segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

ARTIGO: A Madeira do Brasil na construção e reparos de embarcações



Foto: Manilkara subsericea, #Sapotaceae. Massaranduba-da-praia. Claudio Santana, 2017.

Caros, trago um artigo antigo que descobri hoje. Referência histórica muito interessante. as espécies utilizadas para construção naval no período da Colônia.

Baixe aqui: A Madeira do Brasil na construção e reparos de embarcações


ÁRVORE DA SEMANA - FIGUEIRA-ROXA








Fotos: Claudio Santana, 2019.

Plantae → Rosiidae→ Rosales→ Moraceae → Ficus tomentella Miq.


As figueiras estão, sem duplo sentido, enraizadas na cultura da maioria dos povos do mundo. As figueiras brasileiras tradicionalmente são chamadas figueiras-bravas, abarcando várias espécies do gênero Ficus (D'Elboux, 2018; Alves, Carauta, Pinto, s.d.).

Uma das espécies mais comuns de figueiras nativas é chamada figueira-roxa, tendo por nome científico Ficus tomentella Miq. Carauta (1989) afirma que o gênero Ficus deriva do grego sfukon, que quer dizer...figo! Já o nome específico, ou epíteto, tomentella, vem de tomentum, enchimento de travesseiros, e claramente faz referência ao revestimento de inúmeros e minúsculos tricomas nas folhas (Carauta, 2004).

Na cidade do Rio de Janeiro existe um exemplar famosa da espécie, conhecido como a Figueira da rua Faro, cuja copa chega a 35 metros de diâmetro, sendo a única sobrevivente de uma fileira com 350 anos, e que foi salva do corte pela mobilização popular em 1980. Assim, é um marco na história do movimento ambientalista no município.

É considerada uma das maiores figueiras em diâmetro de copa, além de ser de fácil reprodução. Produz sementes viáveis no município do Rio de Janeiro, sinal de funcionamento da interação da espécie com sua vespa polinizadora, o que é uma marca registrada das figueiras. A vespa é Pegoscapus lopesi (Carauta, 2003).

Possui crescimento rápido e adapta-se a diversas situações ecológicas. É atrativa a aves e, principalmente, morcegos (Pereira e Esbérard, 2009), sendo fundamental em projetos de restauração ecológica.

As fotos desta postagem foram feitas em sua maior parte na região do subúrbio da Leopoldina, à exceção da primeira, magnífico exemplar existente na Quinta da Boa Vista.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - BABOSA-BRANCA






Fotos: Claudio Santana, 2019.

Plantae → Asteriidae→ Lamiales→ Boraginaceae→ Cordia superba Cham.

Esta pequena árvore tem sido cada vez mais notada pela população, por seu uso crescente na arborização de cidades. Seu porte pequeno (7 a 10 metros) propicia a minimização de conflitos com redes de distribuição de energia elétrica.



Os que trabalham com restauração florestal, no entanto, a conhecem há tempos, pois é espécie altamente atrativa para a fauna, em especial abelhas e borboletas, sendo classificada como generalista para polinizadores (Missagia, 2005). 

A dispersão é feita principalmente por aves e morcegos (Carvalho, 2004). Os frutos possuem polpa transparente e mucilaginosa, de onde deriva o nome babosa.

Embora seja associada a fases mais avançadas da sucessão, comporta-se de outra forma em áreas abertas, enquadrando-se como pioneira antrópica (Santana, Silva e Silva, 2013, p.26).

O gênero Cordia homenageia o médico e botânico alemão Euricius Cordus (1486 - 1535) e seu filho Valerius Cordus (1515 - 1544)  (Carvalho, 2007). O termo superba se relaciona a suas flores grandes e magníficas (http://www.qarvore.com.br/index.php/cordia-superba/).




domingo, 8 de dezembro de 2019

ÁRVORE DA SEMANA - GUANABANA

Plantae → Magnoliidae→ Magnoliales→ Annonaceae→ Annona montana Macf.









Fotos: Claudio Santana (2017, 2019)

 A Annona montana tem por nome comum guanabana, que significa “fruta grande da beira dos rios ou fruta grande de polpa aquosa” (http://www.colecionandofrutas.com.br/annonamontana.htm). Uma espécie dispersa por grande parte do território nacional (Reflora, 2019), no entanto é frequentemente confundida com uma espécie próxima, a graviola (Annona muricata) (Revista Globo Rural, 2015). O gênero Annona se origina da palavra latina que significa "colheita anual"(São José et al, 2013).

Embora Cavalcante (1972) reporte que a espécie pode chegar a 15 metros de altura na Amazônia, é normalmente observada com baixo porte no sudeste, chegando a no máximo 6 metros (https://biomaurbano.com.br/2017/02/18/araticum-annona-montana/).

É comum em capoeiras, culturas abandonadas e pomares domésticos. O autor Cavalcante (1972) afirma que 

"...Só tem sabor apreciável quando consumido com açúcar. Frutos maduros de julho a dezembro, poucas vêzes aparecendo nas feiras, por serem considerados de categoria inferior".

Talvez por sua semelhança com a graviola, é encontrada com certa facilidade nos quintais dos subúrbios cariocas, sendo receitada pela medicina popular para diversas finalidades, nem sempre comprovadas. No entanto, Paes et al (2016) vêem potencial na espécie por sua ação citotóxica sobre células tumorais, o que confere capacidade anticancerígena, a ser melhor estudada.









sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ARTIGO RECÉM-PUBLICADO SOBRE A COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DE PRAÇAS NA MATA ATLÂNTICA


Largo da Carioca. Foto: Claudio santana, 2019. 

Caros, trago hoje um artigo publicado no recente dia 4 de dezembro de 2019. O tema é a composição florística de praças de todo o Brasil.

Está na revista "Urban Forestry & Urban Greening", e faço parte do grupo de autores.
Vale a leitura. 

Baixe o artigo no link abaixo:

Tree composition of urban public squares located in the Atlantic Forest of Brazil: a systematic review.