$ 1 bilhão, ele criou o Fundo Amazonas para ajudar as comunidades a manter sua floresta. As leis nacionais estipulam que 80% de cada extensão de terra no alto Amazonas -e 50% em regiões mais desenvolvidas- deve permanecer coberto de floresta, mas é um vasto território com pouca fiscalização. Os exportadores de soja contam oficialmente com uma moratória no uso de produtos de terras recém-desmatadas.

Aqui no Mato Grosso, 1.800 quilômetros quadrados de floresta tropical foram desmatados apenas nos últimos cinco meses de 2007, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial do Brasil, que monitora o desmatamento.

"Com tanto dinheiro em jogo, não há leis que mantenham a floresta em pé", disse John Carter, um fazendeiro que se estabeleceu aqui há 15 anos, enquanto sobrevoava há alguns meses com seu Cessna a terra desmatada.

Até recentemente, o desenvolvimento da Amazônia era a prioridade, e alguns dos colonos se sentem traídos pelo novo estigma que cerca o desmatamento. Semelhante ao Oeste americano no século 19, o governo brasileiro encorajou assentamentos por meio de benefícios como terras baratas e subsídios para habitação, muitos dos quais existentes até hoje.

"Foi triste e revoltante quando o mundo disse que o desmatamento era ruim -nos foi dito para virmos para cá e que tínhamos que derrubá-la", disse o secretário da Agricultura do Mato Grosso, Neldo Egon Weirich, 56 anos, que se mudou para cá em 1978 e notou que para ter direito aos empréstimos para compra de tratores e sementes, um fazendeiro tinha que desmatar 80% de suas terras.

Ele tem orgulho de ter transformado o Mato Grosso de uma zona de malária em uma potência agropecuária. "O Mato Grosso está sob um microscópio -nós sabemos que temos que fazer algo", disse Weirich. "Mas não podemos simplesmente parar a produção."

Mesmo hoje, colonos em todas as partes do mundo estão comprando ou ocupando floresta barata "inútil" e a transformando em terra produtiva.

O desmatamento é frequentemente a melhor forma de declarar e assegurar a propriedade. A terra que Carter intencionalmente manteve como floresta pelo seu benefício ambiental tem sido frequentemente ocupada por invasores -um problema comum aqui. Em partes do Sudeste Asiático, as experiências iniciais de pagamento aos proprietários para preservação da floresta foram atrapalhadas por frequentemente não se saber ao certo quem é dono ou controla a propriedade.

Há várias ideias sobre como frear o desmatamento.

Carter lançou um grupo ambiental dos proprietários de terras, chamado Aliança da Terra, cujos membros concordam em ter suas propriedades fiscalizadas por boas práticas ambientais e suas florestas monitorados por satélite pelos cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), para assegurar que não cultivarão em terra recém desmatada. Carter está negociando com empresas como o McDonald's para que comprem apenas de fazendas certificadas.

O programa da ONU chamado Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, ou Redd, recompensará os países que preservarem as florestas com créditos de carbono, que podem ser vendidos e transformados em dinheiro pelos donos das florestas, por meio do mercado global de carbono. A ONU já concede esses créditos pela limpeza de fábricas e plantação de árvores. Os créditos de carbono são comprados por empresas e países que ultrapassaram seus limites de emissão, como uma forma de equilibrar seu orçamento de emissões.

Daniel Nepstad, um cientista do Woods Hole Institute, mapeou recentemente grandes áreas da Amazônia "pixel por pixel" para determinar o valor das terras caso fossem convertidas em pastos de gado ou plantações de soja, para ajudar a determinar quanto os proprietários deveriam receber para preservar a floresta. A maioria dos especialistas sente que os proprietários aceitarão preços mais baixos à medida que perceberem os benefícios de salvar a floresta, como conservação da água e a melhora de sua imagem junto aos compradores.

Weirich, o secretário da Agricultura, se mostrou cético a respeito disso, mas ele também sente que, pela primeira vez, pode haver algum retorno financeiro em preservar a floresta, de forma que recentemente decidiu ser certificado pela Aliança da Terra.

"Nós queremos adotar práticas que nos coloquem à frente no mercado", ele disse.

A oferta inicial que Marcolini recebeu do grupo ambiental talvez não seja suficiente para salvar a floresta aqui. Mas, ele disse, se sua terra fosse em uma parte mais remota da Amazônia, com menos potencial agropecuário, "eu aceitaria a oferta".

Tradução: George El Khouri Andolfato

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Você já usou Excel para fazer manejo florestal?


Caros,

venho postar aqui uma apostila da UFV que trata do uso do software Excel para cálculos de manejo florestal. Utiliza funções avançadas do programa, e vale a pena testar. Já usei e aprovei.

Baixe a apostila aqui.

sábado, 8 de agosto de 2009

Apostila de Fitossociologia do Professor Omar Daniel

Caros,

hoje apresento a vocês uma apostila elaborada pelo professor Omar Daniel, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), em Mato Grosso do Sul. Veja a página dele: http://www.do.ufgd.edu.br/OmarDaniel/index.php

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Volta das férias

Caros colegas,

estava de férias, por isso não atualizei meu blog nas duas últimas semanas. Mas já estou preparando novas postagens. Aguardem!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Base de dados GeoAtlântica: A Mata Atlântica como você nunca viu



Gustavo Faleiros, O Eco.
10/07/2009

Nos domínios da Mata Atlântica estão concentradas as maiores cidades e as principais atividades econômicas do país. Isso, no entanto, não significa que uma empresa pensando em investir nesta gigantesca área encontre com facilidade informações para planejar o empreendimento. Buscando preencher lacunas de informação, foi lançado nesta sexta (10) o GeoAtlântica, uma das mais completas bases de dados já feitas sobre a ameaçada floresta.

A ferramenta foi elaborada pelo Instituto BioAtlântica, organização não-governamental que tem entre seus fundadores companhias do setor papel e celulose, como a Aracruz e Veracel, além da Petrobras. O GeoAtlântica foi organizado como um mapa interativo na internet que congrega inventários mais recentes sobre a cobertura por unidades de conservação, remanescentes florestais e dados sócio-econômicos do bioma. As informações estão dividas entre quatro corredores de ações de conservação: Serra do Mar, Central da Mata Atlântica, do Vale do rio Doce e Costeiro Marinho (veja mapa dos corredores acima).

“Imaginamos que os dados vão funcionar como suporte à tomada de decisão”, diz o diretor do Intituto BioAtlântica, Beto Mesquita. Sua expectativa é que a ferramenta seja usada por empresas, ONGs e administradores públicos. Para ilustrar, ele dá o exemplo de um empreendedor que gostaria de investir em uma cidade no interior do Rio de Janeiro e precisa saber a situação que encontrará durante o licenciamento ambiental . “No GeoAtlântica, ele conseguirá de forma rápida uma série de informações sobre a existência ou não de unidades de conservação municipais naquela área e as condições das prefeituras de analisarem estudos de impacto ambiental”, explicou.

A Petrobras está entre as empresas que adotarão o sistema em seu planejamento. Segundo o gerente de Desempenho em Segurança e Meio Ambiente, Luis Cesar Stano, a estatal sempre viu a ferramenta com bastante interesse, pois boa parte de suas operações está nas áreas de mata e costa atlântica. “O fato de reunir informações de várias fontes torna a ferramenta muito útil. Se nossos técnicos fossem coletar todas estas informações, haveria perda de tempo e também um custo”, pondera Stano.

O gerente da estatal diz que, além da aplicação direta em negócios da empresa, como no planejamento de dutos, o GeoAtlântica ajudará no desenho dos patrocínios a projetos ambientais. Com isso poderia-se evitar a sobreposição de projetos já existentes ou priorizar a escolha de regiões mais carentes de recursos. Perguntado se a nova ferramenta vai ter papel estratégico nos investimentos da Petrobras na camada do pré-sal, Stano afirma que ainda é cedo para dizer. “Não há ainda muitos dados sobre o corredor marinho e eles são os mais difíceis de se obter”, explica.

De olho nas atualizações

Com o lançamento nesta sexta, as bases de dados mais completas do GeoAtlântica são as do Corredor Central da Mata Atlântica e o da Serra do Mar. Nelas, além das relações de áreas protegidas nos níveis federal, estadual e municipal, as fisionomias vegetais e os dados sócio-econômicos, há informações primárias, coletadas em campo. No caso do Corredor Central, há os resultados de pesquisa feito pelo Bioatlântica sobre rede de viveiros florestais e pontos de captação de água.

De acordo com Beto Mesquita, o próximo passo da ferramenta será chegar a este mesmo nível de detalhes para os outros corredores da Mata Atlântica. Para tornar o sistema mais robusto haverá uma atualização constante. Neste ponto, os parceiros do Instituto Bioatlântica vão desempenhar papel-chave, pois serão eles os responsáveis por inserir mais informações na mapa acessível pela internet. O benefício desta política será uma maior transparência e diálogo na relação empresas e sociedade civil. Mesquita cita o caso das empresas de papel e celulose: elas poderão constantemente prover dados sobre a manutenção das reservas legais ou a expansão dos plantios comerciais.

“No GeoAtlântica já há dados que não se encontram nem mesmo no site das empresas”, conta. Portanto, é possível que a ferramenta ganhe as feições de um sistema de monitoramento de fácil acesso ao grande público.

Os criadores da base de dados esperam também que as organizações não governamentais usem o sistema para planejarem suas ações de restauração florestal. Uma visão geral dos corredores com seus remanescentes e áreas prioritárias para conservação facilitaria uma ação para conectar os fragmentos. Um dos parceiros do projeto, a não-governamental The Nature Conservancy (TNC) espera, por exemplo, que o GeoAtlântica ajude a desenhar projetos de recuperação florestal ligados ao mercado de carbono.

Segundo Miguel Calmon, da TNC, tornar-se-á mais fácil mostrar a um potencial comprador de créditos as informações sobre o projeto e, principalmente, os resultados. “Acho que vai se tornar um instrumento de divulgação também, para engajar atores de todos os níveis: poder público, proprietários e outras organizações que, às vezes, estão fazendo trabalhos semelhantes no mesmo território”, ressalta.

Trabalho de três anos

A montagem do GeoAtlântica levou três anos, nos quais o primeiro passo foi o árduo trabalho de coletar os dados. Depois veio a dificuldade de criar parâmetros para que eles pudessem se tornar acessíveis na base hoje vista na internet. Para o coordenador técnico do projeto, Edson Santiami. O desafio foi criar um sistema que possa ser usado de forma simples tanto por tomadores de decisão como pelo público em geral. “Quando começamos a pensar a ferramenta, achávamos que iríamos disponibilizar informações apenas para os parceiros, mas logo vimos que seria importante ser uma fonte aberta a todos”, conta.

Nesta primeira etapa, o GeoAtlântica teve um investimento de 150 mil dólares. O apoio saiu da Petrobras e das ongs The Nature Conservancy e Conservação Internacional. Na próxima semana, um grupo de técnicos da Petrobras terá o primeiro seminário sobre o sistema. Santiami explica que também o Instituto Bioatlântica, que será o gestor do sistema, está criando cadastro de responsáveis nas empresas para que elas passem já a inserir novos dados no mapa.

Calmon, da TNC, acha que quando o sistema estiver de fato ativo, ou seja quando as atualizações estiverem a todo vapor, o diálogo entre poder público, sociedade civil e empresas vai se fortalecer. “Na verdade o diálogo já existe, porque para ter um sistema tão aberto, com tantas informações de todas as partes, houve uma processo de construção de confiança”, diz.

Clique aqui para acessar e conhecer o GeoAtlântica:

www.bioatlantica.org.br/geoatlantica

domingo, 12 de julho de 2009

Canção do dia: Panorama Ecológico (Erasmo Carlos)

Lá vem a temporada de flores
Trazendo begônias aflitas
Petúnias cansadas
Rosas malditas
Prímulas despetaladas
Margaridas sem miolo
Sempre-vivas quase mortas
E cravinas tortas
Odoratas com defeitos
E homens perfeitos
Lá vem a temporada de pássaros
Trazendo águias rasteiras
Graúnas malvadas
Pombas guerreiras
Canários pelados
Andorinhas de rapina
Sanhaços morgados
E pardais viciados
Curiós desafinados
E homens imaculados
Lá vem a temporada de peixes
Trazendo garoupas suadas
Piranhas dormentes
Sardinhas inchadas
Trutas desiludidas
Tainhas abrutalhadas
Baleias entupidas
E lagostas afogadas
Barracudas deprimentes
E homens inteligentes

12 de Julho - Dia Nacional do Engenheiro Florestal - Mensagem da SBEF

Em 12 de julho de 1073, aos 78 anos, faleceu João Gualberto. Monge Beneditino, dedicado à silvicultura, que reflorestou os vales de Valombrosa na Itália. Esta data é o Dia de São João Gualberto, reconhecido como o santo defensor das florestas e protetor dos Engenheiros Florestais. Aqui, no dia de nosso padroeiro, comemoramos o Dia Nacional do Engenheiro Florestal, profissional apto a avaliar o potencial biológico dos ecossistemas florestais, para planejar e organizar o seu aproveitamento racional, de forma sustentável, garantindo a manutenção e perpetuação das formas de vida animal e vegetal.

Esta aptidão se deve a uma formação coerente com uma seqüência de disciplinas teóricas, práticas, de campo e laboratórios, que possibilitam uma profissionalização nas áreas de manejo florestal, ecologia aplicada e tecnologia de produtos florestais, propiciando uma formação que abrange os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Em uma sociedade com demandas crescentes de produtos de origem florestal, o papel do Engenheiro Florestal é de fundamental importância técnica e estratégica, considerando que o Brasil possui cerca de 30% das florestas tropicais do mundo e plantações florestais de altíssima produtividade.

No Brasil, a criação do primeiro curso de Engenharia Florestal deu-se em 1960, em Viçosa - MG. O principal objetivo era o de conferir sustentabilidade à utilização dos recursos florestais, atuando na produção florestal, na preservação de áreas ambientalmente estratégicas e na recuperação de terrenos degradados, além da geração de tecnologias voltadas para estes fins, bem como para o processamento e beneficiamento dos produtos florestais. Em 1964 a escola foi transferida para Curitiba - PR, e neste mesmo ano ocorreu a formatura da primeira turma de Engenheiros Florestais brasileiros.

Hoje contamos com 58 cursos de graduação, e algo em torno de 13 mil profissionais formados no Brasil. Neste 12 de julho, Dia Nacional do Engenheiro Florestal, comemoraremos todo o avanço tecnológico alcançado pela Engenharia Florestal Brasileira nestes 49 anos, tornando-se uma referência mundial. Sempre buscando alternativas sustentáveis para o desenvolvimento de nossa nação, aliando a preservação ambiental e a qualidade de vida, à geração de empregos e renda para o nosso povo.

Os produtos florestais estão no cotidiano de todos nós. Na lenha que abastece o forno na padaria da esquina, nos móveis e na construção de nossa casa, na castanha, no açaí, na industria química e farmacêutica, na siderurgia, no caderno dos nossos filhos, nos diversos tipos de papel que utilizamos todos os dias de nossas vidas, e no carvão daquele churrasquinho do final de semana... Entretanto, a classe ainda busca o respectivo reconhecimento da sociedade, e a criação de políticas públicas que atendam às necessidades da atividade florestal, responsável por aproximadamente 5% do PIB nacional.

Através das 35 entidades de classe filiadas à Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais - SBEF, temos trabalhado muito pela organização de nossa categoria. Mas é preciso um esforço conjunto. O cidadão, como consumidor de produtos e serviços, deve sempre certificar-se sobre a origem da matéria-prima e conhecer os processos de fabricação. Deve exigir das empresas e do poder público, que estas atividades tenham sempre a responsabilidade técnica de um profissional habilitado, com conhecimento técnico-científico capaz de atender as demandas da sociedade, garantindo a conservação dos recursos naturais e a qualidade ambiental. Seja na produção, seja na gestão de áreas verdes, na arborização urbana, nos reflorestamentos, no manejo das bacias hidrográficas...

De nossa parte, continuaremos sempre trabalhando pelo desenvolvimento da Ciência Florestal, pela formação ética e responsável, pela capacitação e atualização de nossos profissionais, e por uma efetiva fiscalização do exercício profissional, garantindo assim a qualidade dos serviços prestados à sociedade, ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável de nosso país.

Exija sempre um Engenheiro Florestal. As nossas florestas agradecem.

Eng.º Florestal Glauber Pinheiro - Presidente da SBEF


sábado, 11 de julho de 2009

Trabalho técnico sobre arborização e florestas urbanas


Caros,

este artigo é do professor Luís Mauro, da UFRRJ, e faz uma pequena discussão relativa ao que são florestas urbanas e sua distinção - e similaridades - em relação a outros tipos de cobertura arbórea urbana. É simples e didático.

Baixe o artigo aqui.

Direto do site do IPEF - o que são Florestas Urbanas

Silvicultura Urbana - O Desenho Florestal da Cidade

Prof. Demóstenes Ferreira da Silva Filho
Professor Assistente do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP
E-mail: dfsilva@esalq.usp.br
Atualizado em 01/04/2003

Introdução e Definições

Desde a antiguidade a árvore, como imagem mítica, foi utilizada como símbolo do crescimento espiritual do ser humano. Existe entre o ser humano e as árvores uma afinidade estrutural psíquica, intimamente associada ao crescimento e realização de potenciais. A árvore adulta já está contida na semente. O ser humano também carrega em estado germinal, no fundo do inconsciente, aquilo que poderá vir a ser (MILANO & DALCIN, 2000).

As cidades, hoje, já abrigam mais ou menos a metade da população do planeta e, em vários países, entre os quais o Brasil, mais de 80% da população (IBGE, 2002).

Tanto por este motivo, a concentração populacional, quanto pela forma como surgem, crescem e são organizadas, as cidades tornam-se também, de maneira geral, os extremos da ação humana nos sistemas naturais (MILANO & DALCIN, 2000).

As florestas urbanas podem ser definidas como a soma de toda a vegetação lenhosa que circunda e envolve os aglomerados urbanos desde pequenas comunidades rurais até grandes regiões metropolitanas (MILLER, 1997).

As florestas urbanas são ecossistemas compostos pela interação entre sistemas naturais e sistemas antropogênicos (NOWAK et al 2001).

As árvores de ruas, praças, parques, áreas de conservação urbanas e demais áreas livres de edificação, fazem parte de um ramo da Silvicultura que se chama Silvicultura Urbana.

O objetivo da Silvicultura Urbana é o cultivo e o manejo de árvores para a contribuição atual e potencial ao bem estar fisiológico, social e econômico da sociedade urbana (COUTO, 1994).

As árvores em vias públicas e demais áreas livres de edificação são constituintes da floresta urbana, atuam sobre o conforto humano no ambiente, por meio das características naturais da vegetação arbórea, proporcionando sombra para pedestres e veículos, redução da poluição sonora, melhoria da qualidade do ar, redução da amplitude térmica, abrigo para pássaros e harmonia estética amenizando a diferença entre a escala humana e outros componentes arquitetônicos como prédios, muros e grandes avenidas.

Segundo MILANO & DALCIN (2000), existem aspectos positivos das árvores nas cidades os quais podem ser mensurados, avaliados e monitorados, caracterizando benefícios e, conseqüentemente, objetivos que passam a ser estabelecidos no planejamento:
- estabilização e melhoria microclimática;
- redução da poluição atmosférica;
- diminuição da poluição sonora;
- melhoria estética das cidades;
- ação sobre a saúde humana;
- benefícios sociais, econômicos e políticos.

Pode-se citar também a absorção da radiação ultravioleta, dióxido de carbono e a redução do impacto da água de chuva e seu escorrimento superficial.

O objetivo desse texto é apresentar a Silvicultura Urbana como ferramenta e meio de atuação profissional do Engenheiro Florestal, na obtenção da melhoria da qualidade de vida nas cidades, através do estudo dos espaços livres urbanos e avaliação do seu potencial para serem planejados como integrantes da floresta urbana.

O Desenvolvimento Urbano e as Áreas Verdes

Segundo MACEDO (1995) o espaço livre de edificação, como elemento de projeto é praticamente desconhecido pelos profissionais e pela população, que o vêem como um espaço residual a ser ajardinado ou simplesmente deixado de lado.

MILANO & DALCIN (2000) citam o surgimento da luz elétrica e a expansão da oferta dos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto e telecomunicações, trazendo para as cidades como o Rio de Janeiro, um complexo sistema de cabos, galerias e dutos que tomam conta do ar e do subsolo. A rede aérea de energia passou a interferir de forma decisiva no plano de arborização da cidade. Na seqüência, com o advento da era “desenvolvimentista” e da explosão imobiliária na década de 60 houve a perda dos jardins privados e a impermeabilização do solo e o patrimônio das áreas verdes das cidades ficaram cada vez mais restritos à arborização de ruas, praças, parques e maciços florestais.

Pode-se acrescentar ainda a compactação e baixa fertilidade do solo resultantes dos processos de movimentação de terra para urbanização de loteamentos. De maneira semelhante, o processo de evolução da ocupação e uso do solo urbano, especificado no parágrafo anterior, ocorreu na grande maioria das cidades brasileiras.

Segundo MACEDO (1995), parece então urgente uma revisão no ideário sobre espaços livres de edificação e ações são fundamentais:
- A afirmação e o aceite da existência formal de um sistema urbano de espaços livres de edificação, que deve abarcar todos os espaços livres existentes, sejam eles espaços para lazer, ou circulação, verdes ou azuis, plantados ou não.
- O abandono da idéia do “alcance” de medidas de metros quadrados por habitante como uma panacéia (incansável) aos problemas urbanos de carência de áreas de lazer e conservação de recursos ambientais, esquecendo-se definitivamente o malfadado índice de 12 m2/ habitante de área verde.
- O estabelecimento de critérios de distribuição de espaços livres públicos, que deve ser delimitado de acordo com carências sociais, acessibilidade e manutenção de recursos ambientais finitos, como água e florestas nativas e de proteção de solos frágeis.
- O estabelecimento prévio ao crescimento urbano, as expansões das cidades de áreas prioritárias à construção e/ou efetivação de espaços livres, isto é, a criação e manutenção de estoques/reservas de futuros espaços livres públicos para lazer e conservação.
- A revisão dos padrões de distribuição dos espaços livres intra-quadras, questionando-se os modelos oficiais, e seus graus de eficiência redefinindo-se os limites desejáveis (se desejáveis) de privatização do lazer.
- A idealização de quadras urbanas, especialmente aquelas verticalizadas, são sistemas complexos, onde flui a vida humana e cujos espaços livres devem ser tratados como sistemas que são, não como espaços residuais.
- A revisão dos padrões de projeto dos espaços livres, que são extremamente padronizados para o país, buscando-se adequar cada um deles ao contexto do território nacional em que estiver situado.
- O reconhecimento do papel da rua como espaço de lazer e uma conseqüente revisão de seus padrões de desenho e projeto.
- A inclusão das praias e áreas de beira-água (rios, lagos e represas) quando utilizados pela comunidade como participantes efetivos dos sistemas de espaços livres de edificação urbanos e/ou como áreas de reserva para lazer e ou conservação.

Áreas Verdes e Arborização Viária

Estudos sobre áreas verdes urbanas

Estudos recentes sobre espaços livres de edificação foram promovidos procurando-se avaliar o uso dessas áreas pela população, sua história, seus equipamentos, sua dinâmica, assim como seu alcance para atender a comunidade local e bairros próximos (MACEDO, 1995), (ANGELIS & ANGELIS NETO, 2000), (PEGOLO & DEMATTÊ, 2002) e (MACEDO & SAKATA, 2002).

Segundo ANGELIS & ANGELIS NETO (2001), deve-se ter uma visão macro da cidade de tal forma que o espaço livre, a ser planejado ou avaliado, esteja inserido nesse contexto, propiciando a continuidade de um sistema de espaços livres urbanos interligados – parques, praças, hortos, reservas florestais, fundos de vale, arborização de acompanhamento viário e outros. Não se pode analisar um desses fatores sem se considerar a existência dos demais e não cabe aqui determinar-se um número, uma vez que os índices são contraditórios e dificultam mais o trabalho que auxiliam.

Como exemplo, pode-se citar PEGOLO & DEMATTÊ (2002) que encontraram diferenças relevantes na situação das praças de Taquaritinga/SP e Jaboticabal/SP, cidades vizinhas, mas com grandes diferenças na maneira com que a população utiliza seus espaços livres ao longo da história. Como características comuns observou-se que as praças não são mais usufruídas como em tempos passados. Antigamente, eram o centro dos acontecimentos políticos e das festividades religiosas, de atos cívicos e sociais. Nos finais de semana, moradores das zonas urbana e rural dirigiam-se às praças, pois ali havia diversão, o lazer de outras épocas, os encontros, o início de muitas histórias e o fim de outras tantas.

Segundo ANGELIS & ANGELIS NETO (2000), com o surgimento de outras formas alternativas de lazer e novos locais para o estabelecimento do comércio, associado ao descaso persistente do poder público frente à manutenção das praças, essas passaram a constituir-se em um fragmento a mais dentro da malha urbana.

Com o tempo as mudanças vieram e as praças foram deixando de ser um espaço prioritário de recreação. Atualmente, a maioria das pessoas tem outras necessidades e sente o mundo ao seu redor de modo diferente. Isso não significa que os espaços verdes urbanos precisem cair no esquecimento, pois são ecologicamente importantes, possuem valores estéticos além de auxiliarem na redução da amplitude térmica e novos usos podem ser estendidos a eles, com equipamentos adequados. Instigando-se novas formas de percepção do ambiente urbano, seria possível ampliar as relações positivas da população com a paisagem. O apreço pelos espaços verdes poderia ser resgatado, mesmo que as pessoas não mais se utilizassem deles da forma como faziam antes. Dois pontos não devem ser esquecidos: a constante participação do Poder Público e a conscientização (PEGOLO & DEMATTÊ, 2002).

Torna-se imperativo repensar o papel que os espaços públicos têm nos dias de hoje. Nesse contexto toma vulto a questão do desenho urbano, não sendo mais possível planejar a cidade dissociada da questão social. E ao mencionar-se o desenho urbano, refere-se, inclusive, às minúcias dos diversos logradouros e, em se tratando das áreas livres de edificação verdes e praças isso significa o estudo de seu mobiliário, sua tipologia e sua inserção na malha urbana. O somatório desse conhecimento propicia um diagnóstico preciso sobre esses espaços, ao mesmo tempo em que fornece subsídio na busca de soluções para se fazer frente aos problemas sociais ocorrentes nesses logradouros e na cidade como um todo (ANGELIS & ANGELIS NETO, 2000).

Para MACEDO & SAKATA (2002), os parques urbanos brasileiros são figuras que acompanham a formação das cidades e as transformações da sociedade brasileira e suas formas de expressão. Ao longo dos séculos XIX e XX, os parques passaram de espaços onde a elite passeava vestida à européia contemplando a natureza recriada e confabulando com seus pares para espaços democráticos onde todos podem correr, brincar e divertir-se, onde os recursos naturais são preservados, onde as cidades brasileiras, cada vez mais densas, respiram aliviadas. Os parques do passado e os do presente são unidos por uma característica comum: sua importância como símbolos de nossa capacidade de criar, implantar e manter figuras urbanas tão valiosas e tão frágeis sob a ação do tempo.

Entre os parques urbanos mais emblemáticos pode-se destacar o Parque do Ibirapuera e o Parque do Aterro do Flamengo.

As inaugurações desses dois parques em 1954 (Ibirapuera) e 1962 (Flamengo), apesar do caráter isolado, marcam a ruptura definitiva com a estrutura do velho desenho romântico de paisagismo, ainda bastante em voga na época. O Aterro do Flamengo, projetado por Afonso Reidy, Burle Marx e equipe, possui desenho com inovações que buscam e conseguem dar uma adequação aos usos cotidianos da metrópole do Rio de Janeiro, então em processo de acelerada modificação urbana, foi planejado para conter e envolver a nova via expressa que ligava a zona sul (Copacabana, em especial) ao centro da cidade, o Aterro do Flamengo é um grande Parque linear unindo vários aterros antigos na orla, é uma obra que comporta toda uma série de jogos, museus, marina e até uma praia artificial, elementos que foram rapidamente assimilados pela população, utilizados noite e dia, Figura 01. O Parque do Ibirapuera, cujo desenho florestal urbano é de concepção de Otávio Augusto Teixeira Mendes, era uma área alagadiça, foi estruturado no meio de um bosque de eucaliptos, com uma série de pavilhões de exposição que, na época de sua inauguração, atraiam um grande público para as festividades em curso. Esse parque possuía um programa de uso que atendia ao lazer cultural (museus e exposições), esportivo (quadras, tanques para modelismo de barcos) e contemplativo, Figura 02 (MACEDO & SAKATA, 2002).


Figura 01. Marina localizada no Aterro do Flamengo, envolvida de espaços verdes. Crédito: QUAPÄ.

O Parque do Ibirapuera pela sua localização, ao lado de áreas habitadas pelas elites – os bairros Jardim América e Jardim Paulista -, o significado simbólico que lhe foi atribuído, sua centralidade e acesso transformaram-no em principal parque da cidade, capaz de atrair milhares de usuários todos os dias, tanto para caminhar e correr como para o descanso, os shows ao ar livre e as exposições (MACEDO E SAKATA, 2003).

A vegetação arbórea pode ser entendida como um mobiliário urbano, um equipamento essencial para o bom funcionamento dos espaços livres de edificação.

A tipologia é uma forma de analisar o espaço livre de edificação e pressupõe o conhecimento de sua identidade, estrutura e significação e a imaginabilidade definida como sendo a qualidade do objeto físico que lhe confere uma grande probabilidade de suscitar uma imagem vigorosa em qualquer observador, a estrutura é a conformadora da imagem através da relação espacial entre o espaço livre e seu entorno, integrando ambos em um conjunto único e, por fim, a significação que é um atributo de valor simbólico para o observador, transformando o espaço livre, o parque, a praça, a rua ou a árvore em um espaço reconhecível e representativo para os habitantes da cidade (ANGELIS & ANGELIS NETO, 2000).


Figura 02. Parque do Ibirapuera, foto aérea mostrando trecho do parque, áreas verdes livres
e prédios e entorno dominado por bairro de alto padrão, extraído de (PMSP, 2003)

Inventário da arborização viária

Muitas análises, da vegetação arbórea viária, em municípios foram efetuadas a partir de inventários por amostragem devido ao grande número de indivíduos arbóreos presentes, o tamanho das cidades e a necessidade de contenção de custos, como mostram os trabalhos de BIONDI (1985); MILANO (1985); GRAZIANO et al (1987); MILANO et al (1987); (MARTINS et al 1992); LIMA (1993); SANTOS (1997); (MICHI & COUTO, 1996) e (COSTA & HIGUCHI, 1999).

Para planejar a arborização de Penápolis, SP; PAIVA et al (1997) optaram por inventariar 895.000 m2 da área central da cidade.

Todos os trabalhos possuíam como variável principal a quantidade de árvores por distância de calçada, caracterizando a densidade da arborização nas vias públicas. Esta variável é essencial já que é a maior necessidade em se tratando de vias públicas, no atual contexto da arborização brasileira.

TAKAHASHI (1992) elaborou banco de dados para o cadastro total das árvores de Maringá/PR e salientou sua importância para o manejo da arborização urbana.

Através de um cadastro pode-se vislumbrar alternativas de manejo especificas, observando-se uma unidade de manejo semelhante ao talhão da silvicultura tradicional, esta unidade pode ser o bairro ou no caso de grandes avenidas, a própria avenida.

Técnicas de Avaliação de Áreas Florestais Urbanas

Sensoriamento remoto

Recentemente foram elaborados muitos trabalhos, principalmente norte-americanos, utilizando sensoriamento remoto e ou sistemas de informação geográfica para o inventário e manejo de áreas verdes. A grande vantagem dessas tecnologias é obter dados visuais e poder relacionar os mais variados dados espaciais, de diferentes gêneros, com dados alfanuméricos, obtendo respostas integradas para problemas urbanos e rurais, de maneira rápida e econômica, proporcionando uma experiência de conhecimento holístico sobre as áreas avaliadas, Figura 03.


Figura 03. Bairro Vila Resende , Piracicaba – SP, pode-se ver na imagem o espectro
infravermelho próximo destacando as áreas constituintes da floresta urbana.
Crédito: Laboratório de Métodos Quantitativos – LCF/ESALQ/USP.

A videografia aérea é uma técnica de sensoriamento remoto que vem sendo utilizada nos EUA para avaliação, detecção de problemas na agricultura, agricultura de precisão e no manejo de áreas naturais (POMPERMAYER NETO, 2002).

Para a Silvicultura Urbana esse sistema nunca foi utilizado no Brasil, constituindo-se um grande potencial de pesquisa na avaliação de florestas urbanas apresentando-se como alternativa econômica para avaliação de áreas extensas.

O mesmo autor apresentou revisão sobre videografia descrevendo o início dos primeiros testes nas décadas de sessenta e setenta e os principais avanços obtidos na década de oitenta com os primeiros estudos envolvendo câmeras de vídeo com sensibilidade para captar a faixa do espectro eletromagnético referente ao infravermelho próximo (0,7 até 1,1 nm).

Nos últimos anos segundo El Hakim, citado por POMPERMAYER NETO (2002), a utilização de sistemas de imagens de vídeo, ou videografia, para a avaliação dos recursos naturais tem aumentado devido ao desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas às câmeras como o CCD (“Charge Coupled Device”) em substituição ao sistema de tubo, que proporciona, maior resolução espacial e compatibilidade com sistemas digitais.

WATZLAWICK et al (2001) apresentou metodologia para utilização de câmaras de vídeo em mapeamento florestal. O método consistiu da utilização de câmaras de vídeo convencionais e filtros espectrais (verde, vermelho e infravermelho próximo) como sensor não convencional. Como resultados, salientou a importância da obtenção das imagens quase que em tempo real, custos operacionais baixos, praticidade e operacionalidade do sistema bem como a agilidade de obtenção das imagens. Como aspectos negativos salientou a baixa resolução das câmaras e a sobreposição de filtros apresentando como solução a utilização de câmaras S-VHS e filtros espectrais dos mais diversos comprimentos de onda.

Sistemas de informação geográfica

Para MARTINS, (1994), segundo autores da área, o “Geoprocessamento pode ser definido como o conjunto de tecnologias de coleta e tratamento de informações espaciais e de desenvolvimento, e uso, de sistemas que as utilizam. As áreas que se servem das tecnologias de Geoprocessamento têm, em comum, o interesse por entes de expressão espacial, sua localização, ou distribuição espacial de seus atributos”.

Em URBAN FORESTRY DATABASE LIBRARY (2002) encontrou-se vinte e cinco trabalhos sobre geoprocessamento em Silvicultura Urbana, salientando a necessidade do uso ferramenta para o manejo e avaliação das áreas verdes e árvores urbanas.

Segundo GODFREY (2001), existem muitas vantagens em cadastrar os dados das árvores urbanas em banco de dados georreferenciados e poder consultá-los em programa de geoprocessamento, entre as muitas vantagens cita:
- o mapeamento das áreas e árvores permite consultas visuais rápidas;
- é mais fácil encontrar a localização de uma árvore quando ela está representada em um mapa para indicar sua localização;
- os dados da população arbórea podem ser consultados e representados no mapa e qualquer relacionamento entre árvores e outras informações podem ser consultados e visualizados ao mesmo tempo. Por exemplo, pode-se “perguntar”, por meio de uma consulta, quais as árvores apresentam podridão no tronco e estão localizadas em calçadas com menos de dois metros de largura e imediatamente o programa de geoprocessamento mostrará o resultado da consulta destacando, com uma cor, todos os pontos da cidade onde existe tal situação.

MARTINS (1994), FREIRE et al (1994), ADAM et al (2001) e CÂMARA & MONTEIRO (2000) descreveram a utilização da geoinformação para inventário de espécies arbóreas e outras finalidades ambientais para as cidades de Belo Horizonte/MG, Recife/PE, Florianópolis/SC e São Sebastião/SP, respectivamente, Figura 04.

ADAM et al (2001) ressaltam que o custo de implantação de um sistema de gerenciamento e controle informatizado é imensamente menor que o custo futuro de modificação dos espaços públicos devido à falta de planejamento. Entendeu-se também que mesmo realizando-se um grande trabalho de campo, com cadastro da vegetação das praças e áreas públicas e os resultados dispostos em tabelas em papel guardadas em arquivos de armário, estes resultados, em alguns anos estariam obsoletos e poucos saberiam como estão as espécies vegetais e o real estado de conservação das praças, pois a atualização e manipulação destes arquivos seria difícil e demorada, justificando a implantação da geoinformação.


Figura 04. Sistema de Informações Geográficas do Município
de São Sebastião, (CÂMARA & MONTEIRO, 2000).

MARTINS (1994) ressalta que o mapeamento digital de toda a área urbana de Belo Horizonte/MG foi implementada com base em fotografias aéreas, obtidas através de vôo programado. Essas informações foram separadas em diversos níveis (limites das regionais e bairros, logradouros, quadras, rede de água, esgoto, elétrica, curvas de nível, etc). Neste mapeamento foram localizadas todas as árvores dos logradouros públicos, assim como as áreas verdes, praças e parques. Assim para qualquer árvore do mapeamento poderá ser retornada a ficha contendo os dados do seu cadastro instantaneamente. Além disso, várias manipulações estarão disponíveis como o cruzamento dos mais variados tipos de dados (árvores e rede elétrica, rede de água e de esgoto, curvas de nível ou declividade, etc) a cada árvore mapeada será associado o cadastro feito e vice-versa.

Na Silvicultura Urbana existem trabalhos de levantamento utilizando sensoriamento remoto e sistemas de informação geográfica para o inventário de áreas verdes públicas e particulares, arborização viária e diagnósticos de ilhas de calor em áreas densamente ocupadas como demonstram os trabalhos de (MILLER, 1997), (GODFREY, 2001), (SACAMANO et al 1995) e (LO et al 1997). Esse último fez vôos noturnos para caracterizar as ilhas de calor na cidade de Huntsville no estado do Alabama, Estados Unidos, utilizando imagens de infravermelho térmico de alta definição.

Considerações Finais

Segundo SANTOS (1996), a valorização das árvores urbanas será tanto maior quanto mais reconhecida sua importância enfatizando que o desafio futuro de quem trabalha com árvores de cidades reside na busca constante do conhecimento que leve a compreensão de todas as implicações relativas à presença da árvore no ecossistema urbano e em como avaliar seus benefícios tangíveis intangíveis.

Esses aspectos transformam a profissão do Engenheiro Florestal, trazendo oportunidades multidisciplinares novas em campo profissional ainda pouco explorado. Pode-se imaginar que, em futuro próximo, as administrações públicas municipais poderão possuir, dentro de seu corpo técnico, silvicultores urbanos especializados na gestão ambiental urbana, utilizando como instrumento uma percepção holística do desenho florestal urbano que poderá surgir desde a compreensão do sentimento pela paisagem, a topofilia, até a pratica na utilização de sistemas de informação espaciais e sensoriamento remoto para avaliar e planejar o uso do ecossistema florestal urbano.

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